domingo, 27 de junho de 2004

Estranha nostalgia

Antes de mais nada, quero dizer que acho horrível escrever nesse blog. A maneira como editamos o texto é esquisito. Não gosto de ter um tempo fixo para salvar o que quero escrever, nem de ter um limite para meus textos. Na verdade, se ao menos eu soubesse de quantas letras é o tamanho máximo permitido, já seria uma boa coisa, mas não sei. Esse blog me obriga a escrever rápido, errado e, pior, me obriga a escrever de maneira grosseira e feia. Isso tem de mudar. Não quero prazos nem limites. Fora isso, vamos em frente.

Estive hoje em Anápolis, uma cidade na qual morei por longos oito e amargos anos. Odeio ver a palavra "Anápolis" impressa em qualquer lugar que seja.

Estive lá hoje. Não foi tão ruim assim. Conversei com uma pessoa estranha que trabalha numa empresa na qual trabalhei a sete anos atrás, quando ela, a empresa, ainda estava engatinhando. Senti uma estranha nostalgia de um tempo em que eu tinha alguma ilusão, ao mesmo tempo em que não tinha nenhuma esperança real. Mas como o destino é interessante! Das minhas ilusões, não sobrou nada, e das falta de esperança real, surgiu inesperadamente uma saída daquele túmulo no qual vivi por cinco anos. Um túmulo de cinco andares, de cimento e vidro, numa esquina esquecida de tudo à noite, e cheia de rostos amorfos e passageiros durante o dia. O destino me tirou do meu túmulo anapolino, e me depositou num outro, no qual vivo agora, em Goiânia. Não faz muita diferença. Simplesmente vegeto de um modo diferente.

Dassault Mirage III D
Estou ouvindo Creed, mas estava ouvindo Linkin Park, Hibrid Theory, um CD que comprei a quase um ano atrás, e que estava ainda com o plástico de proteção da loja. Eu nunca me importei em ouvi-lo antes. Apenas senti uma compulsão de comprá-lo, original, depois que comprei uma versão dele, pirata, e meu amigo o roubou de mim ainda na mesa do bar, antes que eu tivesse tempo de ouvi-lo. Comprei o CD pirata do vendedor ambulante que vendia suas porcarias de mesa em mesa, e fui ao banheiro. Quando voltei, o CD tinha sumido. Meu amigo, que estava meio bêbado, gostou do CD e o escondeu, e eu fiquei puto, xinguei deus e o mundo, e ele, o meu amigo, xingou junto, mas ficou quieto e ficou com o CD. Depois, fui no shopping e comprei o CD original, paguei cinco vezes mais caro na loja e o coloquei junto aos meus muito outros CDs, ao lado do meu micro, e ele ali ficou, ainda inédito. Não, ele não foi o único que comprei e ainda não ouvi. Tem outro do Linkin Park, o Meteora, este sim, pirata, que também ainda não foi ouvido. Mas isso não é nada.


Sei que em certo sentido sou um comprador compulsivo de certas coisas que me agradam. Não que eu perca o interesse. É algo como: vou comprar agora que posso e quando eu tiver vontade eu consumo de fato. É, na verdade, um impulso meio que de pobre. Algo como um esquilo, que junta bolotas para comer no inverno. Eu, no fundo, acho que não terei outra oportunidade. Meu temor não é de não encontrar o que procuro no futuro, mas de não ter o dinheiro para comprar o que eu vier a querer. Não que eu me importe em perder o produto, porque sei que sempre haverá produtos para serem comprados. Talvez daqui a dez anos eu não encontre o CD do Linkin Park, mas haverá outras bandas boas com seus CDs para serem comprados. A questão não é essa. O que eu não quero é perder a oportunidade de gastar meu dinheiro de maneira prazerosa agora, que tenho algo de bom na mão. É como o pobre que tem de vender o almoço para comprar o jantar. Gosto desse exemplo. Tenho de aproveitar a chance de gastar bem meu dinheiro agora, porque não sei se terei dinheiro amanhã. Isso significa um desajustamento psicológico óbvio.

