Nem todas as pessoas se conformam com suas situações. Nem todo conforto é de fato conforto. Há coisas desagradáveis na vida, e mais uma vez, entramos na questão do gosto. Podemos justificar nosso desejo de mudar alegando que detestamos certas coisas rotineiras que nos causam desconforto, e ninguém poderá alegar que não temos este direito, o de não gostar de certas coisas.
Sob o manto de proteção dado a nossos desgostos, resolvemos mudar nossas vidas. Mas não mudamos, porque temos medo do futuro. Afinal, não somos mais frangos novos e já apanhamos na vida. Sabemos que perder é ruim e que o impossível não é impossível, mas nem por isso é fácil. Então, ficamos temerosos de agir. Afinal, o futuro a Deus pertence.
Será mesmo?
Fiz a mim mesmo duas perguntas e me dei duas afirmações, que não são necessariamente respostas às perguntas feitas, mas que direcionam nossos interesses pelos obstáculos que teremos pela frente, caso tentemos seguir em frente e mudando:
Anotei assim em minha agenda:
A probabilidade de erro é inversamente proporcional ao planejamento.
O passado só é útil ao planejamento como uma fonte relativa de informações e referências."
Olhe esta palavra: correlação.
É já uma palavra técnica, um termo matemático, cientificamente mensurável.
Olhe a primeira afirmação: ela já soa como uma lei, um axioma, uma regra que pode ser equacionada com letras e símbolos.
Os cientistas sabem muito bem disto que está dito na segunda afirmação. Os estatísticos a têm como óbvia.
Mas não falávamos de sonhos, gostos e conforto?
Não era sobre um livro de auto-ajuda que eu tecia minhas considerações?
A vida não é para amadores, parece.
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