segunda-feira, 2 de abril de 2012

Guerra das Falklands/Malvinas: 30 anos

Hoje se rememora 30 anos do início desta guerra estranha e triste. Eu tinha 11 anos quando estourou a Guerra das Falklands/Malvinas e lembro-me muito bem de todo o desenrolar dos acontecimentos na época.

Rememorar é diferente de comemorar. Ninguém está feliz com esta lembrança. E nem deveria estar: foi uma guerra absurda entre duas nações social e politicamente organizadas e tidas como civilizadas.

Nós, pessoas com menos de 75 anos, poucas vezes assistimos a uma guerra dessa natureza. Em geral, desde a Segunda Guerra Mundial não se via duas nações com forças armadas regulares se digladiarem por um pedaço de algum território. Vimos potências ocidentais invadindo pequenas nações, conflitos ideológicos, guerras civis de libertação, genocídios entre tribos africanas, guerras civis entre capitalistas e comunistas, entre muçulmanos e não-muçulmanos, mas não entre países ocidentais lutando por território.

O que nós, brasileiros, temos a ver com isso?

Os brasileiros nunca se viram tão perto de uma guerra de verdade. Lutamos na Segunda Guerra Mundial, mas como coadjuvantes, e apenas na Europa, na Itália. Perdemos navios no Atlântico, mas não sofremos nenhuma agressão em território brasileiro. Logo, ver uma guerra tão próxima, e ao mesmo tempo em um lugar tão inexpressivo e inóspito, nos deixou surpresos e temerosos.

Argentinos e brasileiros são rivais no futebol, mas de resto, somos povos irmãos. Buenos Aires é uma cidade muito querida e eu gostaria muito de ver o Mercosul ampliando seus horizontes e ver a América do Sul como uma grande federação de povos irmanados em paz e prosperidade. Sinto muito pelos argentinos. Mas sinto também pelos ingleses. O que poderíamos ter contra eles? Soldados ingleses morreram cumprindo seus deveres de soldados. Não há o que se comemorar em uma situação como esta. Toda guerra é uma má guerra, e toda morte, desnecessária.

Que ingleses e argentinos saibam superar essa parte dolorosa de suas histórias, e que encontrem soluções pacíficas para o problema das Falklands/Malvinas. Há soluções possíveis. Sempre há alternativas. A paz e a satisfação dos interesses de ambos os lados podem e deve ser tentadas.

Que os próximos aniversários desta triste guerra sejam marcados por progressos entre as duas nações, e que um dia ingleses e argentinos façam dessa data uma data em que se comemore a paz, para que a memória de todos os que ali tombaram seja tal que seus familiares e todo o mundo saibam que eles não tombaram em vão.

Paz neste 2 de abril de 2012 a todos os povos.

4 comentários:

  1. detesto qualquer tipo de guerra mais tudo começa
    com a ambição de politicos e por causa deles soldados perdem vidas, famílias perdem entes queridos por nada. é por essa que o mundo jamais
    vai viver em paz , a ganância dos politicos é
    maior que o universo.

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  2. Guerras. Malditas e ordinárias sejam.
    Religião, corrupção, ganância, ódio. Nada de bom.
    Quero paz, não só dia 02 de abril. Quero paz todos os dias.
    Quero que meus filhos e netos, conheçam o significado dessa palavra e não que ela entre em extinção.

    Parabéns pelo blog.

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  3. Guerra,algo feito pelas pessoas de mentes inferiores, que não consegue pensar além de um mundo sem brigas, pessoas que acham que a força bruta é a melhor para dominar a humanidade, as pessoas devem dominar pela mente que é mais eficiente para dominar e gerenciar as pessoas

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