quinta-feira, 24 de abril de 2008

Um backup dá muito trabalho

Passei o dia todo pensando em uma maneira de fazer um backup descente de meus dados no computador.

Pode parecer uma coisa meio paranóica, mas só quem já perdeu um HD sem backup ou teve um micro roubado sabe do que estou falando.

O problema é com o Windows Vista Start Edition, que não vem com um programa descente de backup. Aliás, não vem com programa nenhum de backup.

Tudo bem que o Baixaki e o Superdownloads possuem centenas de programas de backup, mas é que acho que tenho de pensar em algo mais seguro que um simples backup em DVD.

Todo bom site de backup afirma o óbvio: um backup em DVD só faz sentido se for feito em pelo menos duas cópias, sendo uma para se guardar num cofre e a outra para se manter em algum outro lugar do planeta, para o caso de algum míssil cair no prédio onde está o computador principal.

Uma opção aparentemente segura é o backup on-line, mas parece ser um negócio arriscado, porque em geral é pago e temos um limite de tamanho. E depois, uma empresa que presta esse tipo de serviço tem de ser uma empresa segura. Amanhã ela fecha as portas e nossos dados correm perigo.

O problema do tamanho é bem mais sério.

Antes de fazer um backup, eu pensei: quantos arquivos tenho no meu HD?

A resposta é algo em torno de 90.000 deles.

Parece pouco, mas não é.

Eu queria um programa que me mostrasse os meus arquivos hoje, depois salvasse toda a listagem em algum arquivo texto. Daqui a um mês eu rodaria ele novamente e gravaria um segundo registro dos arquivos do meu HD e assim por diante. A idéia é poder acompanhar o que surge e o que desaparece dos meus arquivos ao longo do tempo. Apenas um histórico.

O problema é que uma listagem contendo o nome de 90.000 arquivos simplesmente é grande demais. Mesmo para um arquivo do tipo texto simples.

São quase 1 mega só de linhas de nomes, o que equivale, se fosse impresso, a um bom livro de umas trezentas páginas.

É muita coisa.

Claro, quase tudo é besteira. Milhares de arquivos são do Windows, outros milhares são de outros programas que podemos instalar facilmente. Sobram alguns milhares que são nossos e-mails, fotos, planilhas, trabalhos escolares e apresentações da empresa onde trabalhamos. Mas não queremos perder nada. Afinal, são muitas horas de suor e raiva armazenadas em forma de arquivos.

No fim, poucos programas funcionaram a contento. Acabei com um programinha simples que não consegue listar tudo, mas lista pelo menos as pastas mais utilizadas sem muita demora.

Agora, terei de pensar em uma maneira de selecionar o que presta do que não presta.

Depois, o backup.

Depois, torcer para nunca ter de utilizá-lo para restaurar um HD detonado, ou substituir os dados de um micro roubado.

Essa vida digital não é nada fácil.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

O visual do sucesso

Aparência não é tudo, mas ajuda na conquista do sucesso. Ao menos isso é verdade quando o assunto é internet.

Andei dando uma olhada nos blogs ganhadores de prêmios mundo afora e ficou bem claro que um blog até não precisa necessariamente de um bom conteúdo, mas sem um bom visual, não é nada.

Por isso, passei algumas horas dando uma melhorada no visual do meu blog.

Sei que não ficou muito bonito, mas está bem melhor que o visual antigo, careta e sério. É que dar um visual bacana toma tempo e acaba fazendo a gente dar mais atenção às aparências que ao conteúdo. Tem blog de garotos de 12 anos que parece feito por um mestre do design. Claro que o conteúdo é pura besteira, mas o visual arrasa.

Moral da História: galinha que não cacareja...


O preço do sucesso

Claro que o sucesso é uma coisa legal, eu imagino, porque não sei se podemos dizer que somos um sucesso em todos os aspectos. Deve ser muito legal ter uma comunidade no Orkut com mais de 5 milhões de participantes. Uma comunidade assim faz as pessoas te respeitarem.

Como uma pessoa consegue ser tão competente assim?

Não sei, mas a partir de uma certa quantidade de sucesso, algumas pessoas posam de estrelas e então, passam a ser assediadas. O assédio deve fazer um bem danado para o ego, eu imagino.

Mas a que custo?