É duro dizer isso, mas acho que eu não tenho um bom relacionamento com o dinheiro, mas isso é assunto para uma outra história. A verdade, no momento, é que fiz bem em deixar Anápolis, fiz bem em deixar a pequena empresa em que eu gostava de trabalhar, e que era a única ilusão que eu tinha. O único funcionário que restou da época em que trabalhei ali hoje é o manda-chuva. Ele, esse manda-chuva, amigo meu, é um cara legal, e eu sei que ele, ou eu, seríamos mais cedo ou mais tarde, um dos dois, mas não os dois ao mesmo tempo, o cabeça dessa empresa, porque dávamos o sangue por ela. No fim, eu estava certo: ele chegou lá.

Por outro lado, hoje eu ganho o dobro do que ele ganha. Quem venceu? Mas dane-se isso de querer saber quem venceu e quem perdeu. Não somos inimigos. Talvez a luta ainda não tenha nem sequer começado para nós.

Uma coisa é certa: para os Mirage da Base Aérea de Anápolis, o fim chegou: um velho exemplar deles, um monstrengo velho, bicudo, cinza e de asas em delta, está agora servindo de banheiro para os pombos numa das praças principais da cidade. Um triste fim para um pássaro daqueles. E pensar que já foram a glória da aviação nacional. Pensar que pilotos arrogantes se sentiam Top Guns quando subiam, brincavam de guerra e depois desciam de um deles! Quanta vaidade!

Sim, senti uma estranha nostalgia...



quinta-feira, 24 de junho de 2004

Eu odeio esse blog

Eu odeio...eu simplesmente odeio essa droga de blog. Não...

Eu odeio o UOL... A culpa é do UOL...

Não...Eu odeio todos os webdesigners, os responsáveis pela criação, configuração e manutenção desse blog. Cara, se você é o responsável por dar suporte a essa plataforma de blog, se eu pôr minhas mãos em você, eu te trucido!!!

Estou simplesmente irado!!

Passo vinte minutos escrevendo um texto para essa b*#!@, coloco o coração nessa p&%$#, acho palavras lindas e tudo, e na hora de clicar na b*#!@ desse botão "salvar e publicar", perco tudo.

Vai para o inferno! Já digitei a m*#$% da minha senha. Por que tenho que perder tudo só porque se passaram dez minutos desde que eu entrei? Por que o ca%$# que criou esse blog não me deixa escrever em paz? Perdi tudo: a história dos círculos viciosos, a história do comentário maravilhoso que recebi, a história dos meus cães e dos meus gatos, enfim, perdi tudo.

Darth Vader

Mas para o babaca do UOL, que criou isso, nada importa: o prazo de dez minutos se passaram, tem de logar de novo. Segurança. O mundo tem um hacker em cada esquina hoje em dia. Paranóico babaca. E onde fica meus textos perdidos? Foda-se seus hackers. quero meu texto de volta.

É por essas e outras que um dia terei de mudar de provedor. Não, eu não vou abandonar o UOL. Ele é que vai me abandonar. Um dia, sem aviso prévio, tudo será fechado. A falência os espera, incompetentes! E será justa!

Pro ca#!@$o...

domingo, 20 de junho de 2004

Tudo mais simples

Nada de mensagens iniciais. Nada de criar e depois salvar e depois copiar, colar, etc. Agora, eu digito esse blog diretamente aqui no UOL, sem frescuras, on-line. E mudei o nome de novo, de Master Flow, um nome provisório, para Ro.S.S, que eu acho que tem mais a ver comigo. Bem, estou estudando bastante o Front Page e vou colocar um novo site no ar, um novo projeto, mais um meu, mais um na Web global, mais um no mundo. Pode ser que dê certo, mas agora eu tenho um perfil mais lapidado.


Não tenho dúvida de que será um processo trabalhoso e longo, mas eu não tenho outro caminho: a saída é pela Web, não tenho dúvidas. Cheguei tarde, tenho todo um mundo concorrendo comigo, mas vou em frente. Confio no meu taco.

