domingo, 15 de abril de 2012

Teoria do conforto

Se as pessoas alegam apego ao conforto para evitar mudanças em suas vidas, eu perguntei a mim mesmo: o que é, afinal, o conforto?

Em resposta, sugeri uma Teoria do Conforto, que anotei assim em minha agenda:

"Teoria do conforto: a idéia de conforto como um conjunto de hábitos estabilizados, considerados prazerosos, socialmente aprendidos, e com valores relativos, conforme associados a diferentes classes sociais. O risco apresenta-se como uma possibilidade de mudança de situação na qual há acréscimo, supressão ou mudança de hábito que configura uma nova situação socialmente inferior. O risco é meramente social."

Pois bem, o que isso significa, afinal?

Essa afirmação parece um axioma de Sociologia. Será que é?

A Teoria do Conforto será melhor debatida futuramente. Ela precisa ser debatida. 

No fundo, o que eu quis dizer foi: as pessoas se preocupam mais com que a sociedade pensa delas do que com a vida real que elas levam. Em outras palavras: as pessoas não se importam se são um sucesso ou fracasso social, desde que aparentem serem bem-sucedidas perante seus pares.

Enfim, a Teoria do Conforto afirma que o que importa na verdade não são os fatos, mas as aparências.

Axiomas de Zurique

Quando falamos de correlação entre passado e futuro, uso de dados passados para o planejamento, estamos nos adentrando em seara da Ciência.

Eu, questionando os obstáculos que temos de enfrentar na vida, deparei-me com o medo que temos do futuro. Claro, não podemos sair por ai fazendo as coisas que desejamos sem pensar nas consequências. Mas não podemos ficar paralisados com medo de errar. É preciso alguma linha de raciocínio que nos dê um mínimo de confiança.

Pessoas plenamente cientes dessa realidade, e de posse do melhor que o raciocínio científico da época poderia proporcionar, resolveram formalizar uma série de preceitos que deveria servir de guia para suas ações. Evidentemente que não tinham a intenção de guiar suas vidas por meio desses preceitos. Visavam somente direcionar suas ações no mercado financeiro. 

O mercado financeiro e sua incerteza intrínseca é um dos maiores desafios com o qual um homem pode se deparar. Nele há promessas de riqueza e derrota, e sobre seus números e gráficos milhares dos mais obstinados homens já se debruçaram. A maioria tombou. Alguns prosperaram.

"Os Axiomas de Zurique" é um livro escrito por Max Gunther. Deparei-me, não com o livro em si, mas com alguns de seus axiomas quando estudava maneiras de ganhar dinheiro na bolsa de valores. Alguns axiomas soam mágicos, e todos são muito instrutivos e úteis. Na época em que estudava os textos de Og Mandino, eu não dispunha do livro dos axiomas em mãos. Tenho-o agora, embora não mais aplique na bolsa, e não o li como deveria. De qualquer forma, anotei assim em minha agenda:

"Axiomas de Zurique:


4º Grande Axioma - das previsões: o comportamento humano não é previsível. Desconfie de quem afirmar que conhece uma nesga do que seja o futuro.


5º Grande Axioma – dos padrões: até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso.


5º Axioma Menor: cuidado com a armadilha do historiador.


6º Axioma Menor: cuidado com a ilusão do grafista.


7º Axioma Menor: cuidado com a ilusão de correlação e com a ilusão de causalidade."


Como o tema é mais técnico do que parece, falaremos desses axiomas com mais vagar no futuro.

Um link entre o passado e futuro

Nem todas as pessoas se conformam com suas situações. Nem todo conforto é de fato conforto. Há coisas desagradáveis na vida, e mais uma vez, entramos na questão do gosto. Podemos justificar nosso desejo de mudar alegando que detestamos certas coisas rotineiras que nos causam desconforto, e ninguém poderá alegar que não temos este direito, o de não gostar de certas coisas.

