quarta-feira, 19 de maio de 2010

A difícil tarefa de eternizar o passado

Eu sei que é uma tarefa dificílima, mas eu pelo menos a iniciei: contar a história de meu passado.

Por quê?

Mas, por que não?

Eu comecei um texto contando sobre o local onde nasci. Esse local chama-se Tujuguaba e é um vilarejo no interior do Estado de São Paulo, próximo a Campinas. O texto ainda é pequeno e cheio de erros, mas assim que eu der uma polida nele, eu o disponibilizo ao mundo, esteja ele com dez ou com cem páginas. Não importa.

Só que a coisa é mais difícil do que parece.

A razão dessa dificuldade é que eu não sei quase nada sobre o que ocorreu antes de eu existir. Simplesmente não sei o suficiente para atender a minha própria curiosidade, e não vejo meios de suprir essa falta de conhecimento.

O meu passado antes de mim, quer dizer, o passado do lugar onde nasci e dos meus parentes remotos, não me está acessível. Eu sai de Tujuguaba com 14 anos e simplesmente não tenho mais contato com ninguém por lá. Nem mesmo com minha família. E a cada dia que passa, maiores as chances de o pouco que resta desse passado se perder pela morte de pessoas que ainda têm recordações importantes a serem registradas.

O que posso fazer? Nada.

Tudo se resume a deduções com base no que sei depois que nasci e às famosas pesquisas na Internet. Mas a Internet está longe de oferecer a facilidade de pesquisa que necessito ter para um trabalho dessa natureza. A Internet registra muito bem o tempo presente, mas o passado está fora de seus registros.

Assim, vou recolhendo migalhas daquilo e daqueles que surgiram antes de mim.

Ah, mas como seria tudo mais simples se eu pudesse apenas conversar com as pessoas...

Mas isso não existe mais.

É verdade: a conversa desapareceu. Sou testemunha disso e afirmo com toda a categoria essa realidade. Ninguém mais está disponível para uma simples conversa que dure mais do que dez ou quinze minutos, por mais prazerosa ou importante que ela seja.

A correria do mundo nos engoliu.

As pessoas têm compromissos, precisariam fazer milhares de coisas ao mesmo tempo e o diálogo não faz parte de nenhuma lista de prioridades. Os telefonemas custam caro e os bate-papos on-line não são nem uma sombra do que seria um papo verdadeiro em uma sala ou cozinha, regada a bolos e xícaras de café em uma tarde tranqüila de um fim de semana comum.

Assim, meu trabalho de registro vai aos trancos, e tão falho quanto um pente velho.

Acho que o melhor a fazer é garantir o que vivi pessoalmente. É verdade que não é nada tão antigo ou espetacular, mas é o que tenho acesso ilimitado e é fonte confiável e disponível.

Eu ainda não tenho que correr para os bailes da “melhor idade”...



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desbravando um mundo com os dedos

É verdade que um blog não é tudo. Não é um ambiente adequado para certos tipos de trabalho literário de maior fôlego, como um artigo ou um livro. Então, não posso falar que fui, sou ou serei fiel somente a este blog. Não posso deixar de admitir que tenho escrito coisas e postado coisas em outros locais, mais adequados aos fins a que se destinam.

Tenho postado coisas no http://www.scribd.com/. O resultado tem sido modesto, mas honesto. Também tem algo simples no http://www.bookess.com/. E tem também alguma coisa em estado embrionário, ainda não postado em local algum. Apenas pequenos textos no Word. Mas já é um começo.

Tenho mais uns dois ou três outros blogs sobre temas específicos esparramados por aí, mas natimortos. A menos que...

A menos que eu lhes reinfunda vida. Os blogs, afinal, não são entes biológicos. Eles apenas param, hibernam, mas não morrem, nem apodrecem, nem fedem, embora possam conter muita podridão e besteira. Bem, eu não sei ainda, mas acho que posso dar um jeito em pelo menos dois deles.

De resto, acho que tenho sido pouco audacioso com relação à minha participação na web. Já fui melhor nisso a algum tempo atrás, com participações interessantes em fóruns e comunidades de discussão, principalmente no Orkut. Acho que o debate é sempre mais estimulante que um simples blog, porque o feedback das postagens em fóruns é mais rápida e pessoal. Blogs são pouco interativos, exceto pelas participações de comentaristas, o que acho muito limitado. Um comentário está longe de ter a emoção de um debate real de um fórum.

De qualquer forma, mesmo nos fóruns e comunidades minha participação se reduziu a quase nada.

Resta criar coragem e retornar as atividades.

Afinal, essa é a demanda do tempo presente.

É preciso que se viva a época, que se faça a época e que se faça dela uma época única. Afinal, partiremos e jamais voltaremos. É preciso que sejamos lembrados eternamente pela época em que vivemos. São apenas algumas décadas, e o tempo corre contra nós. Por isso, toda a ambição é pouca. É preciso que sejamos vândalos, bárbaros, godos, mongóis, e que conquistemos todos os espaços possíveis, ainda que virtuais. Afinal, esse é o espaço que precisa ser conquistado.

Desbravar o mundo virtual é o desafio de uma era, e a posteridade jamais esquecerá aqueles que primeiro o desbravaram.

Teclado em mãos, é preciso que teclemos!

Teclar é preciso, viver não!


Seis anos

Pode parecer mentira, mas é verdade: esse blog está fazendo aniversário de 6 anos.

Não é um blog saudável, devo admitir, mas continua no ar, apesar de tudo.

Nesse meio tempo, pouca coisa útil tem sido postada nele, e isso se deve mais à minha negligência do que propriamente por falta do que falar.

Mas os tempos estão mudando.

O mundo está mudando. Não tão rapidamente, mas nem por isso lentamente. Está no ritmo adequado. Mais para rápido que para lento.

E, finalmente, eu estou mudando. Mas isso é outra história.

Nesses seis anos muita coisa aconteceu.

Eu ainda continuo tendo muitas idéias, e as antigas ainda precisam ser lapidadas.

Eu não ando escrevendo no ritmo que gostaria, mas por um bom motivo: estava fazendo outras coisas, mais importantes.

Minhas agendas (sim, são várias...) continuam sendo preenchidas com rabiscos importantes.

Eu continuo lendo muito e a vida tem progredido.

Então, esse blog entra em seu sexto ano com a expectativa de receber um fluxo de postagens bem mais saudável do que nos anos anteriores.

Feliz aniversário e vida longa a mim e a ele.

E chega de miséria.


sábado, 15 de maio de 2010

Aparentemente morto, mas hibernando...

Esse blog continua vivo.

Ele continua vivo porque eu continuo vivo, bastante vivo e ativo, e mantê-lo atualizado, em atividade, é apenas uma questão de tempo e prioridade. Simplesmente esse amado blog deixou de ser prioridade por algum tempo, mas ele ainda é importante.

Ainda preciso registrar minhas ideias, minhas coisas, minhas palavras.

Mas não hoje.

Agora já é tarde, tenho que descansar e dormir.

Mas amanhã esse blog terá o tempo e a atenção que merece.

Eu prometo.

Boa noite (e boa sorte...)