Sim, porque, seja na web, seja na televisão, na política, nos campos de futebol e nos palcos e no comércio, a mediocridade é a regra. O lixo impera.

Vou tentar não produzir mais...

Boa sorte para mim.

É tudo um Grand Wazoo!!!


quinta-feira, 17 de junho de 2004

Geral : Em busca de uma nova alma...

Mensagem do dia:


“As pessoas não mudam, elas se tornam cada vez mais elas mesmas”

Lei de Murphy aplicada à Psicologia

Essa é uma lei de Murphy que me faz pensar profundamente, porque ela faz sentido. Ao menos para mim, faz. Eu não mudo. Eu me torno cada vez mais eu mesmo. E se eu mudasse todos os dias, eu me tornaria cada vez mais eu mesmo, um constante inconstante. Mesmo uma metamorfose ambulante é cada vez mais uma metamorfose, e uma rocha só é uma rocha porque não muda. Essa lei é terrivelmente intrigante.

Tenho visto nos meus últimos dias como é difícil abandonar certos hábitos, e como é muito difícil adquirir outros. Eu tenho uma leve queda para a depressão sempre que me vejo num beco sem saída, e um comportamento indesejável, mas imutável, é um beco sem saída desanimador.

Exemplifiquemos: suponha que eu odeie meu serviço. Se eu não fizer nada, nunca abandonarei meu serviço, e ele por si só nunca mudará de modo a que eu passe a gostar dele. Então, eu imagino, por exemplo, que eu prefira abandonar meu emprego e ir morar no exterior. Para que isso funcione, eu tenho que começar a me mexer. Aprender uma nova língua, juntar dinheiro, etc., mas na hora de pôr em prática qualquer um desses pequenos passos, a coisa não funciona. Os dias passam, eu continuo reclamando da vida e não consigo mudar uma vírgula na minha rotina diária, no meu modo de agir, no meu comportamento, no meu modo de pensar.

Estou decidido a ficar bom no inglês. Mas não é nada fácil. Não que o inglês seja difícil. O problema sou eu e meus hábitos arraigados. Eu não consigo ter duas almas.


Vou ficando com raiva da situação, mas sei que raiva não resolve nada. Mas é desesperador. Sinto sono o dia todo, não importa o quanto eu durma. Tenho uma depressão leve, mas crônica. Não tenho energia. É isso. Nada desperta verdadeiro entusiasmo como despertaria a dez anos atrás. Eu devo ter um trauma muito grande não resolvido. Ah, isso tenho!

Enquanto isso, vou vivendo pegajosamente, sonolentamente, com um peso no fundo dos olhos.

Um dia, a alguns anos atrás, resolvi fazer uma tomografia do meu cérebro e de fato, há uma região atrás de meus olhos que funciona um pouco mais devagar que o resto. Essa região mais lenta significa depressão. É um círculo vicioso: a química cerebral gera a depressão psicológica, que realimenta a depressão química cerebral e assim por anos a fio. Acho que um eletrochoque poderia ser uma opção ainda não tentada. Ou será tudo uma questão de simplesmente eu começar a praticar esportes? Quem sabe seja isso: tudo uma questão de novos hábitos. Simples, exceto pelo fato de que odeio praticar esportes. Mais um círculo vicioso.

Vou tentando mudar aos poucos minha vida. Aos poucos, vou ouvindo todos os vinte e cinco CDs do Zappa que comprei numa promoção a uns anos atrás e que até hoje não ouvi tudo. Incrível minha falta de motivação: adoro Zappa!!!

Preciso de um eletrochoque!!!!Urgente!!!!


Minha mensagem do dia:

“Eu não mudo. Eu me torno cada vez mais eu mesmo. ”

Rosenvaldo Simões de Souza


quinta-feira, 10 de junho de 2004

Geral : Ninguém até agora...

