segunda-feira, 24 de março de 2008

O vício do contador de histórias

Acho que escrever é na verdade um vício.

Eu sempre fui uma pessoa atenta a vícios. Já fui fumante e sei que há vícios e vícios. Fumar, beber, usar drogas, comer ou deixar de comer, malhar ou dormir demais, falar ao telefone ou andar de carro, cuidar de carro, lavar as porcarias do carro, usar internet, pornografia on-line, os games, bate-papo e messenger, e escrever blogs.

Todos os exemplos acima são vícios, mas o vício de escrever é interessante. Você faz algo e pensa em como esse algo daria uma boa história. Você lembra de algo e pensa em como ficaria bacana essa lembrança no seu blog, na sua biografia, na tela da televisão, numa minisérie, num filme de cinema.


São viagens sem fruto algum.

Mas temos outros vícios, como o maldito vício da organização, o vício da ordem, o vício do tudo-saber, e o vício de fazer-direito, sem falar no vício do nada-jogar-fora, ou melhor, o vício de guardar tudo.

E como cada vício consome um mundo de tempo, não somos pessoas felizes. Atender a um vício implica em desprezar outros, que ficam comichando em nossas mentes como feridas abertas.

Vou pensar um pouco mais sobre esses malditos vícios...


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