sexta-feira, 30 de julho de 2004

A ópera, Francis Crick e a futilidade da existência

Espero que não perca nada desta vez...

Estou ouvindo ópera: Wagner, Puccini e Mascagni. Já ouvi esse CD quase um milhão de vezes. Foi o primeiro cd que comprei na vida. Claro, eu já gostava de música erudita antes, mas não havia os CDs, e eu ouvia nos lps. Então, assim que comprei meu aparelho de som com CD, comprei esse "The Best of Opera", uma coletânea, que aos poucos fui aprendendo a apreciar.

Desconheço música mais poderosa e brilhante que A Abertura de "Os Mestres Cantores de Nuremberg", de Wagner. É absolutamente perfeita. E tem muitas outras peças lindas neste CD. Perdão, mas quem não conhece música erudita, não conhece a beleza verdadeira em forma de som. É uma espécie de pessoa que ainda não experimentou em termos musicais o melhor que a humanidade pode oferecer.

Mas tem mais: morreu Francis Crick, um dos pais da descoberta da molécula do DNA. Quem não conhece um pouco sobre ciência não liga a mínima para isso, mas para muitos, foi uma grande perda. Crick foi mais um dos grandes do século XX. Ele foi grande não só em genética, onde trabalhou pouco. Ele foi grande principalmente em áreas como a da neurologia, onde procurou entender o cérebro humano, numa longa carreira de pesquisas.


Pensando em Wagner, em Crick, em óperas e livros, em pesquisas e obras, em tempo e memória, fico pensando sobre a futilidade da vida. Para bilhões de pessoas neste maldito planeta, para a maioria, Wagner e Crick não significam nada. Wagner ter passado meses seguidos compondo cada nota cuidadosamente, esmerilhando seu trabalho, pesquisando seu tema mitológico, sendo tudo o que um compositor poderia ser, deixou um legado que só pode ser apreciado em uma pequena parcela por um pequeno grupenho de seres humanos. Todos admitem que ele foi grande, que Wagner foi um monstro do século XIX, mas ninguém sabe dizer nada sobre sua obra. Ninguém ouviu nada sobre ele. E se ouviu, torceu o nariz. E sobre Crick, ninguém o conhece, e toda a sua obra, o resultado de milhares de horas de leituras, pesquisas, compenetração, argúcia e inteligência, destiladas em forma de livros e artigos, ficam relegadas a um punhado de privilegiados seres humanos, que têm a sorte de poder conhecer uma pequena parte daquilo que pensava um grande homem, daqueles dos quais não se encontra um em cem milhões. O Brasil, com sua massa humana, não tem nem um único Wagner e nem um único Crick.

Francis Crick

Sinto-me privilegiado.

Sinto a sadia inveja de ser como os grandes.

Que daqui a um século alguém possa dizer: a humanidade não conhece as obras de Rosenvaldo, mas os que conhecem são privilegiados, porque têm o que de melhor a humanidade pode produzir sobre aquele tema.

Queria ser a razão desse privilégio. Só não sei como...

Calma...


segunda-feira, 26 de julho de 2004

Natimorto

Foi um texto natimorto. Estava falando sobre coisas legais, mas perdi tudo. Isso é que se pode chamar legitimamente de terrorismo virtual: a Al Qaeda não precisa de hackers, ela precisa simplesmente aprender com o pessoal do UOL a fazer besteira de verdade. Eh, bloguinho vagabundo...

Vazio digital: segunda tentativa...

Lá vamos nós:

Eu dizia que a Internet tem sofrido com a falta de criatividade de seus usuários, porque andei fazendo umas pesquisas com o Google e fui atendido com uma dezena de páginas sobre 'Charles Spurgeon', que eu não sabia quem era ou foi. Eu tinha lido uma frase sua no primeiro capítulo do livro "A Universidade do Sucesso" de Og Mandino, mas não sabia quem era Spurgeon.

