domingo, 23 de outubro de 2011

Meus muitos interesses

Após traçar meus planos de leitura em minha Agenda Ecológica 1999, eu listei algumas das minhas áreas de interesse. Isso já em 2000.

Então, assim está escrito em minha agenda:

Áreas de interesse:
Probabilidade em jogos.
Matemática financeira.
Teorias técnicas – desenvolver.
Mercado financeiro.
Estudar sites na Internet.
Desenvolver site lucrativo.

Agora, o que isso significa?

Uma área de interesse era algum ramo de conhecimento, estudo ou pesquisa que eu pretendia me especializar ou aprofundar. Então, vejamos um pequeno resumo de cada uma dessas áreas:

Probabilidade em jogos: em algum momento, provavelmente quando eu estudava alguma coisa de matemática financeira, eu acabei vindo a tomar conhecimento de outro ramo da matemática, a probabilidade. Não estudei probabilidade nem no segundo grau nem na faculdade. Então, era algo que me interessava aprender. Mas por quê? Porque eu, assim como muitos milhões de pessoas ao redor do mundo, pensava que o mundo dos jogos, das loterias mais precisamente, poderia ser uma forma fácil de se enriquecer. Eu, na minha ingenuidade, pensava que poderia achar um meio que facilitasse as minhas chances de ganhar algum tipo de prêmio. Isso tem um pouco a ver com o jogo do bicho, que sempre jogávamos no nosso velho tempo de donos de bar em Araras, eu e meu irmão Roni. Talvez, e apenas talvez, a probabilidade matemática ajudasse a facilitar as coisas no caminho para a riqueza. Daí meu interesse nessa área.

Matemática financeira: eu havia estudado matemática financeira no terceiro ano da faculdade de Administração de Empresas, em Anápolis, mas não o suficiente para atender ao meu gosto exigente por conhecimento. Eu comprei um livro sobre o assunto na época, mas eu disse que ganhei vários livros de um amigo. E dentre os livros que ganhei, havia um que ia mais longe que a simples matemática financeira. Era um livro de engenharia financeira. Então, eu sabia que se quisesse enriquecer, eu deveria saber muito sobre engenharia financeira. Afinal, aquilo era algo sofisticado e desconhecido. Eu bem que poderia ser um engenheiro financeiro.

Teorias técnicas - desenvolver: eu disse que tenho o livro de Idalberto Chiavenato, o "Introdução à Teoria Geral da Administração". Eu sabia que em Administração uma teoria vive substituindo outra de tempos em tempos. Agora, de posse de meus livros sobre explicações científicas, lógica e tudo o mais, eu poderia entender melhor as teorias da Administração, e quem sabe, aprimorá-las. Sim, eu queria desenvolver minhas próprias teorias da Administração.

Mercado financeiro: eu queria saber mais sobre como funcionavam os bancos, seus produtos, seus contratos, enfim, eu queria conhecer o mercado financeiro como um todo. Queria saber o papel dos bancos como emprestadores e tomadores de dinheiro. Eu queria saber como o dinheiro fluía pelo mundo. Era um anseio legítimo. Afinal, eu queria ficar rico. Um rico precisa saber como as coisas funcionam no mundo financeiro.

Estudar sites na Internet: a Internet estava engatinhando. Eu sabia que fortunas poderiam ser criadas nesse ramo. Eu já entendia razoavelmente bem do mundo da informática, mas não de como construir sites, páginas, aplicativos e coisas do tipo, que permitiriam interatividade em uma página na Internet. Eu sabia que deveria aprender algo mais complexo que simples páginas html estáticas se quisesse ter alguma chance de fazer algo profissional no ramo. Então, eu precisava fazer meus estudos nessa área, algo como uma engenharia reversa em sites que estavam fazendo sucesso, e tentar algo por meus próprios meios.

Desenvolver site lucrativo: por fim, já era 2000, e a bolha das ponto.com tinha estourado. Sites foram à falência porque não eram capazes de gerar receita, nem lucro, nem cumprir o que prometiam aos seus clientes e seus investidores. Logo, eu sabia que não bastava ter um site popular e famoso. Era preciso que ele fosse lucrativo. Esses problemas, em especial o da lucratividade, foram, são e serão sempre os principais problemas na Internet, mas qual negócio fora da Internet não é problemático pelos mesmos motivos?

Era isso que eu tinha em mente quando tracei minhas áreas de interesse: finanças, jogos, internet.

Nada mau de novo.