Um dono de comunidade deveria ter algum controle sobre o conteúdo daquilo que é postado nela, mas quando dei uma olhada no histórico de um fórum de uma grande comunidade do Orkut, fiquei abismado.

Eu não gostaria que pessoas desejassem a morte de seus familiares na minha comunidade. Eu não gostaria que filhos odiassem os pais e colocassem isso por escrito para o mundo todo ver. Não na minha comunidade. Eu não gostaria de ter sucesso usando o drama e o sofrimento de adolescentes para chamar a atenção da mídia, satisfazer meu ego e ganhar algum dinheiro com propaganda de celulares e pen drives.

Se você tem problemas, todo mundo tem. Agora, se a maneira como você pretende resolver seus problemas não é a maneira correta, não conte comigo para apoia-lo ou para divulgar suas ideias distorcidas.

Sucesso sem responsabilidade não é sucesso: é fracasso.


quinta-feira, 10 de abril de 2008

Coisas demais

Passei o dia navegando na internet, pesquisando coisas demais.

A impressão que se tem é a de que tudo já está feito na rede.

Pense em algo original.

Isso só é original na sua mente. Não na internet.

Use o Who.is. Tente criar um domínio qualquer com um nome criativo e verá que já chegaram antes que você a muito tempo atrás, nas mais diversas versões e variações e formas.

Use o Alexa e olhe o ranking mundial de sites.

É desanimador.

Vá ao Google e digite qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo! Ele vai achar.

Depois, tente na Wikipédia. É a mesma coisa.

O que falta aparecer?

Digite a letra A no Google e vai ver que ele encontra alguns bilhões de sites, algo em torno de 9 bilhões. Um pouco mais, talvez.

É mesmo desanimador.

Parece termos chegado a um ponto em que não precisamos mais fazer nada. Basta consumirmos as bilhões de coisas à nossa disposição, de graça, que o mundo todo se esforça para nos disponibilizar, em troca de alguns cliques.

Os buscadores resolvem nosso problema com os bilhões de páginas. As enciclopédias resolvem nosso problema com o conhecimento infinito. Os sites de relacionamento resolvem nosso problema com as pessoas.

Por fim, os blogs resolvem nosso problema com o anonimato. Agora, podemos tentar ser famosos, ou úteis, ou seja lá o que queiramos ser.

Que outros problemas temos que ainda não resolveram pela internet?

Essa é uma pergunta que vale bilhões...

Eu ando pensando numa resposta para ela, mas não é nada fácil.

Não mesmo! São coisas demais...


quarta-feira, 9 de abril de 2008

A deterioração das coisas

Como disse, tenho milhares de e-mails arquivados. O mais antigo deles foi uma mensagem de retorno, de 1999, enviada pelo ListBot, depois que eu me filiei a um newsletter sobre conspirações.

Hoje, o ListBot não existe mais, o site com o newsletter não é atualizado a quase uma década e o dono dele agora está envolvido em um projeto totalmente diferente.

Tenho também um monte de e-mails da mesma época em que eu aplicava na Bolsa de Valores, via homebroker, na antiga Nettrade. Tentei acompanhar os links antigos dos e-mails, mas não há mais Nettrade, nem Patagon.com, nem nada. Pode-se pesquisar o surgimento da Nettrade e da Patagon no Google, via revistas de negócios da época, como Você S/A e outras, mas é só. O site é apenas uma página vazia.

Todos os projetos daquela época desapareceram.

Também o Listbot foi comprado pela Microsoft, e a corretora on-line daquela época hoje deve pertencer a algum grande banco.

Essa é a prova de que há uma espécie de deterioração, uma corrosão que vai aos poucos destruindo sites e projetos do mundo virtual da mesma maneira que vemos as coisas físicas à nossa volta se deteriorarem.

Ontem eu passei alguns minutos muito desagradáveis consertando a saída de água do tanquinho da área de serviço, que estava vazando e ficou inoperante por longos meses, à espera de minha ação definitiva.

Eu havia comprado os encaixes novos, mas a coisa, o prédio, a colocação do tanquinho junto demais da parede, foi tudo tão mal feito que eu não pude usar os encaixes da maneira como deveriam ser usados. Tive de serrar, cortar, abrir, enfim, tive de fazer um malabarismo tal que no final a tubulação encaixou-se, mas continuou o mesmo maldito vazamento que me levou a tirar a tubulação antiga, deixando tudo exatamente como estava no início.