A pesquisa me mostrou que ele foi um famoso pregador britânico que viveu no século XIX. O problema é que havia dezenas de páginas com o mesmo texto. Simplesmente um a cópia do outro.

Alguém já disse que depois que surgiu o Windows, nada se cria, tudo se copia e cola. Acho isso bem verdade, e mais ainda na Internet.

Procurei ainda alguma coisa sobre James P. Carse, e me surpreendi com o tanto de frases dele que o pessoal usa, muitas vezes fora de contexto, ou mesmo em um contexto totalmente errado. Eu achava que fosse mal de brasileiro, que é preguiçoso, mas as páginas em inglês também são repetitivas ao infinito.


Esse negócio de se usar frases de autores famosos é meio perigoso. Acho que a Internet poderia ser mais bem explorada, e que as pessoas deveriam pensar e debater mais sobre as ideias prontas que muitos autores nos apresentam. Falo isso porque se tomarmos dois livros quaisquer, tenho certeza de que encontrarei neles orientações absolutamente contraditórias. Mesmo dentro do texto de um mesmo livro, de um só autor, há terríveis contradições. Seguir qualquer orientação sem meditar um pouco sobre o seu significado pode ser perigoso. O perigo maior é que não percebemos a contradição em uma primeira leitura, e mesmo depois de muita releitura. A contradição é sutil, por isso perigosa.

Onde estão os leitores críticos do mundo globalizado? Ninguém nunca contestou Og Mandino. Onde encontro um texto lúcido sobre algum texto de Mandino escrito por alguém que o leu, pensou no assunto e percebeu que aquilo que estava escrito não era bem a coisa certa a ser feita? Tudo bem, pontos de vistas são pontos de vistas, mas é muito importante termos pontos de vistas diferentes e não apenas frases simples e mais frases simples extraídas de livros de autores que sequer sabemos quem são. Só por curiosidade, descobri que Mandino foi alcoólatra, ficou milionário e morreu em 1996, e que César Romão, escritor brasileiro, é quase um discípulo dele. Nunca li Romão, mas nem por isso fiquei tentado a ler.

Mas já que estamos falando em ler, e em criticar, sugiro a você que leia Irving M. Copi e seu delicioso e didático (e grosso) livro "Introdução à Lógica". Garanto que depois de lê-lo, você terá uma nova visão daquilo que você anda lendo por aí, e também garanto que terá uma nova ideia de Sherlock Holmes. Não engolirá mais frases feitas sem antes dar uma pensada a respeito. Se ler, seja corajoso e tente resolver os exercícios que Copi propõe. Sua mente vai fundir (e se aguçar!)...

Enquanto isso, eu continuo fazendo minhas pesquisas nesse vazio digital, que a Internet nos proporciona. Tudo bem, poderia ser pior.

Esse texto, meu amigo, era diferente nas palavras, mas é o mesmo no conteúdo. O anterior era mais bem escrito, mais bonito e poético, mas o tempo esgotou e eu o perdi. Se esse segundo não ficou tão bom, agradeça ao gênio webmaster do UOL, que criou o limite de tempo para escrevermos correndo...

Ah, quanta vontade de ver esse portal nas mãos de um mexicano bom de serviço, ou um espanhol. O UOL passou da hora: cresceu, amadureceu, mas não vingou. Acho que vai morrer podre no galho seco no qual se aferra em ficar... uma pena...

Terrorismo e o vazio digital

Estou desapontado com o UOL. Perdi novamente um texto porque algum tiranossauro, algum espírito de porco, algum desajustado infeliz metido a webmaster resolveu que não podemos escrever nossos blog pelo tempo que quisermos... o texto vai nascendo, crescendo, ficando bacana, e depois uma mensagem babaca e sem necessidade nos avisa de que nosso tempo esgotou e depois perdemos tudo, e uma maldita senha é pedida não sei por que diabos de necessidade idiota que alguém tem de atrapalhar a vida dos outros.


