quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A credulidade diante da palavra escrita

Sempre tive respeito pela palavra escrita. Parece que não se pode conceber a idéia de alguém mentindo descaradamente por meio de textos, como se faz nas rodas de amigos, nos bares e botecos da vida. Não há cascateiros no mundo da literatura.

Mas então, quer dizer que eu acreditava em tudo que lia? Sim, eu acreditava, até ler que não devemos acreditar em tudo o que os livros dizem.

Claro que os livros não têm a intenção de mentir, nem os autores querem nos enganar.

O que eu aprendi é que nem sempre o que é dito é verdadeiro. A razão de se dizer inverdades pode ser boa, mas mesmo uma mentira bem intencionada continua sendo uma mentira. A regra é: devemos ler quase tudo criticamente.


Claro, nem tudo precisa de crítica, mas há textos perigosos.

Um ramo perigoso é o que se reveste da aparência de verdadeiro conhecimento, mas nem sempre é. Por exemplo: os livros de auto-ajuda, os livros de psicologia, os livros de política, economia, administração, as frases de efeito e os ditados populares, os argumentos de autoridades e cientistas.

Pegue uma frase qualquer e faça a prova.

Mas então, o ceticismo passa a ser a regra. Lê-se, mas não se tem provas, nem garantias. Onde então está a verdade?


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