É, as coisas apodrecem e fedem. Mexer com canos de esgoto não é uma coisa muito legal.

Mas, não podemos deixar as coisas se desmancharem à nossa volta. Nem mesmo os sites, blogs, e-mails e pastas com documentos antigos.

De fato, passei umas duas horas separando documentos que venho juntando ao longo dos anos. Foi uma separação superficial, que ainda precisará de mais umas duas ou três peneiradas para ficar perfeita, mas foi um bom trabalho.

Também coloquei o scanner no micro novo. Agora, posso escanear as coisas e jogar os papéis fora. Também é um bom começo.

Por fim, vasculhei o site do IG em busca de uma conta de e-mail que nem lembrava que tinha por lá. Conferi e tinha mesmo a conta, com 36 e-mails acumulados desde a metade de 2007. Eu nem lembrava mais dele. Usei-o uma vez para tentar criar meu primeiro blog, mas não deu certo. Do blog, nem sinal. Não faço a menor ideia do que andei escrevendo no meu único post.

Para fechar o dia, achei um site que eu precisava muito conhecer: o Alexa.

Mas deixemos o Alexa para depois. O fato é que as coisas se deterioram, sejam essas coisas materiais ou virtuais.

Cabe a nós mantê-las. Ou não.


segunda-feira, 7 de abril de 2008

A perseverança e as blografias

Pensando sobre blogs, acho que se uma pessoa quisesse escrever a história de sua vida, ela poderia usar um blog?

Acho que não, a menos que os leitores comecem lendo sobre a vida no sentido contrário ao do relógio. Não sei se há blogs que permitam organizar as postagens do sentido da mais antigas para as mais recentes, de maneira que quem leia comece lendo primeiro as coisas mais velhas e só depois chegue às mais novas. Mas é dessa maneira que deve ser lida uma biografia qualquer.

Tudo bem, pode-se escrever no sentido contrário, mas não seria legal. Depois, há sempre histórias que devem ser intercaladas entre um período e outro do tempo, porque nossas biografias são formadas com base em nossas lembranças, e nossa memória não funciona exatamente de maneira cronológica. Então, de repente eu me lembro de uma história legal que aconteceu lá atrás no tempo, mas o blog não permite que eu coloque a história nova no meio das velhas, porque ele, o blog, está amarrado a um conceito diferente de tempo.

Outra coisa interessante que andei fazendo foi visitar blogs das pessoas no Uol, usando o critério das categorias, tais como economia, laser, família e outras. Na verdade, ninguém se importa em classificar seus blogs corretamente. E depois, como eu imaginava, pouca gente posta mais que uma dúzia de mensagens.

Blogar requer paciência, perseverança e conteúdo.

Acho que vou arriscar criar minha biografia como um site. Embora seja tecnicamente mais difícil, um site é mais flexível que um blog.

Por falar nisso, eis um produto legal sobre o qual trabalhar na web. Um blog próprio para biografias. Algo como Blografias.

Legal!


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Um dia produtivo

Pela primeira vez em bastante tempo eu dormi cedo e acordei cedo em casa. Claro que acordo cedo e durmo mais ou menos cedo no serviço, mas em casa é outra coisa.

Dei uma conferida no meu correio eletrônico. Tenho arquivados cerca de 8.500 e-mails desde 1999. Deste total, só li uns 5.000. Parei de lê-los no começo de 2007. Faltam só 3.500 para ler.

Não bastasse isso, dei uma conferida em meu controle financeiro. Andei anotando e controlando minhas finanças do começo de 2002 até o final de 2004. Mas tenho tudo anotado em papel desde então. Agora, faltam três anos e meio de anotações financeiras para serem arrumadas. Por quê? Não me pergunte.

Também tinha a mania de controlar meu peso em uma planilha no Excel. Venho anotando meu peso diariamente desde a metade de 2002. Estava com os dados em papel. Então passei para a planilha os dados acumulados desde o começo de 2007.

Se anotar o peso resolve alguma coisa? Não sei, mas anoto mesmo assim.

Por que esse atraso todo?

Por causa do tempo.