Tudo bem. Vamos tentar de novo. Eu não vou encerrar a minha conta no UOL hoje. Não vai ser preciso: mais dia, menos dia, vem um magnata mexicano ou venezuelano e compra o UOL e põe esses webmasters incompetentes no olho da rua. E aí a coisa vai ser realmente de qualidade.

Vou tentar escrever meu texto de novo...


sábado, 24 de julho de 2004

Orkut e horizontes conceituais

Até que enfim, consegui, por meio de uma gambiarra, fazer a parte superior da tela onde digitamos nossos textos de blog aparecer...estava sumida, e só posso imaginar que seja mais um bug dos programadores do UOL, falhando sempre. Mas tudo bem, aqui estou...

Acabei de ser convidado a participar do Orkut, o grupo de amigos do Google. Fiz meu perfil por lá e quero ver no que dá. Nada demais, apenas a fama de ser algo bastante maduro para os padrões da web. Convidei meu mano e vamos ver se juntamos a turma da infância e adolescência num canto só. Acho difícil, mas vamos tentar. Ainda acho que não há nada mais prático e eficiente que o tradicional e-mail, mas ainda assim, vou experimentar o Orkut. Foi o Fernandão, da Fernandão Homepage, que me envia piadas todos os dias por e-mail, quem me convidou. Ele é um cara legal. Grato, Fernandão!

Ando ainda entretido com o Money. Finanças não é coisa fácil e esse trabalho ainda vai me consumir muitas horas de suor.

Andei dando uma olhada numa possível upgrade desse meu micro que vos escreve. Tenho um reles, mas fiel, Pentium 266 (acreditem!!), que funciona de verdade. Não deve nada a nenhuma máquina mais moderna, exceto pelos games, que são pesados de rodar, e o maldito XP, que não uso. Aliás, nem os jogos eu jogo, então, não me faz diferença. Meu velho Pentium tem uns oito, dez anos de uso, mas não me deixa na mão, exceto em alguns momentos extremos. Mas tenho que pensar em modernizar meu aparato tecnológico, porque hoje até que é barato. Vamos ver se compro algo por ai.

Acabei de ler "Jogos finitos e infinitos", de James P. Carse, e achei que fosse um livro de auto-ajuda, mas não é. Ele é de filosofia, e das mais herméticas. tem seu irmão gêmeo, ou anti-irmão, o "Respeita seus limites", de Ricardo Peters. São livros de uma filosofia impregnada de religião. São escritores-teólogos, ou teólogos-filósofos, ou coisa do tipo. Mas não é uma leitura fácil, e o estilo de Carse é repetitivo, e pouco claro. Não leva a nada, exceto pelo conceito de horizonte. De fato, qual o limite de um horizonte? Ele é versátil e muda de acordo com nosso ponto de vista. Neste caso, o horizonte visual é usado como metáfora para o que deve vir a ser o nosso horizonte intelectual, ou filosófico: aberto, mutável, sem limites. Por isso, o livro de Peters, que nos impõe que respeitemos o nosso limite, é uma espécie de contraparte do livro de Carse. Mas não posso tecer mais comentários sobre o tema, porque precisaria ler alguns filósofos contemporâneos, o que não fiz ainda. Tem um hermetismo nessa filosofia do século XX que cheira a Hegel, que eu detesto, como o detestava também o sábio Schopenhauer, e isso ainda na época em que ambos conviviam no mesmo país. Heiddeger, Witgeinstein, Sartre, esses caras me parecem ainda um tanto que confusos em suas filosofias. Sartre nem tanto, mas Heiddeger, sim. Quem sabe mais alguns livros adiante e eu possa entender melhor esse "Jogos finitos e infinitos". Por enquanto, ficou a lição do horizonte conceitual. Já é alguma coisa.