Mensagem do dia:


“Durante dias, perguntei a mim mesmo o que se poderia fazer, mas, no fim de cada meditação, percebia claramente que eu, desconhecido como era, não possuía a menor base para qualquer ação útil”

Adolf Hitler

Não preciso perguntar quem é Hitler. A frase acima, dentro de seu contexto, explica o sentimento que tenho diante deste blog.

Hitler escreveu a frase acima no seu famoso livro “Mein Kampf”, ou, “Minha Luta”. A passagem acima refere-se ao período em que em Munique, decidiu entrar para a política. Assim, sirvo-me dessa passagem para ilustrar que todo começo provoca desânimo, descrença e vontade de desistir. Por que ficar escrevendo esse maldito blog se ninguém, a não ser eu, o lê, o critica ou sabe da sua existência?

Adolf Hitler

A Internet, com seus mais de 4 bilhões de páginas, virou o maior palheiro do planeta. Ninguém liga para ninguém, e tudo o que vemos são nossas caixas de correio eletrônico abarrotadas de spam, tentativas desesperadas e mesquinhas de nos venderem Viagra, cursos, soluções, celulares e megabites para nossos sites ignorados. Mais dia, menos dia, haverá 100 bilhões de páginas no mundo e cada cidadão do planeta tentará se destacar nessa gigantesca vitrine usando de seus vários giga de fotos, textos e links quebrados. Todos farão parte dessa imensa loteria global, na busca de seus 15 minutos de fama virtual, uma fama caracterizada por pages views, acessos por dia, número de associados, número de usuários ou, quem sabe, número de dólares em vendas. Essa batalha é desanimadora e não possuímos a menor base para qualquer ação útil, a não ser escrever mais e mais coisas a nosso respeito, colocar mais e mais fotos digitais em nossos blogs. Cada blog é uma pequena palha no grande palheiro global. Mais um produto num mundo só de produtos. A web democratizou a livre iniciativa, mas não há quem possa consumir tudo aquilo que é produzido. O site de buscas Google vale bilhões de dólares apenas por ser capaz de dizer que se você quer algo na web, esse algo existe. Mas o que vale o simples existir? Sites da web são extensões de nós mesmos. Os medíocres serão também virtualmente medíocres.


Tenho ouvido Carole King, The Doors, Hendrix e agora ouço Def Leppard, “Animal”, um clássico. Amo Def Leppard!

Mas vamos em frente. Tenho lido sobre sonhos lúcidos, e vejo que não é nada fácil tê-los. E tenho sentido muito ódio, um ódio perigoso. Um ódio político e social. Tenho vontade de entrar para a política e tentar mudar as coisas, mas ao mesmo tempo sinto um enorme desânimo. Acho que talvez devesse mudar de país, mas ao mesmo tempo acho isso uma derrota. Odeio meu atual serviço e não vejo uma saída honrada e pacífica para o problema, mas sei que qualquer tentativa de me mexer só me faz atolar mais nesse pântano de lama no qual fui me meter. O acaso nos coloca em cada situação! Ou não seremos nós os únicos responsáveis?Não sei. Só sei que chutaria o traseiro de certas pessoas sem pestanejar. Deixaria para trás um grupo de prédios que odeio ter de ir todos os dias, onde também trabalham algumas pessoas especialmente maldosas. Sei como as pessoas irritadas se sentem, como pessoas deprimidas se sentem, e como pessoas vingativas pensam, e em como um monte de problemas podem ser simplesmente eliminados, em vez de resolvidos. Mas os problemas estão ai para serem atacados, não eliminados. Não possuo a menor base para qualquer ação útil diante de uma série de problemas, mas isso é sintomático como uma febre. Algo vem pela frente.

Enquanto isso, vou baixando dezenas de wallpapers maravilhosos!

Minha mensagem do dia:

“Cada blog é uma palha no grande palheiro global ”

Rosenvaldo Simões de Souza

terça-feira, 8 de junho de 2004

Geral : Um monte de coisas - parte 2

Continuando...