Uma pessoa que trabalha todos os dias da semana de manhã até à tarde não pode se dar ao luxo de controlar nada. Se tentar manter qualquer controle financeiro, de saúde ou mesmo ler e-mails e ir à academia de ginástica com alguma regularidade, vai deixar de fazer alguma coisa importante em casa, como brincar com os filhos e ajuda-los nas lições de casa. Também não terá tempo para navegar na Internet, nem tempo para conversar com a esposa.

Nem poderá dormir cedo.

E, como diz um especialista em stress muito famoso: “não há café suficiente no mundo”.

No outro dia, não há mesmo café que chegue.

Por falar nisso, ainda fui para a academia e li alguma coisa enquanto pedalava por quarenta minutos. De quebra, na volta para casa ainda comprei e carreguei um galão de 20 litros de água mineral, porque a de casa acabou.

Não é uma vida fácil.

Andei dando uma olhada nas comunidades sobre segurança pessoal, mas não achei nada de interessante. Eu queria divulgar meu blog nelas, mas como não vi nada com o perfil adequado, resolvi eu mesmo criar uma comunidade sobre o tema. Ela se chama “Vivendo com Segurança”. Espero que as pessoas participem.

Essa é a imagem da comunidade:


quinta-feira, 3 de abril de 2008

O Dia do Leão

Não teve jeito. Passei o dia todo enrolado com a leitura de notícias atrasadas, com o pagamento de contas, e por fim, bati de frente com ele, o Leão do Imposto de Renda.

Desta vez, ainda não tive que desembolsar nada, mas terei uma restituição minguada.

Não é nada fácil de se manter firme hoje em dia.

De qualquer forma, continuo relativamente animado. Só por teimosia, vou abrir mais uma dúzia de blogs sobre todo e qualquer tipo de assunto de que eu goste bastante, porque meu negócio é esse.

Por falar nisso, já abri um sobre segurança: é o Defenda-se!

Na verdade, quero apenas colocar links e dicas de segurança para que eu mesmo não esqueça de que devo me cuidar, mas de qualquer forma, não custa nada compartilhar com os outros esse tipo de informação.

Pensei também em fazer um outro blog sobre dicas de saúde, mas pensei melhor e desisti da idéia, porque neste caso, eu não sou da área da saúde e falar sobre o que não se sabe muito bem é arriscado e pode prejudicar as pessoas sem querer.

Por isso, devo mesmo me fixar em assuntos de que gosto, como informática, internet, negócios, discos voadores e fantasmas.

Por falar em informática, consegui um feito memorável: dei um jeito no meu Outlook 2000.

É curioso como um simples programa de computador que todo mundo tem e usa pode atrapalhar nossas vidas.

A história é assim...

Comprei um micro novo com Windows Vista. Mas instalei nele o Office 2000. Então, sempre que ia fazer qualquer coisa no Outlook 2000, como criar uma nova tarefa, eu recebia uma mensagem de erro idiota falando sobre a falta do wab.dll.

Tentei dar um jeito, mas como sempre faço, fui ao Google à cata de problemas iguais ou parecidos.

Digitei “wab Outlook 2000 erro”.

Não é à toa que o Google está engolindo o mundo. Ele pesquisou em português, como mandei, mas parece ter entendido o problema, de maneira que mostrou também a resposta com um ou dois links em inglês.

Moral da história: não achei nada que solucionasse o erro em sites em português. Mas fui num fórum em inglês e um cara, Rollin, deu as dicas certas. Foi fácil e rápido. Copiei dois arquivos de uma pasta para outra, copiei e colei dois comandos de registro na linha de comando do menu Iniciar e pronto. O Outlook ficou redondo.

Agora, duas coisas interessantes.

Primeiro, que um cursinho de inglês que freqüentei por quase dois anos agora está fazendo a diferença. Não que eu destrinche tudo em inglês, mas o que aprendi está quebrando um galho danado hoje em dia.

E segundo, que a molecada americana pode ter seus problemas, e tudo o mais, mas parece que aqui no Brasil não tem ninguém realmente que conheça de computação de maneira aprofundada como manda a necessidade do mercado. A molecada nossa pode ser boa em games e em hackear contadores de visitas de sites famosos, mas para resolver coisas importantes, não vejo avanço algum.

Mas não importa.

O que conta é que o Leão este ano está morto.