Comprei um cd de Natalie Cole, Unforgettable, e não é lá grande coisa, exceto por duas ou três músicas. Unforgettable é a melhor, sem dúvida, mais por Nat King Cole do que por Natalie. Ela não tem a voz forte o suficiente, mas as músicas  são bonitinhas, e está tudo bem.

Unforgettable - Natalie Cole
Por que sinto um arrepio quando ouço a abertura de "Os mestres cantores" de Wagner? Por que música clássica é tão bom, tão melhor que tudo o mais? Acho que a única coisa que se compara em impacto a um rufar de uma orquestra seja alguns rifes do Metallica e do Slayer ou Sepultura. O resto fica devendo poder e força, e muito. O jazz é um luxo, mas é só.

Vou dormir. Está frio, e isso é raro em Goiânia. Tenho que aproveitar e tomar muito chá de camomila e de outros que comprei no ano passado, esperando o frio que não veio. Exageros à parte, meus chás não são tão velhos, mas não são eternos. Precisam ser bebidos enquanto podem ter a capacidade de produzir algum sabor, senão, terei somente uma xícara de água quente com gosto de mato seco. Não é mal, mas é pouco.

Como diz Carse, ou, despedindo-me ao estilo Carse: eu não vou dormir, eu vou acordar para os meus sonhos...


domingo, 18 de julho de 2004

Eles ou nós

Ou melhor: "Them or us". Esse cd do Frank Zappa é simplesmente ótimo.

Antes eu achava que o "You are what you is" fosse o mais louco, mas esse "Them or us", de 1984, é muito legal. Tem algumas músicas fantásticas. Por exemplo: a primeira, "The closer you are", é um beebop dos anos 50, perfeita. A segunda, "In France", é uma piada. O vocalista é meio gago, parece que posso ver a cara dele, com os dentes para frente. Já a terceira, "Ya Hozna", é muito, muito bizarra. O som é pesado, uma guitarra muito boa, mas o vocal é do outro mundo. Um conjunto de vozes macabras cantando algo ao contrário. Uma tormenta sonora. E, claro, a sétima, "Stevie's spanking", onde o Stevie Vai (que se pronuncia Vai mesmo, e não Vei) simplesmente detona na guitarra. Mas não é só: tem a ótima "Frogs with dirty little lips" e todas as outras nove, num total de quinze ótimas músicas. Recomendo!

Ando colocando o Money em dia. Eu sei que sou capaz de coisas difíceis, mas essa é mais uma prova de meu potencial. Eu sou razoavelmente bom, quando decido me esforçar bastante. Espero conseguir as coisas que quero, porque estou aprendendo como me controlar.


Não dormi essa noite, e estou escrevendo quando deveria estar dormindo. Estou com fome e com dor de cabeça, mas pudera! Estou forçando a barra.

Estou dando uma lida em "Jogos finitos e infinitos". Será que a vida é mesmo um jogo? Quem sabe? Mas não consigo avançar muito nas páginas do livro. O Money toma todo o tempo.

Comprei um alteres de borracha cor de laranja berrante e com uma buzininha dentro para o meu cachorro BJ (pronuncia-se Bidjei), meu pastor preto. Ele fica doidinho com o brinquedo. BJ é um bom cachorro. Cachorro preto...

É isso. Comprei um cd de hits de soul music, bem baratinho, e outro de hits de Ella Fitzgerald, e um só com som de chuva, todos no Extra aqui de Goiânia. Mas depois eu comento sobre o que achei deles.

Agora vou dormir, ao som da chuva digital....


quarta-feira, 14 de julho de 2004

O que me impede de...

O que me impede de fazer o que tenho de fazer?

"Tome cuidado apenas consigo mesmo e mais ninguém. Trazemos nossos piores inimigos dentro de nós"

Charles Spurgeon. Não sei quem é, mas sei quem foi Frank Sinatra, que estou ouvindo agora, num dueto maravilhoso com uma mulher também de sobrenome Sinatra. Nancy Sinatra é o nome dela. Será sua esposa? Sua filha? Não sei, mas o dueto é maravilhoso. Como Frank foi sortudo de ter uma voz tão linda e ser tão carismático. Morreu com os seus noventa e oito anos, com uma barba amish digna de Abraham Lincoln. Grande, esse Frank Sinatra!