Sob o manto de proteção dado a nossos desgostos, resolvemos mudar nossas vidas. Mas não mudamos, porque temos medo do futuro. Afinal, não somos mais frangos novos e já apanhamos na vida. Sabemos que perder é ruim e que o impossível não é impossível, mas nem por isso é fácil. Então, ficamos temerosos de agir. Afinal, o futuro a Deus pertence.

Será mesmo?

Fiz a mim mesmo duas perguntas e me dei duas afirmações, que não são necessariamente respostas às perguntas feitas, mas que direcionam nossos interesses pelos obstáculos que teremos pela frente, caso tentemos seguir em frente e mudando:

Anotei assim em minha agenda:

"Qual a correlação entre fatos passados e futuros? Qual a probabilidade de que uma situação de risco do passado venha a se repetir no futuro?


A probabilidade de erro é inversamente proporcional ao planejamento.


O passado só é útil ao planejamento como uma fonte relativa de informações e referências."


Olhe esta palavra: correlação.

É já uma palavra técnica, um termo matemático, cientificamente mensurável.

Olhe a primeira afirmação: ela já soa como uma lei, um axioma, uma regra que pode ser equacionada com letras e símbolos.

Os cientistas sabem muito bem disto que está dito na segunda afirmação. Os estatísticos a têm como óbvia.

Mas não falávamos de sonhos, gostos e conforto?

Não era sobre um livro de auto-ajuda que eu tecia minhas considerações?

A vida não é para amadores, parece.

Uma boa desculpa para tudo

Se o conforto nos é tão caro, e de fato parece que ele o é, então podemos resumir assim a razão para nada fazermos:

"Se erramos uma vez, podemos errar novamente, pondo em risco o nosso conforto."

É uma boa desculpa para não se fazer nada, sempre.

Não se tem o direito de pedir a alguém que abra mão de seu conforto, não é mesmo?

E, como conforto é na realidade uma questão de mero gosto, não podemos sequer argumentar com o pobre diabo que vive numa choça dizendo a ele que ele terá igualmente conforto se mudar-se para uma casa decente, porque ele contra-argumentará que ele gosta mais da choça que de casas novas e limpas. E ele tem esse direito universal: o de gostar do que gosta, se mais razões ou explicações.

Afinal, gosto é gosto.

E sob a proteção universal dada ao simples ato de gostar, defende-se o conforto individual, e na defesa do conforto, aceita-se a inanição e a paralisia geral.

Seria uma desculpa perfeita, exceto que...

Exceto que não estamos falando de cores, nem de sabores, nem de modelos de cortinados ou sofás, quando nos referimos a gostos, mas de algo mais profundo.

O único problema com essa desculpa é que ninguém gosta sozinho.

Há gostos e gostos.

O conforto entrando em cena

Se os riscos de se aventurar em busca de nossos sonhos nos atemora, e desistimos, porque sabemos que fracassar é ruim e não compensa o esforço, então o que de fato estamos querendo proteger?

Lamber feridas significa aceitar a derrota e suas consequências, mas o simples lamber de feridas implica também que se sobreviveu, sem ter perdido tudo. Mesmo que restando somente a vida, ou um fio de vida, ainda não se está de todo derrotado. Com o tempo, e com o lamber, vamos aos poucos nos acomodando à rotina do dia-a-dia e as coisas doem menos.

Preservamos, assim, o status quo

Preservamos a rotina do dia-a-dia. 

Mas o que tem de tão bom nessa rotina, que preferimos mais ficar nela que seguirmos adiante com nossa vida?

Por que não agir? O que temos a perder?

Respondi assim em minha agenda:

"Porque uma nova ação pode pôr em risco o nosso conforto."

E eu sou obrigado a admitir que essa resposta está bem próxima da verdade.

Rotina é conforto.

Conforto é familiaridade.

Familiaridade é prazer.

O conforto merece um olhar sob a lupa do curioso.