Ou não?


quarta-feira, 26 de março de 2008

Despertar para a atualidade

Já aconteceu de você, de repente, se dar conta de que vive em um mundo onde as coisas são mais fáceis do que você imagina?

Pode parecer que não, mas a vida hoje é mais fácil do que ontem, ao menos sob certos aspectos.

Quando comecei a escrever alguns textos, na adolescência, usava caneta e papel.

Ainda uso, mas depois tenho um enorme trabalho para digitar tudo no micro. É trabalho dobrado.

Agora, uso o micro, mas teve uma época em que eu usava uma máquina de escrever.

É, eu sei datilografar corretamente. Eu fiz um curso de datilografia em uma máquina Remington antiqüíssima. Minha professora já morreu a muito tempo. Hoje, nem o lugar da escola existe mais. Foi em 1984.

Mas quando resolvi usar um micro, foi uma revolução. Quem nunca datilografou algum texto no Edit, do DOS?

Não? Nem sabe o que é o Edit?

É, faz tempo que ninguém usa mais o Edit, mas todo mundo usa o Notepad, o Bloco de Notas, não usa?


Mas o bom mesmo é o Word, começando pelo Word 7, o Word 97, o Word 2000, o Word 2003 e agora o Word 2007. Eu parei no Word 2000 e acho que está mais que suficiente.

E sabe por quê? Um pacote Office custa só 500 Reais. É por isso...

Mas há uma distância enorme entre escrever e publicar.

Sim, eu publiquei, em 1996, quando a Internet ainda estava nas fraudas.

E agora, que facilidade! Quanta gente acessível! Quanta abundância de canais de comunicação e divulgação! Quanto público!

Falta só vencer a preguiça. Desta vez, vou culpar a preguiça, para variar um pouco a desculpa padrão: falta de tempo.

Detesto chavões e esse da falta de tempo já encheu.

Preguiça? Logo eu?

Não.

É falta de tempo mesmo, e que se dane quem não gostar dos chavões.

Com vocês, ela, a máquina onde aprendi a teclar.

segunda-feira, 24 de março de 2008

A moral da história

Eu tenho um monte de histórias para contar. Eu tenho ainda um monte de ideias para serem pensadas, pregadas, difundidas. E tenho um monte de planos, todos muito bons.

Tenho um monte de livros com um monte de coisas legais para serem discutidas.

Minhas histórias e ideias são pobres? Não sei. Talvez sejam, talvez não.

Então, por que escrevê-las?

Porque é gostoso. Só por isso.

Mas, se faço somente aquilo que acho gostoso, como acho tempo para fazer o que precisa ser feito, mas não é gostoso?

Mas, o que não é gostoso?

O que tenho de fazer e não gosto de fazer?

As finanças?

Mas eu gosto!

O que eu não gosto é do monopólio de um único vício.

Sim, eu posso admitir que aquilo que eu faço constantemente acaba sendo parte de mim como um vício, ainda que a palavra “vício” não seja exatamente adequada, porque tem uma conotação ruim. Que seja “hábito” então.

Meus hábitos me fazem?

Não sei, mas um hábito que monopoliza todo meu tempo não é um bom hábito.


Somente um hábito que produza alguma coisa muito valiosa pode ter o monopólio do tempo, mas se o hábito é escrever, o que de valioso produz uma história?

Às vezes, penso que o melhor que se pode produzir é uma lição de moral no final.

Mas, uma mania precisa ter uma moral para justificar sua existência?

As histórias que eu escrevo precisam de um fundo moral que as justifique, já que elas são antes escritas para satisfazer minha compulsão egoísta por escrever? E se não tiverem nenhum fundo moral? Qual o problema?

Um fundo moral é apenas um chamariz para os leitores?

Qual o pecado em se escrever por prazer?

Eu li “Alice no País das Maravilhas”.

Não vou longe falando desse livrinho, mas o tema da moral me leva necessariamente a ele.

Há entre suas personagens uma Duquesa feia que vive tentando achar uma moral para cada história.

Eu não sei dizer se o autor, Lewis Carol, tinha alguém em mente quando criou essa personagem. Nesse caso, era o contrário: o vício não era as histórias sem moral, mas a busca de uma moral obrigatória. Uma história sem moral não era uma história.