Mas voltemos a Spurgeon, que não sei quem é ou foi, mas que faz um alerta contundente contra nossas fraquezas interiores. Mas isso não é novo. O famoso 'orar e vigiar sem cessar' bíblico nada mais é que um alerta para que vigiemos a nós mesmos e nossos pensamentos, e não só isso: temos que ter ajuda para que tenhamos sucesso. Ela, a Bíblia, não diz apenas para vigiarmos, mas pede que oremos a Deus. Quer dizer, vigiar não é o suficiente.

De fato, somos voláteis como folhas ao vento.

Andando em meio a uma multidão em torno de um ponto de ônibus, um terminal urbano, pude perceber o quanto todos são capazes de se concentrar em seus problemas cotidianos. Embarcam a todo o custo. Espremem-se como sardinhas, porque têm que seguir com suas vidas. Têm que chegar no serviço, ou na escola, ou em casa, a todo o custo, e nada os demove disso. Não podem perder minutos preciosos esperando um ônibus menos cheio. São obstinados. Onde está a volatilidade nisso?


É que eles estão obstinados pelos objetivos errados. Os alvos fáceis são quase sempre os alvos errados. Os alvos certos sim, são difíceis e exigem constância e força. Então, a multidão nos ônibus não estão concentradas?

Não. Estão apenas seguindo adiante.

E meus alvos? São difíceis? Exigem muita concentração e força de vontade?

E Sinatra? Cantava tão naturalmente...onde houve esforço em sua vida? Parece que viveu como uma pluma, cantando, dançando e fazendo amor durante décadas, como ninguém... Será mesmo? Será que estou enganado, ou ele enfrentou o vício da bebida? Não sei, mas a vida dos outros sempre parece mais fácil. Queria que a minha também parecesse fácil...

Na verdade, parece...

Mas não é.

O que não significa que eu não esteja lutando para fazê-la de fato leve e bela como a de um Sinatra. Não, eu não vou virar cantor, embora não fosse uma má idéia. O destino não me contemplou com uma voz bela como a de Frank. Mas eu vou em frente mesmo assim. Vou, como diz ele, fazendo o meu caminho, e quem sabe, quando eu tiver os meus noventa e oito anos, eu possa dizer, como ele, que 'eu fiz o meu caminho', ou "I did my way'...

Sei que não vai ser fácil, mas eu vou fazer com que pareça que foi...

Yes, it is my way...

Frank Sinatra

segunda-feira, 12 de julho de 2004

Happy birthday...

Continuando, vou seguindo em frente com mais besteiras.

Por falar em besteiras, quem é muito, muito, muito, mesmo, esperto e oportunista, é o tal do Michael Moore. Vamos aos fatos:

Primeiro: ele não é um humorista, e não é engraçado, e qualquer tentativa sua de fazer humor recai num mal gosto insuportável.

Segundo: ele é muito oportunista. Fez a vida em cima de um coitado de um merda de um Bush. Se o pessoal democrata derrubar o Bush nessa eleição nos EUA, quero ver em cima de quem ele, Michael Moore, vai fazer piada.

Terceiro: ele me parece que está cagando e andando para o que quer que seja, exceto para sua conta bancária. Li um texto dele em que escrevia para o 'povo brasileiro', uma carta exortando o brasileiro a ler seu livro sobre as merdas que estão fazendo na América. Ele não é ignorante de achar que o Brasil é melhor que os Estados Unidos. Mesmo um adolescente sabe que os Estados Unidos são melhor governados, mesmo por um bobo como o Bush, que qualquer outro país do terceiro mundo. Então, Moore só podia estar falando bem dos brasileiros por puro interesse. Uma bajulação ridícula. Algo como: 'vejam vocês, paraguaios sábios e bem governados, ricos e inteligentes, todos vocês, o que os idiotas americanos são capazes de fazer aqui na América. Comprem meu livro e vejam como nós, americanos, somos um bando de imbecis..'