Desconhecendo o impossível

"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez"

A frase acima é, segundo alguns, de Jean Cocteau. Segundo outros, é de Mark Twain. Na dúvida, atribuo aos dois. 

Ora, essa frase é lendária. Ela evoca a juventude, a audácia, o desprezo pelos obstáculos.

Ela soa grandiloquente para os jovens, que ainda não fracassaram, mas para os velhos, os calejados, os veteranos, ela soa como uma mescla de insulto e piada.

Claro, vez por outra aparece um moleque de 15 anos que, segundo a mídia, desenvolveu algo que mudará o mundo, para perplexidade de todos, exceto dos veteranos. E, claro, há os Mozarts e Einsteins, que, com seus vinte e poucos anos, mudam tudo. Mas os veteranos sabem que eles sempre estiveram sobre ombros de gigantes.

De resto, é uma piada.

A juventude traz em si essa impertinente capacidade de subestimar as dificuldades da vida. Tomam as coisas como feitas, como se pensar e fazer fossem uma e mesma coisa. 

Mas os veteranos sabem bem disso, de que esse jactar-se não leva a nada, e é como o cacarejar dos frangos novos em um terreiro onde há sempre um galo maduro que domina tudo. Mas, cacarejar faz parte da natureza dos frangos, e eles cacarejam livremente.

Mas depois da primeira pancada... mas depois da primeira prova... mas depois da primeira derrota...

Bem, a frase é bela, mas irreal.

Tem aquela do sapinho surdo, mas fica para depois.

O fracassado teme o fracasso

Eu disse que uma das razões pelas quais as pessoas desistem de perseguir seus sonhos é a de que elas já fracassaram antes. Logo, temem fracassar novamente.

Isso soa péssimo. Não somos nós, brasileiros, o povo que não desiste nunca? Não somos lutadores?

Mas a realidade é maior que slogans de televisão.

Eu disse que há um mecanismo psicológico embutido nesse comportamento. É um comportamento medroso, pouco digno dos povos e seus slogans, mas profundamente arraigado em nosso DNA de humanos. Digo mais: em nosso DNA de seres vivos. O medo é uma reação mais forte que o chamativo de um mero slogan.

Pesquisando as razões do medo do fracasso por parte daqueles que já fracassaram, anotei assim em minha agenda:

"Por que um fracasso anterior impede a ação?


“A lembrança de sofrimento, perda, fracasso anterior, podem fazer com que a vida pareça não mais valer a pena ser vivida”.


“Os problemas de amanhã são desconhecidos; podem causar novos sofrimentos. Os de ontem estão superados. Ainda são dolorosos, mas o sofrimento é familiar, quase confortável. É mais fácil, menos arriscado ser estático, recolher todo o conforto que pudermos de nossas infelicidades conhecidas”."


Isso soa familiar?

Lamber nossas feridas pode ser a única alternativa para nós que ainda não aprendemos a vencer, nem conhecemos ainda o sabor da vitória.

O assunto é bom, e eu não me contentei com essas respostas, embora elas estejam corretas.

Apenas abro um parêntesis aqui para uma frase de efeito, popular, que cai bem para o momento. É o que veremos na próxima postagem.

Riscos

Já foi dito antes por aqui que uma das razões para o fracasso é que as pessoas sequer tentam saber o que querem. Sem saber o que querem, são como navios sem rumo.

Se resolvem querer algo, muitas não se dão ao trabalho de tentar esse algo. Desistem antes de começar.

Mas muitas começam a corrida rumo a seus objetivos. Então, deparam-se com obstáculos. Muitas pessoas então desistem, porque os obstáculos parecem grandes demais, ou elas se acham fracas demais para vencê-los.

Por fim, muitas pessoas consideram que uma caminhada rumo a um objetivo implica necessariamente em algum tipo de mudança com relação ao momento presente. Logo, encaram a simples mudança como um risco. 