Cenas de Alice no País das maravilhas - Lewis Carol

Não sei se fatos precisam de uma moral no final.

Há coisas que simplesmente acontecem, sem que possamos tirar deles qualquer tipo de lição. Eles são corriqueiros ou espantosos por si próprios.

Moral da história: histórias não precisam ter moral.

Essa conclusão me provoca um alívio muito suspeito e soa como uma placa dizendo: “fumar faz bem à saúde”.

Você acreditaria num anúncio desses?


A capa da agenda

Sempre que penso nesse blog, eu me lembro de que tenho algumas agendas com anotações bacanas. Lembro-me também de que tenho três computadores e muitas centenas de livros. Tenho ainda muitos CDs de música, CDs com programas e jogos, DVDs de filmes e documentários e a curiosidade despertada por milhões de sites legais na internet aguardando para serem vistos. É muita coisa, mas o dia só tem algumas horas úteis.

Mas já que estava pensando na agenda, eu poderia ao menos colocar a foto dela nesse blog. Mas como?

Eu tenho um scanner de mesa, mas ele está no micro velho, e o micro velho é muito lento e não me permite transferir dados para o micro novo, porque não tem porta USB. Escanear uma capa de uma agenda parece difícil? Para mim, é um problema.

Transferir o scanner do micro velho para o micro novo? Nem pensar, ao menos por agora. Toma um tempão com cabos, drivers e configurações. Esqueça.


Eu tenho ainda uma câmera digital com 9 megapixels. Mas eu ainda não sei usá-la. Apenas comprei e deixei de lado. Falta tempo e saco para instalar o software que vem num CD junto com a câmera, e preciso ainda ler manuais e helps para operar tanto a câmera quanto o software.

Por fim, tem agora uma webcam, daquelas usadas no Messenger.

Será que presta?

Não sei. Nunca tentei. Mas o problema continua. Toma tempo.

Eis uma tarefa que me desafia a enfrenta-la. Eu sei que é só a capa de uma agenda, mas ela recusa-se a se transformar em uma imagem jpg em meu querido blog.

Se você se der ao trabalho de ler minhas próximas postagens, não se espante se ver a capa da agenda numa delas, porque agora eu fui desafiado publicamente.

Vejamos se a vida é assim tão difícil quanto parece.

Mas, mágica: olhe aqui a capa da agenda!


Agenda Ecológica 1999

O backup eterno

Perdi um tempo hoje fazendo um backup deste blog.

Quem já perdeu alguma coisa de que gosta e que estava aparentemente segura no HD de algum computador ou em algum servidor na internet?

Um dia, você acorda e seu HD já era. Onde foram parar seus arquivos amados?

Não, não há seguro contra HDs perdidos. É um drama que pode deixar uma pessoa louca.

Mas e os dados que estão na internet? E nossos blogs queridos? E se um dia eu for com o meu navegador até a página de meu amado blog e ele não existir mais? Onde foram parar meus textos perfeitos? O provedor irá lamentar, e dará desculpas e descontos, mas não fará nascer de novo aquele texto inspirado e sublime. Se eu não fizer um backup desses textos lindos, e logo, eu corro o risco de cair no esquecimento, após um bug ou vírus. Como um incêndio, bugs, vírus e negligência de empresas podem destruir o trabalho de anos das pessoas inocentes. Então, não tema fazer um backup de tudo o que você produz, seja no HD, seja nos blogs da vida. Um dia, eles podem sumir.


Mas, e depois?

Um dia, quando eu morrer, tudo que escrevi será deletado. As coisas que escrevo são importantes somente para mim.

Eu posso ter uma multidão de fãs, como um Drummond ou um Chico Xavier, mas ninguém se importará em colocar meus textos à disposição do mundo. Tudo será esquecido.

E meus papéis, meus documentos, minhas notas fiscais, meus recibos, minhas contas de luz pagas, meus talões de IPTU? O que será feito dos meus arquivos em papel?

Nada.

Não será feito nada deles. Alguém com um pouco de mal humor irá colocar tudo no latão de lixo mais próximo.

Por que pensar nisso?

Ah! É só o vício do pensar estratégico. É só mania de pensar a longo prazo. Só isso.


O vício do contador de histórias

Acho que escrever é na verdade um vício.