Isso é oportunismo puro. Um livro com o título: "Cara, cadê o meu país?" me parece mais coisa de Renato Russo e seus comparsas, Dado e Bonfá, riquinhos querendo se passar por rebeldes. Vi uma entrevista com o Marcelo Bonfá que achei risível. Ele, coitado, sentia um calafriozinho na nuca só de pensar que, na época da ditadura, quando a banda começou, eles da banda faziam shows em Brasília e cantavam letras consideradas 'subversivas', na opinião dele. Ele achava, quer dizer, deu a entender, que eles, da banda, ajudaram, de certa forma, a derrubar a ditadura, a estimular a subversão. Eles, filhos de burocratas que ainda hoje mamam nas tetas do Estado, eles queriam derrubar a ditadura. É como um bando de bebês rebeldes e barbados que resolvem pôr fogo no ganha-pão dos pais, só porque parece divertido. Neste ponto, Renato Russo foi mesmo um gênio: fez a vinte anos atrás o que Michael Moore faz hoje nos Estados Unidos e no mundo. Ganha dinheiro fácil criticando o governo e enchendo o bolso de grana. Aliás, O U2 na Inglaterra faz o mesmo. John Lenon fez.

Tudo isso é muito ridículo. Mesmo Zappa fez... ele foi tão longe que queria ser presidente da América!! Isso sim é humor...

Por que Michael Moore, que tem as respostas para os problemas da América, não sai candidato a presidente? Por que Bonfá não faz como Hélio Costa em Minas e Gil Gomes em São Paulo, e vira político? Aí sim, pode mudar as coisas...

E, só para arrematar: como esse Moore é feio! Incrível como um cara feio como ele pode ser tão esperto. Isso, a inteligência, soa como o que disse sobre o humor mais acima: ela flui de diferentes maneiras por diferentes mídias.

Michael Moore

Chega, antes que eu perca tudo...Se você estiver lendo isso, alegre-se: eu poderia ter perdido tudo e jamais ter publicado essas belas palavras...mas como você está lendo, então não perdi nada, e tudo correu bem, apesar da burocracia 'desinteligente' dos gênios do UOL.

Só por curiosidade, 'desinteligente' é um termo cunhado por meu amigo Bob, que ele usava para designar todos as atitudes burras de um conhecido nosso, um paraense muito esquisito e desequilibrado. É uma bela palavra. Bob não tem nada de desinteligente. E tem um humor fino como poucos. Por que não conseguimos sempre ter uns caras assim para conviver e trabalhar? Todas as pessoas que considero agradáveis de se conviver moram em outras cidades, em outros estados, ou mesmo em outros países. Certas coisas são raras...

Viva meu aniversário! Longa vida a mim!!!!

Que assim seja...


Feliz aniversário!

Parabéns a mim mesmo! Estou fazendo hoje meus 34 anos de vida.

Não sinto nada de mais nem de menos nisso, porque é uma segunda-feira e logo eu estarei carimbando notas como sempre, mas tudo bem, no sábado e domingo eu pude aproveitar um pouco essa minha passagem de ano. Comprei meus badulaques eletrônicos, minha balança eletrônica, meu telefone sem fio, etc., e estão todos funcionando, inclusive esse teclado que estou usando agora, de teclas ergonomicamente macias e curvas. E, claro, comi meus dezoito pedaços de pizza num rodízio que fui para não desperdiçar a ocasião. Tinha uma garotinha sentada na mesa ao lado da minha que deve ter comido mais que dezoito pedaços, mas tudo bem, eu aceitei de bom grado a derrota para ela.