Mas, recorrendo a Kipling, o que são esses tão temerosos riscos, afinal de contas, que imobilizam as pessoas e as fazem fixar âncoras onde não desejariam estar?

Anotei na minha agenda as perguntas e as respostas. Desta vez, não recorri a ninguém para respondê-las. As respostas são fruto de minha própria meditação. Eis:

"O que é um risco?


É a probabilidade de que algo imprevisto aconteça ou não.


Por que há risco?


Porque o futuro é incerto e não podemos conhecer nem dominar todas a variáveis possíveis, todos os cursos e desfechos possíveis para o futuro.


Como se dá o risco?


Com o surgimento de situações não previstas ou com uma mudança de variáveis para padrões não previstos.


Onde há riscos?


No futuro, em projetos, em empreendimentos e na vida do dia-a-dia."


Agora, estamos nos adentrando no obscuro campo das previsões, da Estatística, das probabilidades.

Não podemos fugir disto. E não fugiremos.

Por que as pessoas desistem de seus sonhos?

Autoconfiança é somente um dos motivos para se fracassar.

Fiz então a pergunta mais genérica: por que as pessoas desistem de seus sonhos? E respondi em seguida, com base em uma análise mais profunda das respostas propostas pelos textos de Og Mandino, em seu livro "A Universidade do Sucesso".

Anotei assim em minha agenda:

"1 – Porque já fracassaram antes.

2 – Porque generalizamos os erros do passado, projetando-os para o futuro.

3 – Porque superestimamos os obstáculos e problemas.

4 – Porque subestimamos a nossa capacidade de resolver problemas."

Ah, agora temos uma sequência de motivos mais coerente.

A primeira resposta tem um mecanismo relacionado a aprendizagem embutido nela. Esta resposta nos levará a longos debates sobre psicologia no futuro.

A segunda resposta nos levará às profundezas da filosofia.

A terceira resposta contém em si as sementes para a busca da criatividade, um tema amplo e delicioso.

E a última resposta relaciona-se com a nossa essência humana. Somos animais incríveis. O problema é que a maioria das pessoas não sabe disso.

Essas respostas não são as únicas, mas são um excelente marco para se começar a buscar um caminho que nos levará em direção àquilo que queremos.

Autoconfiança

Tendo-se em vista que uma das principais causas do fracasso é a falta de confiança em si mesmo, perguntei, e em sequência, respondi, conforme o texto de Mandino, sobre as  causas dessa fraqueza. 

Anotei assim em minha agenda:

"Por que as pessoas não têm autoconfiança?


1 – Porque não entendem a média de aproveitamento.


2 – Porque não definem objetivos com precisão.


3 – Porque negligenciam pequenas coisas."


Essas respostas são baseadas em alguns conceitos que requerem alguma explicação.

Média de aproveitamento é simplesmente saber que não somos bons e produtivos todos os dias. Tem dia em que fracassamos, mas isso é parte do jogo. Tem dia em que vencemos, e um dia bom compensa um dia ruim, e na média, quem persiste, vence. O que importa é a média de aproveitamento e não fracassos ocasionais. Este conceito é profundo e tem muito a ver com perseverança, sob a qual falaremos em um momento posterior.

Não definir objetivos com precisão é quase óbvio. Você não sabe para onde vai, então não irá a lugar nenhum.

Negligenciar pequenas coisas significa ser cuidadoso com seus fins e meios. Não há sucesso para negligentes e preguiçosos.

Perseverança, foco e cuidado são os remédios contra a falta de autoconfiança.

Parece simples, mas não é.

Questões sobre o querer

Se o sucesso é conseguir o que se quer, então a primeira coisa que deveríamos saber é o que exatamente queremos.

Mas se Kipling nos sugere seis questões (que ensinaram tudo o que ele chegou a saber, segundo ele mesmo) então fiz a mim mesmo cinco perguntas, conforme sugerido. Não fiz a mim mesmo a pergunta "Quem quer?", porque esse querer era meu mesmo, mas pensando retrospectivamente, até essa pergunta não feita deveria ser feita. Muitas vezes queremos coisas que não são nossas. São desejos de outros que engolimos como sendo nossos. Mas tudo bem.

