Se os riscos de se aventurar em busca de nossos sonhos nos atemora, e desistimos, porque sabemos que fracassar é ruim e não compensa o esforço, então o que de fato estamos querendo proteger?
Lamber feridas significa aceitar a derrota e suas consequências, mas o simples lamber de feridas implica também que se sobreviveu, sem ter perdido tudo. Mesmo que restando somente a vida, ou um fio de vida, ainda não se está de todo derrotado. Com o tempo, e com o lamber, vamos aos poucos nos acomodando à rotina do dia-a-dia e as coisas doem menos.
Preservamos, assim, o status quo.
Preservamos a rotina do dia-a-dia.
Mas o que tem de tão bom nessa rotina, que preferimos mais ficar nela que seguirmos adiante com nossa vida?
Por que não agir? O que temos a perder?
Respondi assim em minha agenda:
"Porque uma nova ação pode pôr em risco o nosso conforto."
E eu sou obrigado a admitir que essa resposta está bem próxima da verdade.
Rotina é conforto.
Conforto é familiaridade.
Familiaridade é prazer.
O conforto merece um olhar sob a lupa do curioso.
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