O que isso resultou? Eu procurei conhecer melhor minhas áreas de interesse ou eu perdi interesse por elas?

Esse blog dirá, mas não agora.

Agora, é preciso seguir em frente. Afinal, escrevi minhas áreas de interesse apenas para ocupar espaço na agenda, já que não tinha mais que cinco atitudes ecológicas em mente para preencher duas páginas inteiras.

Mas olhe, é preciso tomarmos cuidado com aquilo que sonhamos, porque nossos sonhos podem se tornar realidade!

sábado, 22 de outubro de 2011

Registrando nossos sonhos

Depois que registrei meus planos de leitura em minha Agenda Ecológica 1999, eu escrevi sobre minhas áreas de interesse na época. Era uma nova página em minha agenda, e era para eu usar essa página para anotar minhas atitudes ecológicas para o ano. Mais atitudes! Eu já tinha anotado cinco delas. Já eram o bastante.

Então, eu usei essa página para anotar minhas áreas de interesse.

Mas antes, se alguém folhear a agenda, verá que entre meus planos de leitura e as minhas áreas de interesse há o registro de um sonho.

Mas esse sonho está registrado neste lugar somente porque havia um espaço na agenda, e eu não queria desperdiçar espaço nela. O sonho ocorreu bem depois.

Por que registrar um sonho?

Antes porém, é preciso saber que aquele sonho registrado fora do lugar não era o meu primeiro sonho registrado. Havia outros antes dele, embora ele aparecesse primeiro na minha agenda, apenas por uma questão de economia.

Mas, se havia outros sonhos registrados antes, por que eu resolvi registrá-los? E qual foi o primeiro sonho registrado?

Eu resolvi registrar meus sonhos na minha agenda exatamente por causa deste primeiro sonho. Foi exatamente porque eu sonhei um sonho que merecia ser registrado é que eu passei a registrar meus sonhos.

Mas que sonho foi esse que mereceu ser registrado?

Eu falarei dele quando chegar a hora, mas uma coisa é certa: foi o sonho mais fantástico que já tive na vida. Provavelmente não sonharei mais nada que se aproxime dele em todo o resto de minha vida. Então, ele merecia ser mesmo registrado.

Depois, passei a registrar novos sonhos. Sabe, a princípio é uma coisa legal de se fazer, exceto que nem sempre sonhamos coisas legais. E depois, é muito difícil registrar sonhos. Eles são fugidios e se desvanecem logo assim que acordamos. E por fim, parece que sonhos seguem fases de nossas vidas. Tem épocas em que sonhamos muitos sonhos interessantes que merecem ser registrados. Tem épocas em que sonhamos sonhos medíocres, monocromáticos e pouco dignos de registro. E tem sonhos selvagens que sonhamos assim que pegamos no sono, e que nunca nos lembramos deles, porque dormimos longas horas todos os dias, e no final do sono, nossos sonhos são mais banais. Então, os sonhos mais interessantes ocorrem naquelas fases de nossa vida em que estamos dormindo pouco, com o sono curto, picado, em que acordamos ainda cansados, e pegamos ainda fresquinhos os sonhos mais bizarros, frutos de nossos cérebros cansados e intoxicados lutando para se reestabelecerem da vida dura que levamos.

Houve uma época em que levei mais a sério meus sonhos, mas acho que hoje não vale muito a pena ficar me atendo a eles, a menos...

A menos que eu venha a ter um desses sonhos mágicos, absurdos, totalizantes e inspirados, que revelam a razão das coisas e nos deixam perplexos, pensando "como isso foi possível de ser sonhado?".

Sim, falaremos bastante sobre sonhos ao longo do tempo.

Mas não agora.

Agora, é a hora de pular o registro do sonho fora do lugar e partir para minhas área de interesse.

Mas isso fica para a próxima ocasião.

Bons sonhos!

Ousando enfrentar a Filosofia

Eu, em um dia qualquer, em algum momento de 1999 ou 2000, resolvi que deveria enfrentar as agruras do conhecimento da Filosofia. 

Até então, Filosofia para mim era um mistério. Nunca havia estudado nada sobre o assunto, nem no segundo grau, nem na faculdade, nem por conta própria.

O que eu pensava sobre a Filosofia em si ou sobre aqueles que supostamente sabiam alguma coisa sobre Filosofia? Bem, um dia direi sobre o que pensava sobre o assunto. De qualquer forma, resolvi comprar livros de Filosofia.