Mudando o assunto para a Política, tenho pensado que talvez a melhor coisa que poderia surgir da fusão da Web com a Política seria o fim do sistema representativo. Isso mesmo: cada cidadão vota por si mesmo, sem a figura do político profissional, corrupto, falso, traidor, traiçoeiro e não confiável. Isso seria a glória da Democracia. O assunto é longo e merece muita atenção.

Tenho que relatar minha paixão por aviões. Nesses meses de frio, o céu no Centro-Oeste é quase sempre limpo como um cristal. E como o ar da alta atmosfera está sempre muito frio, vez por outra posso ver o rastro de condensação atmosférica deixado pela passagem de algum avião muito, muito ao longe. É simplesmente fantástico. Não se vê nada, a não ser um risco muito, muito longe. A quantos quilômetros está esse avião de onde estou? Cinqüenta, cem quilômetros? Um show.

Mas show mesmo no céu foi a passagem por sobre Goiânia, numa tarde nublada dessas, de uma esquadrilha de oito caças da FAB. Uma formação em V, com cinco AMX na parte interna e dois Mirage nas laterais. Um terceiro Mirage, vários quilômetros mais atrás, retardatário, acelerando quase que a ponto de quebrar a barreira do som buscando alcançar os demais. Um show! Passaram e se foram em poucos segundos.

Tive um sonho muito doido. Sonhei com um mundo futuro, a mil, dois mil anos a frente do nosso mundo atual. Sim, mas nada de tecnologias óbvias. Aliás, de um modo geral, tudo até muito parecido com o nosso mundo de 2004, exceto por algumas coisinhas, como, digamos, as balas e chicletes da criançada, ou as canetas dos policiais dos parques, ou mesmo a maneira como a garotada controlava a bola numa pelada de futebol. Tudo muito, muito bizarro e louco.


E sonhei também com um parque temático americano. Sim, sonhei com o Parque Temático do 11 de Setembro. Acreditem se quiserem.

Sonhei também com os barrancos do abismo, e ele era escorregadio. Mas nós os vencemos, eu e meu rotweiller, o Schubert, Bom Cachorro! E além, um pântano africano leitoso e seu palácio inacabado.

Mas nem tudo foram sonhos nesses últimos dias. No sábado à noite, a vida real mostrou um pouco do seu lado pesadelo. Enquanto eu passeava por entre a multidão de mulheres na famosa Feira da Lua de Goiânia, alguém muito esperto enfiou a mão na minha mochila e roubou minha carteira, com tudo. Documentos, todos, dinheiro, etc. Fui registrar ocorrência na delegacia de polícia de plantão, e, pensando no que significa tudo isso a longo prazo, perdi a esperança no Brasil.

Para dizer a verdade, nunca acreditei um segundo sequer nessa ladainha que venho ouvindo desde que tenho seis anos de idade, a de que o Brasil é o país do futuro. O Brasil, agora tenho certeza, foi, é, e sempre será, um fracasso. O último que sair que apague a luz. Desejo ardentemente que tudo se resolva por meio de uma guerra civil, uma guerra que rebente essa imensa porcaria em cinco ou seis pedaços, como a Iugoslávia, e que cada gueto que se vire com os seus. Ou que uma peste, um megavírus, dizime um terço da população, para o meu bem ou para o meu mal. Uma coisa é certa: sem um trauma profundo, um terremoto social, esse país está definitivamente condenado a seguir a Somália e a Eritréia. Acho que já ultrapassamos um limiar considerado irreversível.

Por falar em desespero social, falta no Brasil um sistema eficiente de achados e perdidos. Não acredito que isso possa ser feito pelo governo, mas acho que o ramo não desperta interesse financeiro na iniciativa privada. Mas que é uma necessidade social, isto é.

E, por fim, sonhei com meus talheres publicitários. O que é isso? É a fusão de duas idéias reais no mundo dos sonhos. A ideia de talheres publicitários é uma estratégia de marketing que, segundo minha teoria, pode ser uma coisa bacana. Mas, no sonho, a coisa se sofisticou, e virou algo bastante curioso e louco. Pratos publicitários!