Eis as cinco perguntas que fiz em minha agenda:

"O que eu quero?


Por que eu quero?


Quando eu quero?


Como eu quero?


Onde eu quero?"


Eu obviamente não as respondi na agenda. E mesmo que tivesse respondido, seria algo muito pessoal para ser postado aqui. Mas não as respondi formalmente. Não escrevi as respostas. Não imediatamente. Não na agenda.

Essas perguntas são muito válidas e básicas. São sérias demais para serem ignoradas. Elas determinam o rumo de uma vida.

Servos leais

Depois de ter feito várias perguntas a respeito de sucesso e fracasso, perguntei a mim mesmo até quando uma pessoa pode ficar fazendo perguntas sob determinado assunto. Quando um assunto se esgota?

Encontrei esta frase no livro "A Universidade do Sucesso", de Og Mandino, que anotei em minha agenda:

“Tenho comigo seis servos leais (que me ensinaram tudo o que aprendi); os seus nomes são O Que, Por Que, Quando, Como, Onde e Quem”
Rudyard Kipling

São seis interrogações que poderiam servir de guia para os meus questionamentos.

Ah, eu sei quem foi Rudyard Kipling. Eu sei que você sabe também que Kipling é uma marca de bolsa. O que talvez você não saiba é que a marca da bolsa é uma homenagem ao Kipling verdadeiro, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, autor de "O Livro da Jângal". O símbolo da marca, um macaquinho rabudo, explica tudo. Mas essa é outra história.

Com essas perguntas em mãos, fui em frente.

sábado, 14 de abril de 2012

Uma semelhança inconveniente...

O que é um obstáculo?

Desistência, confiança vacilante e covardia são razões pessoais e emocionais. Obstáculos são coisas completamente diferentes.

Então fiz a seguinte pergunta em minha agenda:

"O que é um obstáculo?"

Mas esta pergunta ficou sem resposta.

Obstáculos são barreiras, mas que tipo de barreiras? São reais ou apenas muletas que usamos para justificar nossa preguiça?

Veremos se seremos capazes de responder a ela mais adiante, no decorrer deste debate.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Confiança vacilante

Eu disse que as causas do fracasso são a desistência antes de se tentar algo, e os obstáculos. Mas eu disse que descobri mais motivos para se fracassar.

Anotei assim em minha agenda:

"Por que ocorre o fracasso?

3 – Porque as pessoas desistem de continuar a tentar conseguir o que querem.

4 – As pessoas deixam de querer o que queriam antes."

Anotei os novos motivos com os números 3 e 4 para enfatizar que são novos motivos.

Veja: parecem os mesmos motivos anteriores, mas não são.

Não tentar é uma coisa; tentar e se ver bloqueado por um obstáculo intransponível é outra.

Enfrentar um obstáculo, lutar e perder é uma coisa; deparar-se com um obstáculo e desistir do objetivo antes de lutar é outra coisa.

Desejar uma coisa, mas não buscar essa coisa é um tipo de razão para o fracasso. Deixar de desejar uma coisa e passar a desejar outra sem ao menos tentar alcançar a primeira é uma razão diferente para o fracasso, embora não pareça fracasso, e seja sutilmente mais comum do que imaginamos.

"Não, eu não vou mais cursar uma faculdade. Perdi o interesse pelo assunto. Agora quero ser top model..."

Isso soa familiar?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ignorância é força!


Se você não sabe o que isso significa, aqui vai uma dica: Google!


Por que não tentar?

Se as pessoas fracassam porque desistem de tentar, por que elas agem assim?

Pesquisei e cheguei à seguinte conclusão, que anotei em minha agenda:

"Por que não tentar?