O primeiro livro de Filosofia que comprei foi o de Nicolas Abbagnano. Não me lembro se foi "Dicionário de Filosofia" ou "História da Filosofia". Se não me engano comprei-o numa livraria da editora Vozes, em Goiânia. Mas, por um motivo torpe, do qual falarei um dia, acabei vendendo-o. Era um livro ruim de ler. Tenho dúvida se era um dicionário ou um livro de história porque lembro-me de que obviamente eu deveria comprar um livro de introdução à Filosofia, e nada mais lógico que um livro de história da Filosofia, mas o livro não era nada disso. Era uma lista de nomes de filósofos, de ideias, de escolas, de termos, e por isso acho que era mais um dicionário que um texto de história. Ao vendê-lo, não senti sua falta, mas nem por isso achei que cheguei a dominar qualquer coisa que fosse do assunto. Ao vendê-lo, Filosofia para mim era agora um mistério ainda maior.

Então, depois de um tempo, resolvi arriscar comprar outro livro do tema. Achava que agora seria mais feliz na escolha.

Árduo engano.

Comprei em um sebo de Goiânia "As questões centrais da Filosofia", de Alfred J. Ayer. O título parecia bom. Insinuava que eu teria somente um resumo daquilo que essencialmente os filósofos costumam tratar. Era um livro fino, enfim, parecia uma excelente introdução didática ao tema.

Mas não era.

Comecei a lê-lo e não passei da primeira página. Tive de reconhecer que o tema era difícil, o autor era um erudito do ramo, as coisas em Filosofia costumavam ser polêmicas, confusas e intrincadas e que aquele livro deveria ficar para depois.

Mas, mesmo assim, foi uma tentativa de leitura bastante útil. Eu pude perceber com essa leitura que eu precisaria de uma introdução a outro assunto diretamente ligado à Filosofia para realmente poder entender aquilo que Ayer dizia ser Filosofia. Eu precisava entender alguma coisa de Lógica.

Uau! Lógica! Um assunto muito sofisticado!

Então comprei no mesmo sebo, algum tempo depois, o livro "Lógica formal", de Roque Lauschner. Ai, sim, eu tinha em mãos um livrinho mais sensato, didático, embora o tema não fosse nada fácil. Mas me ajudou bastante. Com ele, eu percebi que precisava saber alguma coisa sobre Ciência, sobre o método científico.

Não desisti. Fui novamente ao mesmo sebo e comprei "Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica", de Ângelo Domingos Salvador, um outro livrinho bem simples e didático. Então, a coisa começou a clarear.

Passado algum tempo, acabei descobrindo um livro muito mais interessante de lógica, "Introdução à Lógica", de Irving M. Copi. Este livro merece um estudo à parte, e eu o farei, mas não agora. Agora interessa saber que o comprei no mesmo sebo em Goiânia.

Sim, os donos dos sebos de Goiânia deveriam me adorar...

Depois, o livro de pesquisa bibliográfica me levou a me interessar em aprofundar em pesquisa científica. Então, fui a outro sebo, não o mesmo. Lá encontrei e comprei "Explicações Científicas - Introdução à Filosofia da Ciência", de Leônidas Hegenberg.

Então, com esses livros em mãos, eu sabia que precisava lê-los, todos, e exatamente em uma determinada ordem, porque eles eram didaticamente dependentes. Daí eu ordená-los em meus planos de leitura:

8 – Metodologia científica ("Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica", de Ângelo Domingos Salvador)
9 – Lógica formal ("Lógica formal", de Roque Lauschner)
10 – Lógica ("Introdução à Lógica", de Irving M. Copi).
11 – Filosofia da Ciência ("Explicações Científicas - Introdução à Filosofia da Ciência", de Leônidas Hegenberg)
12 – Questões centrais de filosofia ("As questões centrais da Filosofia", de Alfred J. Ayer). 

Mas, como Filosofia é apenas isso, Filosofia, e não enche a barriga de ninguém, eu os deixei por último, porque os outros temas eram mais importantes.

Claro, depois acabei lendo outros livros de Filosofia. Sim, eu encontrei um excelente, magnífico livro de história da Filosofia, de Will Durant, mas falo dele depois.

Assim, esses eram meus planos.

Auto-ajudar-me, aprender a ganhar a vida, e depois, filosofar.

Nada mau. Nada mau.

Depois disso, eu segui em frente com meus planos e minha agenda.