Minha mensagem do dia:

“Sonhei com os barrancos do abismo, e ele era escorregadio. Mas nós os vencemos... ”

Rosenvaldo Simões de Souza

Geral : Um monte de coisas - parte 1

Mensagem do dia:

“A sabedoria é a compreensão do eu e do mundo. Nenhum deles pode ser ignorado”

Miroslav Holub

Quem é Miroslav Holub? Mais uma vez, não sei quem é, mas sei de onde tirei a frase: de uma revista Seleções de Reader’s Digest. Acho que é uma boa tentativa de se definir o que seja sabedoria, embora não seja uma definição completa. Mas aí já é querer demais.

O que ando fazendo? Ouvindo muito Creed e Evanescence. Como é que eu não conheci Evanescence antes?

Como disse na minha última mensagem, andei pensando muito em sono e sonhos. Estou tentando colocar meu sono em ordem. Está difícil, mas eu estou me esforçando.

Quanto aos sonhos premonitórios, quero destacar, a título de memória, os sonhos que tive sobre tornados, iguais aos que arrasam Los Angeles no filme “O dia depois de amanhã”. Foi muita, muita coincidência. Eu já havia visto aquele monte de tornado junto arrasando uma grande cidade em meus sonhos. Exatamente como no filme. Claro, meu sonho foi muito, mas muito mesmo, mais louco e legal que o filme, mas isso é outra história. Acreditem!

Outro sonho muito estranho foi um que tive a cerca de 25 anos atrás, sobre um cemitério muito estranho, sobre um morro. Tive uma sensação de deja vu quando estive em Joinville no começo de 2004. Quem conhece Joinville deve saber que o cemitério desta cidade fica sobre um morro dentro da cidade. É quase surreal. E eu sonhei com algo muito, muito parecido com o cemitério de Joinville quando eu tinha cinco, seis anos de idade. Nunca tinha nem ouvido falar em Joinville. Nesta época eu morava em Tujuguaba, interior de São Paulo, e nem televisão nós tínhamos em casa.


Outra coincidência: conversando com meu irmão, ele me informou sobre um primo nosso, que teve um começo de infarto e não estava muito bem. Eu havia passado todo o dia anterior pensando nesse primo. Sonhei com ele. No sonho, eu o abraçava carinhosamente, meu irmão o abraçava. Achei muito estranho o sonho, e não conseguia entender a afeição que senti por esse meu primo, com o qual nunca tivemos, eu e meu irmão, muita intimidade, porque esse meu primo é bem mais velho que nós. Então tudo ganhou um ar de premonição com a notícia de seu estado de saúde.

E meu irmão, que virou papai por esses dias, sonhou que estava na garupa de uma moto de um amigo que ele não via a muito tempo, que mora em Limeira, São Paulo. Quando o filho de meu irmão nasceu, a alguns dias atrás, por um acaso ele, o bebê, veio a nascer em Limeira, e meu irmão, como que por um outro acaso do destino, de repente se viu de fato na garupa da moto do amigo com o qual havia sonhado algum tempo antes. Meu irmão me reportou essa sensação de deja vu, misteriosa, que acompanha essas estranhas coincidências. Sonhos premonitórios?

Continua na mensagem seguinte...

quinta-feira, 3 de junho de 2004

Geral : Os males da tecnologia

Mensagem do dia:


“Nossos conhecimentos nos destroem. Embebedam-nos com o poder que nos dão. A salvação única está na sabedoria ”

Will Durant

Quem é Will Durant?

Ah! Este eu conheço. Tenho dois livros fabulosos deste grande escritor americano. Uma boa idéia é, no lugar de falar do homem, ir logo para a página oficial que fizeram em sua memória e em memória de seu grandioso trabalho. Basta ir em Will Durant e ver quem foi e o que escreveu. Dando uma busca pelo Google, digitei “Will Durant” e mandei buscar somente em páginas em Português. A maioria das páginas encontradas trazem seu nome associado às suas citações, frases como esta que coloco na mensagem do dia, frases extraídas de seus deliciosos livros de Filosofia e História. Estou relendo um dos seus mais importantes livros, “Filosofia da Vida”. A frase acima vem logo na introdução, e faz sentido no presente momento, porque tenho razões para temer o poder do conhecimento.