1 – “Na verdade essas pessoas [...] chegam a temer o mais leve fracasso para que não venha abaixo a confiança vacilante que têm em si mesmas”.

2 – Porque existem riscos. Os problemas de amanhã são desconhecidos, podem causar sofrimentos."

A primeira possibilidade foi tirada de Og Mandino. A segunda, percebi por mim mesmo, mas também havia algo sobre o tema em Mandino.

Confiança vacilante.

Riscos.

Tudo isso não cheira a covardia e preguiça?

Desistências e obstáculos

Se fracassar é não conseguir o que se deseja, então, quais as causas do fracasso? Se desejamos algo, por que simplesmente não conseguimos aquilo que desejamos?

Resumi assim as possíveis causas de fracasso em minha agenda:

"Por que ocorre o fracasso?

1 – “Os homens não falham; eles desistem de tentar” – Elihu Root.

2 – Porque existem obstáculos."

Garanto que pesquisei quem foi Elihu Root e prometo que assim que puder, postarei sobre o que pesquisei.

Voltando ao fracasso, percebi duas possibilidades: ou as pessoas querem algo, mas sequer se dão ao trabalho de tentar obter esse algo, ou elas tentam, mas enfrentam problemas e não conseguem o que desejam.

Posteriormente descobri uma outra razão para se fracassar, mas fica para depois também.

Na primeira hipótese, tem-se como resultado uma horrível sensação de covardia. Na segunda, de derrota.

Mas eu investiguei mais a fundo essa questão.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Fracasso

Se sucesso significa primeiro conseguir o que se quer, então deste conceito decorre o conceito de fracasso.

Eu anotei assim em minha agenda:

"O que é fracasso?

É não conseguir o que se quer."

Esta definição me pareceu simples e correta tanto em 2001, quando a formulei, quanto agora.

Fracassar implica em se querer algo.

Fracassar implica em desejo.

Mas desejar é suficiente?

É o que veremos na próxima postagem.

domingo, 8 de abril de 2012

Os objetivos na vida

Na postagem anterior, eu defini o que me pareceu ser o melhor conceito de sucesso, baseado no livro "A Universidade do Sucesso", de Og Mandino.

Mas eu não inventei essa definição. Eu a tirei de uma frase do livro.

Eu anotei a frase abaixo em minha agenda:

“Existem dois objetivos para serem atingidos na vida: primeiro conseguir o que se quer; e depois, desfrutar o que obteve! Apenas os mais sábios realizam o segundo”
Logan Pearsall Smith

É uma bela frase.

Ela leva necessariamente a uma conclusão, pensei em 2001, quando a li com a atenção que merecia. Ela implica em aceitar que somente realizaremos nosso segundo objetivo depois de alcançarmos o primeiro.

É simples: você não pode desfrutar o que ainda não obteve. Logo, parte do sucesso depende de primeiro se conseguir o que se quer.

Essa conclusão me levou a uma segunda conclusão lógica, que veremos na postagem seguinte.

Ah, depois eu explico melhor quem foi Logan Pearsall Smith.

Prometo.

Em busca do sucesso

Eu disse aqui que li Og Mandino de maneira sistemática em 2001. 

Se você se der ao trabalho de dar uma pesquisada neste blog, verá que primeiro eu estudei Dale Carnegie e seu livro "Como evitar preocupações e começar a viver". Neste caso, meu objetivo era vencer a depressão.

Antes, eu havia vencido o vício do cigarro com a ajuda do livro de Walter S. Ross e seu "Você Pode Parar de Fumar em Quatorze Dias", um livrinho de 1974 que era claro e direto quanto a um ponto: ou eu colocava em prática o que ele dizia ou estaria perdendo o meu tempo. Como eu fui disciplinado, a coisa deu certo e parei de fumar em 1998, em menos de quatorze dias.

Quando à depressão, posso dizer que a evitei com a ajuda de Carnegie. É preciso dizer que depressão e crise existencial são coisas próximas e parecidas, mas não são a mesma coisa. Minha crise existencial chegou mesmo a se agravar com o tempo, mas não tive mais depressão desde então.