Eu sempre fui uma pessoa atenta a vícios. Já fui fumante e sei que há vícios e vícios. Fumar, beber, usar drogas, comer ou deixar de comer, malhar ou dormir demais, falar ao telefone ou andar de carro, cuidar de carro, lavar as porcarias do carro, usar internet, pornografia on-line, os games, bate-papo e messenger, e escrever blogs.

Todos os exemplos acima são vícios, mas o vício de escrever é interessante. Você faz algo e pensa em como esse algo daria uma boa história. Você lembra de algo e pensa em como ficaria bacana essa lembrança no seu blog, na sua biografia, na tela da televisão, numa minisérie, num filme de cinema.


São viagens sem fruto algum.

Mas temos outros vícios, como o maldito vício da organização, o vício da ordem, o vício do tudo-saber, e o vício de fazer-direito, sem falar no vício do nada-jogar-fora, ou melhor, o vício de guardar tudo.

E como cada vício consome um mundo de tempo, não somos pessoas felizes. Atender a um vício implica em desprezar outros, que ficam comichando em nossas mentes como feridas abertas.

Vou pensar um pouco mais sobre esses malditos vícios...


terça-feira, 18 de março de 2008

Eu sei que você matará todos esses leões, mas...

Um passo de cada vez, como se a vida nunca fosse acabar. É assim que as coisas devem ser feitas.

Você controla suas finanças?

Se não controla, deveria controlar. E se controla, perde um tempo enorme, que você sabe que poderia ser usado para ver uns filmes legais na televisão, ou para ouvir um som gostoso na sala, ou para dar aquela caminhada que você está prometendo pra você mesmo a muito tempo.

O que vem primeiro: as finanças ou a saúde?

Não importa: você não terá tempo para nenhuma das duas coisas.

Se fizer um esforço monstruoso, terá dinheiro e saúde, mas não tempo para gastar o dinheiro e para usar do seu corpo sadio para mais nada, a não ser trabalhar.

E as músicas? E os filmes?

Faça um esforço e ponha um CD com aquelas baladas gostosas enquanto manda e-mails, recebe contas, faz uma caminhada.


E seus sonhos e planos infalíveis?

Estão na gaveta de projetos, eu sei. Ou estão naquela agenda, anotadinhos, porque você sabe que é uma pessoa esforçada e que um dia colocará em prática todos os seus planos.

Um dia, você fará tudo, irá a todos os lugares e conseguirá estabelecer ordem em tudo. Tudo terá uma etiqueta, tudo estará no seu devido canto, e a vida fluirá como um relógio.

Mas tudo tem seu momento, e no final, você ainda escreverá sua biografia, para seus bisnetos saberem que o mundo bom que eles vivem foi construído com muito esforço e suor pelos antepassados, e que eles devem parar de serem preguiçosos e maconheiros.

É, eu sei que você dará conta do recado.

Boa sorte, mas não esqueça das baladas daquele velho CD no monte de tralhas perto da televisão.

Pense no amanhã sem esquecer o hoje.

Cante um pouco.


quinta-feira, 6 de março de 2008

Notícias Falsas: meu blog de mentiras

Acabei de dar uma renovada no meu blog Notícias Falsas.

Agora ele está com fotos e está bem legal.


O endereço dele é Notícias Falsas e acho que a idéia dele é muito válida.

Confiram.

Notícias Falsas

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Por que usar uma agenda?

Comecei a usar uma agenda em 1999.

O que é uma agenda, exatamente?

Basicamente, é um caderno com algumas facilidades, mas como todo caderno, seu objetivo é receber anotações que mereçam ser lembradas. Não precisamos anotar coisas, mas é sempre melhor anotá-las, porque não temos uma memória confiável. O fato de que podemos esquecer coisas, como nomes, números de telefones, datas e compromissos não é uma trivialidade. O esquecimento é um indício forte de que nosso cérebro não comporta uma massa excessiva de informações por um longo tempo. Daí a importância da escrita, como uma extensão de nossa memória. Pensamos, lembramos, anotamos, e depois esquecemos com segurança, porque basta abrir a agenda que nossa memória é recuperada instantaneamente.


Mas, em que momento de minha vida em particular eu tive a consciência de que precisava de uma agenda?