É um ano novo. Pensando bem, acho que fazer aniversário e passar por um reveilon são coisas muito parecidas, porque significam uma mudança de data. É claro que são marcos temporais artificiais, que têm mais objetivos sentimentais e mercadológicos que propriamente utilitários. Mas essas datas podem ser significantes em termos de que, se estivermos realmente cônscios delas, podemos fazer um tipo de balanço, e propor mudanças, etc., mas isso eu já faço o tempo todo. Uma coisa é certa: 34 anos não é pouca coisa.


Esse blog continua firme. Tenho pensado que uma página pessoal pode ser uma coisa boa, mas enquanto não faço um serviço melhor, vou em frente com esse blog. Minha dúvida é: como se pronuncia blog?

De um lado, vejo o povão, inclusive na tv, pronunciando algo como simplesmente blog, como quem pronuncia bloco, mas eu prefiro pronunciar algo mais americanizado, algo como bilog, ou b-log, onde o b significa algo que ainda não sei, mas o log é simplesmente um log, um registro como muitos outros que se tem nos nossos hds, feitos por programas anti-vírus, pelo Windows, etc. E o b que vem antes do log, sei lá o que significa, talvez business, talvez qualquer outra coisa, mas ele deve ser pronunciado como um b em inglês, ou seja, bi. Logo, é bilog e não blog.

Mas essa questão não é realmente uma questão. Há outras questões.

Peguei meu handheld, um tipo de agenda de mão, mas com quase o poder de um micro 386, um treco que comprei, mas que usei pouco, para voltar a usá-lo. E por acaso eu vi que tinha uns lembretes que eu anotei a alguns meses atrás e que nem me lembrava mais. Li e vi que eram coisas que eu tinha anotado para serem feitas um dia, e realmente merecem ser feitas. Essa é a questão: se eu quiser fazer todas as coisas que eu gostaria de fazer...


Quer saber? Vou salvar esse blog...

Salvo esse blog, vou em frente. Acho que o b de bilog quer dizer bersonal...personal...

Gozado como escrever é diferente de falar e de atuar. Sei que sou um cara sem graça e não sei se seria um bom ator, e nem sei se seria um bom orador, ou contador de piadas, mas eu gosto de escrever, e escrevendo, posso escrever coisas engraçadas com facilidade. O humor é possível por meio de palavras.

Mas nem todos são assim. Um cara famoso por seu humor, Steve Martin, consegue ser engraçado na tela, atuando, consegue ser um bom contador de piadas, como nas cerimônias do Oscar, mas escrevendo, é uma lástima. Li um trecho de um artigo dele faz muito tempo, mas fiquei decepcionado. E tem mais: tem uns pregos nacionais que escrevem livros e publicam tiras nos jornais, tais como Millor, e outros, que são caras pessoalmente sem a menor graça. É curioso como o humor pode fluir de diferentes maneiras por diferentes mídias.

Mas chega de falar nisso.

Esse blog anda às moscas. Cadê o moderador do UOL para colocar um link para esse bi-log na página principal do UOL? Eu preciso receber uns page views de presente nesse meu aniversário! Vamos, moderador, seja um cara camarada e faça essa graça para o aniversariante e cliente bom pagador aqui, que vos contempla com sete anos de fidelidade canina num mundo onde pipocam portais gratuitos. Cadê meu presente uma vez na vida? Claro, recebi um e-mail artificial mandado por algum software que busca datas de aniversário nos bancos de dados de clientes do UOL e manda umas palavrinhas amigáveis, mas foi só. Inclusive, o site Submarino também me mandou, e como são bons no ramo dos negócios, sabem que o aniversariante em geral tem uma espécie de...

Vou salvar primeiro... depois falo da compulsão...

Continuando, eles, do Submarino, sabem que os aniversariantes têm uma compulsão para serem indulgentes consigo mesmos nos dias de seus aniversários e estão mais propensos a fazerem compras por impulso, então, maliciosamente, espertamente, indelicadamente, grosseiramente, para resumir, eles, do Submarino, me mandaram um e-mail de felicitações e me convidam, por meio de um link, para sair às compras nessa data tão linda.