Ora, como eu disse sobre o livro de Og Mandino, era preciso que eu o estudasse. Agora, vencido o cigarro e a depressão, era preciso ir atrás do sucesso.

Usando o método de aprendizagem de Carnegie e aplicando-o ao livro de Og Mandino, comecei a fazer algumas perguntas a mim mesmo e ao livro.

Anotei assim em minha agenda:

Og Mandino


O que é sucesso?


É ter objetivos, lutar por eles, atingi-los e sentir-se satisfeito com isso.


Este é um bom começo. Definir o que se quer.

E esta definição é satisfatória. Mesmo agora, em 2012, passados onze anos de ter feito essa pergunta, ainda acredito que a resposta esteja correta.

De onde tirei esta resposta?

É o que veremos a seguir...

Você concorda que antes de se buscar o sucesso, é preciso se perguntar o que é o sucesso?

Como podemos querer algo que nem conhecemos?

terça-feira, 3 de abril de 2012

Borges

"Uma guerra  entre dois carecas por causa de um pente." 

Jorge Luis Borges (sobre a guerra das Malvinas)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Guerra das Falklands/Malvinas: 30 anos

Hoje se rememora 30 anos do início desta guerra estranha e triste. Eu tinha 11 anos quando estourou a Guerra das Falklands/Malvinas e lembro-me muito bem de todo o desenrolar dos acontecimentos na época.

Rememorar é diferente de comemorar. Ninguém está feliz com esta lembrança. E nem deveria estar: foi uma guerra absurda entre duas nações social e politicamente organizadas e tidas como civilizadas.

Nós, pessoas com menos de 75 anos, poucas vezes assistimos a uma guerra dessa natureza. Em geral, desde a Segunda Guerra Mundial não se via duas nações com forças armadas regulares se digladiarem por um pedaço de algum território. Vimos potências ocidentais invadindo pequenas nações, conflitos ideológicos, guerras civis de libertação, genocídios entre tribos africanas, guerras civis entre capitalistas e comunistas, entre muçulmanos e não-muçulmanos, mas não entre países ocidentais lutando por território.

O que nós, brasileiros, temos a ver com isso?

Os brasileiros nunca se viram tão perto de uma guerra de verdade. Lutamos na Segunda Guerra Mundial, mas como coadjuvantes, e apenas na Europa, na Itália. Perdemos navios no Atlântico, mas não sofremos nenhuma agressão em território brasileiro. Logo, ver uma guerra tão próxima, e ao mesmo tempo em um lugar tão inexpressivo e inóspito, nos deixou surpresos e temerosos.

Argentinos e brasileiros são rivais no futebol, mas de resto, somos povos irmãos. Buenos Aires é uma cidade muito querida e eu gostaria muito de ver o Mercosul ampliando seus horizontes e ver a América do Sul como uma grande federação de povos irmanados em paz e prosperidade. Sinto muito pelos argentinos. Mas sinto também pelos ingleses. O que poderíamos ter contra eles? Soldados ingleses morreram cumprindo seus deveres de soldados. Não há o que se comemorar em uma situação como esta. Toda guerra é uma má guerra, e toda morte, desnecessária.

Que ingleses e argentinos saibam superar essa parte dolorosa de suas histórias, e que encontrem soluções pacíficas para o problema das Falklands/Malvinas. Há soluções possíveis. Sempre há alternativas. A paz e a satisfação dos interesses de ambos os lados podem e deve ser tentadas.

Que os próximos aniversários desta triste guerra sejam marcados por progressos entre as duas nações, e que um dia ingleses e argentinos façam dessa data uma data em que se comemore a paz, para que a memória de todos os que ali tombaram seja tal que seus familiares e todo o mundo saibam que eles não tombaram em vão.

Paz neste 2 de abril de 2012 a todos os povos.