Há uma frase que me marcou de maneira profunda:
“Para planejar seu futuro com seriedade, é necessário compreender e avaliar seu passado.”
Essa frase é de Og Mandino, e está em seu livro “A Universidade do Sucesso”.
Avaliar o passado é um conceito que lembra Freud, psicanálise, traumas infantis e fases de desenvolvimento com fortes conotações sexuais, uma abordagem do ser humano da qual não gosto, embora não seja psicólogo. Mas, de maneira geral, por algum tempo essa frase fez sentido. Claro que eu hoje não a tome assim tão seriamente, mas ela serviu de base para sérios esforços que fiz desde que a li.
Em busca de compreender o passado, passei a vasculhar coisas esquecidas, personagens já mortos, lembranças e memórias escritas. Não sei se essa viagem ao museu interior serviu para um bom planejamento do futuro, mas o passeio me fez perceber que o passado vale por si próprio, independentemente da utilidade que possa ter como subsídio para o planejamento do futuro.
Onde começa o meu passado?
A pergunta não tem uma resposta clara, mas na busca de respondê-la, acabei forçosamente chegando a um período do tempo anterior à minha existência.
Nasci em 1970, mas o meu passado é remoto. Até onde as memórias ainda estão preservadas, meu passado começa no Século XIX...
Talvez não seja mais o caso de se acreditar que se deva construir o futuro com base no passado, mas parece-me que não é mais possível de se viver sem antes reconstruir o passado a partir das ruínas que sobraram nas mentes que vão lentamente se apagando.
Reconstruir o passado é lutar para que a luz não se apague.
É, por isso, uma tarefa honrosa e digna de ser executada.
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