Então, sigamos em frente também agora.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Livros de Administração

Em meus planos de leitura em 1999, como minha sexta opção, eu tinha planos de ler "Planejamento Estratégico", de Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira, um livro da área de Administração. Comprei-o em um sebo em Goiânia, onde eu então morava. Já tinha alguma noção do assunto, mas devo ter encontrado o livro em uma das muitas andanças que fazia pelos sebos da cidade. Pesquisando pacientemente as estantes dos sebos, fui encontrando sempre coisas interessantes e montando minha pequena biblioteca. Devo tê-lo encontrado em uma dessas andanças.

Depois, como minha sétima opção de leitura eu tinha "Fundamentos da Administração", de Koontz e O'Donnell, um clássico do ramo. Eu sabia desses autores por eles serem referências nas faculdades. Todo aluno de Administração de Empresas estuda Idalberto Chiavenato e seu "Introdução à teoria geral da administração". Eu não fui excessão. Na verdade, tive contato com esse autor, mas não adquiri o livro. Como todo estudante, eu simplesmente tirava cópias de capítulos de seu livro, fazia as provas e seguia em frente. Era um livro caro e eu não entendia a importância de ter minha própria biblioteca. Então, acabei comprando o clássico de Koontz e O'Donnell influenciado pela leitura das cópias de capítulos do livro de Chiavenato, depois de formado. Somente mais tarde vi a importância do livro de Chiavenato e o comprei também, em um sebo em Goiânia.

Ao dizer que pretendia ler Koontz e O"Donnell, eu disse que pretendia ler outros livros de Administração. Isso se deveu ao fato de que ao montar minha lista, em 1999, eu já era formado. Formei-me em 1996. Então, eu tinha já vários outros livros sobre o assunto.

Na verdade, tinha muitos livros na área das ciências sociais e econômicas. Tive a sorte de ganhar um monte de livros de um amigo, mas isso é assunto para outro momento. Quando me referi a outros livros de Administração na minha agenda, referia-me a Koontz e O'Donnell, a Chiavenato, mas também a Lawrence J. Gitman e seu "Princípios de administração financeira".  Este eu comprei em meu terceiro ano na Faculdade, em 1995, na livraria da então Universidade de Anápolis.

Esses eram os livros de Administração que eu pretendia ler em 1999. Se os li ou não direi em breve. Antes, direi dos outros livros que pretendia ler, os livros de Filosofia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Planos reais de leitura

Meu plano de leitura incluia Og Mandino e seu "A Universidade do Sucesso". Já disse aqui como tomei conhecimento do livro e porque o li. Mas o meu exemplar de Og Mandino foi comprado eu não me lembro onde. Provavelmente eu o comprei em algum sebo em Guaratinguetá. Ou talvez em Anápolis. Não me lembro.

Já os livros de Dale Carnegie, "Como fazer amigos e influenciar pessoas" e "Como evitar preocupações e começar a viver", eu tomei conhecimento de ambos no próprio livro de Mandino. Comprei ambos em um sebo no centro de Anápolis.

Já o livro "Organize-se!", de Sunny Schlenger e Roberta Roesch, eu o descobri numa banca de livros que existia (e talvez ainda exista) dentro da Universidade Estadual de Goiás, em Anápolis, no prédio que fica próximo à Prefeitura da cidade. O que me levou a me interessar por ele foi o fato de eu estar cursando Administração de Empresas naquela instituição de ensino, que na época chamava-se Universidade de Anápolis, ou UNIANA. Mas não foi só isso. Eu já tinha lido alguma coisa sobre organização e métodos, um campo de estudos da Administração, que trata de um assunto bem parecido, só que aplicado a ambientes profissionais e não pessoais ou particulares. De qualquer forma, o assunto já havia antes despertado meu interesse. Afinal, também há um capítulo no livro de Og Mandino que trata de organização. São coisas básicas, mas para quem nunca havia ouvido falar em organização, aquilo me soou muito útil e importante.

O quinto livro da lista, "Como tomar decisões difíceis", é de Donald Weiss. O título diz tudo. É um livrinho fino, mas muito interessante. Depois, pude entender melhor o conceito de tomada de decisões, tão cara aos administradores. Há dezenas de autores que tratam do assunto e a tomada de decisões é uma coisa tida como muito importante. Que decisões eu tinha que tomar na época em que me interessei pelo pequeno livro de Weiss? Não me lembro agora, mas eu precisava relê-lo. E, só para constar, eu o comprei usado em um sebo em Anápolis.

Os demais livros são de Administração e Filosofia. Falarei deles no próximo post.

Por enquanto esses eram os cinco primeiros livros de meu plano de leitura. O que dizer deles?

Há muito o que dizer deles, mas não agora.

Agora vou dormir...