segunda-feira, 9 de abril de 2012

Fracasso

Se sucesso significa primeiro conseguir o que se quer, então deste conceito decorre o conceito de fracasso.

Eu anotei assim em minha agenda:

"O que é fracasso?

É não conseguir o que se quer."

Esta definição me pareceu simples e correta tanto em 2001, quando a formulei, quanto agora.

Fracassar implica em se querer algo.

Fracassar implica em desejo.

Mas desejar é suficiente?

É o que veremos na próxima postagem.

domingo, 8 de abril de 2012

Os objetivos na vida

Na postagem anterior, eu defini o que me pareceu ser o melhor conceito de sucesso, baseado no livro "A Universidade do Sucesso", de Og Mandino.

Mas eu não inventei essa definição. Eu a tirei de uma frase do livro.

Eu anotei a frase abaixo em minha agenda:

“Existem dois objetivos para serem atingidos na vida: primeiro conseguir o que se quer; e depois, desfrutar o que obteve! Apenas os mais sábios realizam o segundo”
Logan Pearsall Smith

É uma bela frase.

Ela leva necessariamente a uma conclusão, pensei em 2001, quando a li com a atenção que merecia. Ela implica em aceitar que somente realizaremos nosso segundo objetivo depois de alcançarmos o primeiro.

É simples: você não pode desfrutar o que ainda não obteve. Logo, parte do sucesso depende de primeiro se conseguir o que se quer.

Essa conclusão me levou a uma segunda conclusão lógica, que veremos na postagem seguinte.

Ah, depois eu explico melhor quem foi Logan Pearsall Smith.

Prometo.

Em busca do sucesso

Eu disse aqui que li Og Mandino de maneira sistemática em 2001. 

Se você se der ao trabalho de dar uma pesquisada neste blog, verá que primeiro eu estudei Dale Carnegie e seu livro "Como evitar preocupações e começar a viver". Neste caso, meu objetivo era vencer a depressão.

Antes, eu havia vencido o vício do cigarro com a ajuda do livro de Walter S. Ross e seu "Você Pode Parar de Fumar em Quatorze Dias", um livrinho de 1974 que era claro e direto quanto a um ponto: ou eu colocava em prática o que ele dizia ou estaria perdendo o meu tempo. Como eu fui disciplinado, a coisa deu certo e parei de fumar em 1998, em menos de quatorze dias.

Quando à depressão, posso dizer que a evitei com a ajuda de Carnegie. É preciso dizer que depressão e crise existencial são coisas próximas e parecidas, mas não são a mesma coisa. Minha crise existencial chegou mesmo a se agravar com o tempo, mas não tive mais depressão desde então.

Ora, como eu disse sobre o livro de Og Mandino, era preciso que eu o estudasse. Agora, vencido o cigarro e a depressão, era preciso ir atrás do sucesso.

Usando o método de aprendizagem de Carnegie e aplicando-o ao livro de Og Mandino, comecei a fazer algumas perguntas a mim mesmo e ao livro.

Anotei assim em minha agenda:

Og Mandino


O que é sucesso?


É ter objetivos, lutar por eles, atingi-los e sentir-se satisfeito com isso.


Este é um bom começo. Definir o que se quer.

E esta definição é satisfatória. Mesmo agora, em 2012, passados onze anos de ter feito essa pergunta, ainda acredito que a resposta esteja correta.

De onde tirei esta resposta?

É o que veremos a seguir...

Você concorda que antes de se buscar o sucesso, é preciso se perguntar o que é o sucesso?

Como podemos querer algo que nem conhecemos?

terça-feira, 3 de abril de 2012

Borges

"Uma guerra  entre dois carecas por causa de um pente." 

Jorge Luis Borges (sobre a guerra das Malvinas)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Guerra das Falklands/Malvinas: 30 anos

Hoje se rememora 30 anos do início desta guerra estranha e triste. Eu tinha 11 anos quando estourou a Guerra das Falklands/Malvinas e lembro-me muito bem de todo o desenrolar dos acontecimentos na época.

Rememorar é diferente de comemorar. Ninguém está feliz com esta lembrança. E nem deveria estar: foi uma guerra absurda entre duas nações social e politicamente organizadas e tidas como civilizadas.

Nós, pessoas com menos de 75 anos, poucas vezes assistimos a uma guerra dessa natureza. Em geral, desde a Segunda Guerra Mundial não se via duas nações com forças armadas regulares se digladiarem por um pedaço de algum território. Vimos potências ocidentais invadindo pequenas nações, conflitos ideológicos, guerras civis de libertação, genocídios entre tribos africanas, guerras civis entre capitalistas e comunistas, entre muçulmanos e não-muçulmanos, mas não entre países ocidentais lutando por território.

O que nós, brasileiros, temos a ver com isso?

Os brasileiros nunca se viram tão perto de uma guerra de verdade. Lutamos na Segunda Guerra Mundial, mas como coadjuvantes, e apenas na Europa, na Itália. Perdemos navios no Atlântico, mas não sofremos nenhuma agressão em território brasileiro. Logo, ver uma guerra tão próxima, e ao mesmo tempo em um lugar tão inexpressivo e inóspito, nos deixou surpresos e temerosos.

Argentinos e brasileiros são rivais no futebol, mas de resto, somos povos irmãos. Buenos Aires é uma cidade muito querida e eu gostaria muito de ver o Mercosul ampliando seus horizontes e ver a América do Sul como uma grande federação de povos irmanados em paz e prosperidade. Sinto muito pelos argentinos. Mas sinto também pelos ingleses. O que poderíamos ter contra eles? Soldados ingleses morreram cumprindo seus deveres de soldados. Não há o que se comemorar em uma situação como esta. Toda guerra é uma má guerra, e toda morte, desnecessária.

Que ingleses e argentinos saibam superar essa parte dolorosa de suas histórias, e que encontrem soluções pacíficas para o problema das Falklands/Malvinas. Há soluções possíveis. Sempre há alternativas. A paz e a satisfação dos interesses de ambos os lados podem e deve ser tentadas.

Que os próximos aniversários desta triste guerra sejam marcados por progressos entre as duas nações, e que um dia ingleses e argentinos façam dessa data uma data em que se comemore a paz, para que a memória de todos os que ali tombaram seja tal que seus familiares e todo o mundo saibam que eles não tombaram em vão.

Paz neste 2 de abril de 2012 a todos os povos.