Porque até então, eu havia sobrevivido razoavelmente bem sem uma, e milhões de pessoas continuam sobrevivendo sem as suas. Houve algum fato que tenha me induzido a usar uma agenda? Ou eu cheguei à conclusão de que precisava de uma extensão em papel para minha memória com base apenas em minhas conjecturas e experiência?

Quem ou o que me influenciou? Quão grande era a minha necessidade de registrar informações em um pedaço de papel naquele momento de minha vida?





Data original de criação deste texto: sábado, 17 de setembro de 2005 18:49:39

Construindo o futuro a partir do passado

Há uma frase que me marcou de maneira profunda:

“Para planejar seu futuro com seriedade, é necessário compreender e avaliar seu passado.”

Essa frase é de Og Mandino, e está em seu livro “A Universidade do Sucesso”.

Avaliar o passado é um conceito que lembra Freud, psicanálise, traumas infantis e fases de desenvolvimento com fortes conotações sexuais, uma abordagem do ser humano da qual não gosto, embora não seja psicólogo. Mas, de maneira geral, por algum tempo essa frase fez sentido. Claro que eu hoje não a tome assim tão seriamente, mas ela serviu de base para sérios esforços que fiz desde que a li.

Em busca de compreender o passado, passei a vasculhar coisas esquecidas, personagens já mortos, lembranças e memórias escritas. Não sei se essa viagem ao museu interior serviu para um bom planejamento do futuro, mas o passeio me fez perceber que o passado vale por si próprio, independentemente da utilidade que possa ter como subsídio para o planejamento do futuro.

Onde começa o meu passado?


A pergunta não tem uma resposta clara, mas na busca de respondê-la, acabei forçosamente chegando a um período do tempo anterior à minha existência.

Nasci em 1970, mas o meu passado é remoto. Até onde as memórias ainda estão preservadas, meu passado começa no Século XIX...

Talvez não seja mais o caso de se acreditar que se deva construir o futuro com base no passado, mas parece-me que não é mais possível de se viver sem antes reconstruir o passado a partir das ruínas que sobraram nas mentes que vão lentamente se apagando.

Reconstruir o passado é lutar para que a luz não se apague.

É, por isso, uma tarefa honrosa e digna de ser executada.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Vida longa, cara nova

Esse blog já tem uma vida longa e precisava de uma cara nova.

Olhando para trás, relendo minhas primeiras postagens neste blog, percebo que:

  • O layout dele é ruim.

  • Meu nome não está completo.

  • Meu humor do dia nunca foi mudado, e não reflete mais a realidade.

  • Minha aparência, meu avatar, é um lixo.

  • Minhas promessas não foram cumpridas.

  • Textos sem figuras são visualmente pobres.

  • De alguma forma, não há harmonia de fontes, tamanhos e cores.

Assim, imbuído de ânimo e tempo, resolvi dar uma chacoalhada neste blog.
 Tomei as seguintes providências:
  •  Mudei o layout para algo simples e básico, adulto, sério e monocromático. Somente textos e imagens, sem explosões de cores e temas. Simples...
  • O nome do blog agora reflete meu nome completo. O que tenho a temer?

  • Não interessa a ninguém o meu humor do dia, e sim aquilo que escrevo. Acabei com ele.

  • Minha aparência também não interessa. Desapareci com ela.

  • Minhas promessas não foram cumpridas, admito, mas ao menos não foram esquecidas, graças a este blog, que é uma verdadeira cápsula do tempo. Vou retomar minhas promessas...

  • Estou acrescentando imagens em cada texto. Parece bem melhor assim...

  • Estou harmonizando as fontes e tamanhos. Também fica melhor assim.
 Espero que ele dure por mais alguns longos anos!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Um blog pouco cultivado

Meu blog está com quase quatro anos, e, lamentavelmente, não é dos mais visitados na web: 910 visitas apenas. Se fizermos as contas, são apenas 250 pessoas por ano, ou algo em torno de uma pessoa por dia.

É pouco...

Qual o impacto que meus textos causam nas pessoas que os leem?


Não sei dizer. Quanto a mim, que não leio blog de ninguém, não posso avaliar o grau de influência que textos em blogs costumam ter nas pessoas.

De qualquer forma, a melhor maneira de encarar um contador de visitas com um valor pequeno é com um misto de paciência e desafio.