De qualquer forma, o tempo continua em frente, sempre, e neste meio tempo, atualizei meu micro e instalei o Internet Explorer 6. Daí em diante, tentei dar um acabamento melhor neste blog, do ponto de vista estético, mas as possibilidades são tantas que, se não me atenho à frase acima, do sábio Will Durant, estaria agora me embrenhando em sites sobre XML e coisas afins, tentando me atualizar sobre as novas maneiras de se fazer páginas bonitas, quando na verdade, meu trabalho mais importante, que é escrever o conteúdo desse blog, fica por ser feito por falta de tempo.

Tenho estado bastante perturbado nos meus horários de sono. Tem dia que durmo de menos, duas, três horas por dia no máximo, e tem dias que durmo demais, doze, treze, quinze horas sem parar. Isso simplesmente é inadmissível, de modo que resolvi comprar um livro sobre o assunto. Veremos se a coisa vai melhorar.

Meu irmão agora é pai, e eu, tio. Isso é memorável. Um novo e poderoso ser vivo se soma a nosso mundo. Que ele seja tudo o que possa vir a ser de bom e grandioso.

Tenho pensado em sonhos premonitórios. E tenho pensado em política, e em aviões.

Para falar a verdade, esse blog não comporta todo o conjunto de coisas que tenho pensado. Por isso, vou fazer minha página pessoal, onde poderei escrever à vontade. E esse blog vai ser uma espécie de jornal, onde eu colocarei links para meus textos. Tenho muito o que escrever. Tenho muito o que pensar e muito o que fazer. Tenho que arrumar tempo para tudo, e não posso passar a vida dormindo ou bocejando. E mais, não posso passar a vida enfeitando blogs, só porque é isso que todo mundo faz. Não sou designer gráfico, nem criador de sites. Tenho certeza que o UOL pensou bem antes de criar esses templates para nós usuários, e se não fosse para ficar prático, um blog não seria útil. Ele, de fato, é prático, exceto se resolvermos mudá-lo visualmente todos os dias. Só tem um pequeno problema com ele: é que eu gostaria de ter cópia de todos os meus textos em meu HD, e então seria útil ter algo como um processo de exportação de textos do blog para o HD, já que tem do HD para o blog. Mas tudo bem, eu vou vivendo sem esse recurso.


Vamos em frente.

Minha mensagem do dia:

“Não sei ainda o que é exatamente a sabedoria. Se soubesse, seria um sábio”

Rosenvaldo Simões de Souza


terça-feira, 1 de junho de 2004

Geral : tudo muito simples...

Mensagem do dia.


Cervantes

Por que algo sobre o sono? Porque eu ando com muito, muito sono ultimamente.

É tudo muito simples: preciso instalar a versão 6 do Internet Explorer. Só assim posso dar uma arrumada nesse blog. Endentar textos, negritar, etc. Ele está muito feio.

E depois, ando dando uma arrumada também nos meus livros, nas minhas revistas, nos meus CD's, nas minhas pastas com documentos, enfim, estou começando a aquecer o motor.


Agora sei onde anda indo minha grana: tem escoado para as mãos dos donos de bancas, de livrarias e de lojas de CDs. Acho que já gastei mais que o valor de um carro só nessas bugigangas. Eu simplesmente não sou capaz de desfrutar de tudo que comprei. Seria preciso uma década para poder usufruir de tudo. No mínimo dez anos para ler tudo, ouvir tudo, jogar tudo, instalar e usar tudo.

Sou um nerd compulsivo, mas tudo bem.

Vou em frente. Tenho que baixar o Internet Explorer 6, enquanto ouço Burnt Weeny Sandwich, dele, dele mesmo, o grande Zappa!!!!

Frank Zappa

Minha mensagem do dia:


Rosenvaldo Simões de Souza