Por falar em questões, UOL é uma palavra que requer um 'a' ou um 'o' antes, para se identificar o gênero? É O UOL, o site UOL, o provedor, o portal, ou é A UOL, a página, a porcaria, a Folha? Isso também não merece importância...

Eu tentei, mas não deu. Essa mensagem ultrapassou o limite de caracteres permitido pelo UOL. Então, esse texto segue numa outra mensagem...

Ah, como isso é odioso...


sábado, 10 de julho de 2004

Staying alive...

Continuo vivo, apesar dos pesares, e escrevendo, e trabalhando como um babaca, ferrando a vida dos outros, e a minha também, mas tudo dentro do previsto e do planejado. É para ser assim mesmo.

Em breve completo meus 34 anos. Isso é bom e mau. Tudo é uma questão de ponto de vista. Mas ainda não vi o lado bom disso. Por falar nisso, andei comprando umas bugigangas para me presentear, porque comprar faz bem para o ego, aumenta a quantidade de dopamina no cérebro e me mantém alegre, exceto pelo maldito plug PS2 do teclado novo que comprei, que não tem onde encaixar. Fora isso, o mouse sem fio é bom e o telefone sem fio e caro parece que vai ser bom também, se vier a funcionar. Acho que tudo está indo bem. Tudo wireless...


Meu mano andou em viagens mentais fabulosas. Estive trocando umas idéias com ele e decidi para mim mesmo, com ou sem o consentimento, mas definitivamente sem o conhecimento dele, que ele de hora em diante será meu sócio virtual, para o que der e vier pela frente. Preciso de uma mente paralela para que a minha possa fluir melhor.

Andei comprando uns livros legais. Um sobre estereofotografias e sobre sinergia emergente. Tudo muito louco. Acho que dentro de algumas semanas, depois de eu ter posto o maldito Money em dia, eu já poderei começar a pôr as mãos na massa nos meus projetos malucos. E são tantos!!!

Zappa continua rolando: estou ouvindo o you are waht you is... este cd é perfeito.

Isso, se eu ainda estiver alive... enquanto isso, continuem todos em stand by...

Saturday Night Fever - Bee Gees

sábado, 3 de julho de 2004

Eu sei que ninguém lê esse blog...

...mas mesmo assim, eu insisto.

Ando trabalhando muito. Não fiz nada de útil para mim mesmo, exceto que não estou gastando os tubos e minha casa está limpa e as roupas, todas lavadas, e passadas, exceto algumas poucas. Tenho dormido muito e tomado remédios para tontura, para alergia, vitaminas e pomada para bactérias. Tenho tentado ler, mas não consigo me firmar em nada. Em nada.

Tenho dado uma olhada em algumas coisas na web. Dei uma sondada em Looking Glass da Sun, e hoje perdi um tempão baixando wallpapers de aviões e texturas para trabalhar em programas de imagens. Vou dar uma trabalhada nos meus wallpapers. Tenho ouvido Zappa, e o Dirty Sleep é bom, bem jazz.


De resto, tudo está mais ou menos, mas estou trabalhando demais. Carimbo milhares de notas fiscais, abro caixas, conto mercadorias e ando de ônibus para lá e para cá. Isso não leva a nada, exceto que faz me sentir útil e produtivo. Penso que assim posso mudar minha própria reputação para mim mesmo, passando a me ver menos como um vagabundo e mais como um homem sério. Tenho quase 34 anos e não sei se ainda sou um homem maduro e responsável como acho que os homens devem ser. Sei que sou preguiçoso e penso que todo mundo no meu trabalho me acha um "vagabundo paulista". Mas o que mais dói são minhas olheiras. Antes fosse como as do Benicio Del Toro, roxas e planas...

Ah, minhas malditas olheiras que me denunciam como um vagabundo...