terça-feira, 31 de maio de 2011

Núcleos do Conchal

Eu andei fazendo sérios esforços no sentido de entender de onde vim, porque tive a vida que tive e como as coisas são na atualidade e porque são assim.

A relação entre passado, presente e futuro é uma teia complexa. Há fatos do passado que são alavancas para nosso sucesso presente e futuro, enquanto que há outros, ou eventualmente os mesmos fatos, que são pedras em nosso caminho que somos quase incapazes de transpor.

Andei escrevendo algo sobre meu passado, mas deixei de lado por um tempo.

Recentemente, andei viajando para minha cidade natal, e tive a oportunidade de reacender a curiosidade pelo meu passado, pelo passado de minha família, minha cidade, meu estado, meu país, meu mundo.

Não é uma busca fácil, mas é gratificante saber que há mais pessoas empenhadas nas mesmas questões, nas mesmas buscas, e que estão quilômetros à nossa frente.

Foi bom saber que alguém pesquisou sobre minha cidade e escreveu recentemente um livro sobre o assunto. Um livro magnificamente bem escrito. Núcleos do Conchal, de Sandro Ferrari, vide Google.

Como gostaria de poder ter tempo e condições de dialogar com essas pessoas!

Parece mentira, mas como são difíceis os diálogos nos dias atuais!

Sei quem escreveu o livro, sei como ter acesso a ele, mas as coisas simplesmente não funcionam.

A internet se transformou numa espécie de grande paiol de lixo onde penetrá-lo e descobrir algo útil é penoso, frustrante e desanimador.

Vivemos algo como uma solidão on-line. As pessoas se conectam todos os dias, mas não se conectam entre si.

As pessoas falam bobagens nos MSN e chats afora, mas é somente isso: bobagens.

Conhecer melhor como surgiu minha cidade representa um grande passo no sentido de saber sobre mim mesmo e meu próprio passado, e sobre como traçar meu futuro.

Isso é sério. Isso merece meus maiores esforços.

Como desviar das pedras que me impedem de caminhar?

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