sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Labirinto I - Debut

"Olá!... Tudo bem? Prazer... sou fulano...

Fulano de tal...

Você acha que esse foi um modo razoável de me apresentar? Quer dizer, qual a melhor maneira, ou como devo apresentar esse texto a um leitor atento como você de modo que eu não me sinta perdido, ridículo e desajeitado? Como romper minha barreira de timidez e nos tornarmos amigos? O que tenho de fazer para que você saiba que essa é a primeira vez que eu escrevo essas palavras para você?

Bem, acho que agora você já sabe, com ou sem apresentações.

Mas quem sou?

Ah...eu sou fulano, fulano de tal. E, embora não estejamos no mesmo lugar, estamos sintonizados no mesmo canal por meio deste texto e podemos nos apresentar como se estivéssemos frente a frente.

Se estivéssemos numa festa, eu diria a você: “oi, tudo bem? Muito prazer, meu nome é fulano de tal, mas pode me chamar de fulano...”

Já se estivéssemos nos falando pelo telefone, eu diria: “alô! Aqui é fulano...fulano...isso...fulano de tal...é...não...nãããããõooo...”

Mas se estivéssemos numa sala de bate papo na Internet, seria assim: >fulano fala com leitor: J Oi...quer teclar comigo? Tecla de onde? Qual sua idade? Homem ou mulher? Por que esse nome? Tem ICQ ou MSN?

Mas não estamos na Internet, nem falando ao telefone, nem ao vivo, nem em festas ou em qualquer outro lugar. Eu estou onde você nem imagina (quem sabe lendo algum texto também?), e você está em algum outro lugar que não faço a mínima ideia. 

O que sei é que você está aí, lendo, tentando entender o porquê de mais um texto no meio de tantos outros em tantos outros lugares, tentando saber porque as pessoas colocam tantas coisas para serem lidas em tão pouco tempo e tentando ainda saber qual é afinal de contas o tema desse texto, qual a razão de ele se chamar Labirinto e, quem sabe, quem sou eu para me arriscar a escrever coisas assim sem mais nem menos...

“Quanta pretensão das pessoas hoje em dia!”, você deve estar pensando, ou “quanta besteira, meu Jesus de Pirapora!”, ou ainda, “não sei onde esse idiota quer chegar com esse papo furado...”, mas de qualquer forma, já é tarde para voltar atrás. O texto está acabando, e se você leu até aqui, tenha um segundo mais de paciência. Não se sinta perdido neste labirinto. Amanhã tem mais. Foi um prazer imenso te conhecer..."

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