quinta-feira, 13 de junho de 2013

Decisões difíceis

Eu disse no post anterior que não estava indo a lugar nenhum com meus planos de sucesso por meio de livros de autoajuda, mas nem por isto eu desistia.

Anotei na minha Agenda 99 a frase severa do grande Planejador, uma espécie de personagem figurada de Deus que advertia um cidadão mediano e pouco motivado para o sucesso na vida:

"Servo malvado e preguiçoso! Como ousas não utilizar os presentes que lhe dei?"

Esta frase me pareceu uma advertência séria, e resolvi seguir em frente com o sucesso.

Eu tinha agora a minha Caderneta de Capa Marrom, e me aplicava nela. E tinha meus planos de leitura.

Decidi segui-lo. Estudei um pouco mais o livro "Organize-se", que já tinha a bastante tempo, e li "Como tomar decisões difíceis", os quais já comentei aqui.

Embora tenha muitas considerações a fazer sobre ambos os livros, uma coisa chamou-me a atenção naquele momento. É que ambos os livros sugeriam que precisávamos abordar a vida de maneira sistêmica, ampla, e não apenas do ponto de vista profissional ou financeiro, se quiséssemos ter alguma chance de ter sucesso, ser organizado e tomar decisões difíceis.

Um dos livros, o das decisões difíceis, sugeria que dividíssemos nossa vida em sete áreas, e o livro sobre organização fazia o mesmo, exceto que sugeria dez áreas. Ora, era muita coincidência dois livros falarem sobre a mesma coisa, mesmo não sendo livros tratando do mesmo assunto. Aquilo me chamou a atenção.

Eu nunca pensara em dividir minha vida em áreas. Minha vida era um bloco só.

Então, listei de um lado os sete itens de um livro e os dez itens do outro livro, e os correlacionei. O resultado está na imagem abaixo. Percebi que os dez itens poderiam ser resumidos ao sete, ou os sete poderiam ser expandidos em dez itens.



Anote isso. A vida não é um bloco só. Aliás, a vida é um bloco só, mas nossa mente não consegue gerenciar este bloco único adequadamente se não o subdividirmos.

Claro, as sete, ou as dez áreas, estão relacionadas entre si. Por exemplo: sem saúde não se tem meios de se ter algum tipo de sucesso profissional, que por sua vez define o sucesso nas finanças, que por sua vez define a qualidade de nossa saúde, e assim por diante. O que importa relatar aqui é que tive a sorte de perceber dois livros tocando no mesmo assunto de forma muito semelhante e me dei ao trabalho de tirar a coisa a limpo, fazendo o gráfico e pensando um pouco sobre ele.

Era uma lição que eu poderia ignorar, mas ao mesmo tempo, era um potencial presente do Grande Planejador, e eu poderia estar negligenciando-o. Pessoas especialistas em seus ramos de conhecimento escreviam livros que eram vendidos no mundo todo e eu corria o risco de deixar este conhecimento de lado por pura preguiça.

Sim, eu estaria sendo preguiçoso, e mesmo malvado, ignorando o fato de que não podemos levar nossas vidas tratando-a como um bloco único. Simplesmente estaria fechando as portas para meu sucesso futuro agindo assim. Por outro lado, organizar a vida em áreas implicava alguma organização, e por consequência, trabalho. Ora, tudo que se relaciona a trabalho nos desanima, não é verdade? Temos uma forte tendência à preguiça, não podemos negar.

Então, eu tinha que tomar decisões difíceis. Seguir ou não seguir as trabalhosas lições dos livros de autoajuda?

Mas, eu acabava de ler um livro que me ajudava a tomar decisões difíceis. Apliquei o ensinamento do livro à análise de uma sugestão do próprio livro. Era a recursividade em ação.

Já falei sobre a recursividade em ação aqui. Agora, eu dou um exemplo claro dela novamente.

De qualquer forma, o problema estava lançado. Ir em frente com todo o trabalho sugerido, trabalho imenso, cansativo, de resultados incertos e mesmo frustrantes, sem esperança alguma de sucesso à vista ou desistir dos livros de autoajuda?

Eu tinha decisões difíceis pela frente.

Mas eu ainda tinha Benjamin Franklin para me ajudar...

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