quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Administração e Ecologia: a confluência das águas

Sou formado em Administração de Empresas. Sendo assim, sou um profissional formado na área das ciências econômicas, que é um ramo das ciências sociais.

Como um bom estudioso, um bom leitor, um bom curioso, sempre achei que uma hora ou outra em minha vida eu deveria enfrentar o obscuro campo de conhecimento chamado Filosofia.

Eu não estudei Filosofia durante o tempo em que cursei a faculdade de Administração. Logo, se quisesse aprender algo sobre Filosofia deveria ser por minha própria conta.

Então, ao longo dos anos, fui comprando e lendo livros de Filosofia.

Epa! Não devo mentir. Fui, na verdade, tentando... apenas tentando ler livros de Filosofia.

Ler um livro é uma coisa, entender um determinado assunto é outra coisa bem diferente. Demorou para eu começar a entender algum rudimento de Filosofia, não por falta de leituras, nem por falta de tempo, nem de uma inteligência que considero razoável. É que o assunto é espinhoso mesmo e eu escolhi alguns livros muito áridos. Mas valeu o esforço.

Estava feita a fusão entre Administração e Filosofia.

Agora, eu achava que poderia começar a escrever algo sobre Administração, mas o quê?

Então, comprei um livro sobre Ecologia. Afinal, eu achava que tudo aquilo que aquela minha pequena Agenda Ecológica 1999 dizia me parecia uma tremenda bobagem.

Não sei. Sempre tive essa impressão. Há algumas coisas na vida que não conseguem me convencer de que são realmente coisas genuínas. Fica sempre a impressão de que são embustes, fraudes, mentiras e tentativas de nos enganar. Isso soa como uma espécie de faro para teorias da conspiração. E é isso mesmo. Falarei mais sobre teorias da conspiração em outro momento, mas a ideia era essa. Ecologia sempre me pareceu um embuste, uma grande mentira.

Então, com o livro de Ecologia em mãos, fui em frente. Mas não passei de uma página.

Já nos primeiros parágrafos o autor, um ícone no ramo, vai logo dizendo que Ecologia e Economia são ciências cujos nomes possuem origem comum, isto é, o eco, de origem grega, que significa casa, lar, e que são ciências que deveriam ser inter-relacionadas, mas não são.

Pronto! Achei um filão, um nicho, uma oportunidade de pesquisa, de aprofundamento.

E o que eu fiz? Juntei Filosofia com Administração e comecei a pensar algo como Filosofia da Administração. Depois, resolvi filosofar sobre a ligação entre Economia e Ecologia.

Esse conjunto de confluências ainda não deu em quase nada. Quer dizer, as coisas são sempre mais difíceis do que imagino. Produzi até agora apenas três pequenos textos confusos e algum rascunho com algumas questões pertinentes.

Mas, como disse, temas filosóficos são coisas complexas. Mesmo uma pequena frase pode conter muita coisa oculta.

Como disse, os textos estão disponíveis no Scribd, mas eles merecem uma atenção mais detalhada por aqui.

Bem vindos ao mundo da Transadministração.

Senhas da vida

Minha agenda preciosa, minhas informações preciosas, não podem ficar à mercê de um disco rígido que pode falhar a qualquer momento.

Então, eu pensei em deixar algumas informações importantes em algum site de armazenamento on-line.

Pois bem, esses sites, como qualquer outra coisa na internet, exige uma senha para termos acesso a nossos dados.

Então, imagine que alguém tenha acesso a todas as nossas informações on-line simplesmente porque não criamos uma senha segura o suficiente?

Então, a solução é criar senhas difíceis. Mas senhas difíceis são também difíceis de serem lembradas. A solução é anotá-las em algum lugar. Mas onde? No papel? Nem pensar. No micro? Sim, mas uma lista de senhas precisa ela própria de uma senha.

Então, a tempos eu tenho usado um programinha próprio para armazenar senhas. Ele é bem eficiente e seguro, mas se ele falhar, eu estou com sérios problemas. Depender de um programa de computador que não sabemos como foi criado e quem o criou é uma das coisas mais complicadas que existem.

Então, perdi um bom tempo dando uma lida na maneira como o programa funciona, quem o criou e como foi criado. Fui pesquisar o quão seguro eu estou com ele.

Há um bordão no mundo da segurança que diz que uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco.

Esse bordão é verdadeiro e profundo.

Segurança digital é um assunto fascinante e eu falarei muito sobre isso nesse blog.

Falta espaço no mundo

Estou às voltas com um problema que eu achava que não seria corriqueiro, mas é: a falta de espaço físico e virtual.

A falta de espaço físico é óbvia. Estamos pagando um absurdo de aluguel em um apartamento não muito grande e ele está abarrotado. Muitas coisas, muitos livros.

Eu pensei, por outro lado, que eu poderia substituir certos livros em papel por livros digitais. Parece que um único pen drive no tamanho de um dedo pode conter toda a minha biblioteca que ocupa um quarto todo, correto?

Mas não é bem assim.

De fato, o pen drive pode conter toda a biblioteca, mas, e se eu perder o pen drive? Aí eu perdi toda a minha biblioteca.

Então, eu posso ter vários pen drives.

Certo, mas eu vou ler os livros onde?

Vou ler na tela do meu micro. Então, meu micro, onde cabe muito mais coisas que um pen drive,  pode muito bem ter uma cópia de toda a minha biblioteca, certo?

Nem tanto.

Comprei meu micro a cerca de cinco anos. Na época, ele tinha um HD de 80 gigabytes. Na época, eu achei que era um espaço absurdo. Mas não era.

Hoje, resta pouco espaço nele. Algo em torno de 15 gigas. É pouco, porque o funcionamento do micro começa a ficar lento, demora para achar as coisas. É desesperador saber-se com tão pouca margem de manobra.

Depois, temos outro problema sério.

Um disco de 80 gigas com 65 gigas em uso não pode ter uma cópia em um pen drive. Eu precisaria de um HD externo.

Depois, tem mais. Copiar 65 gigas de informação para onde quer que seja leva um bom tempo, e não pode ser feito todos os dias. E depois, o que tem de tão importante nesses 65 gigas?

Não sei, mas a cada dia que passa meu HD de 80 gigas parece menor e mais cheio.

Isso de falta de espaço digital toma tempo e me deixa fascinado.

Falaremos muito sobre isso nesse blog, pode ter certeza.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Amy Winehouse: Too Young To Die

Eu disse num desses meus posts anteriores que vi um livro sobre pessoas que morreram jovens. E eu teci minhas homenagens a eles.

Agora, é hora de mais uma homenagem. Agora é a hora de saudar Emy Winehouse.

Sim, Amy, você também era jovem, jovem demais para morrer.

Por vezes pode parecer oportunismo, mas não. Eu de fato já era um grande fã de Amy antes dela morrer.

Gosto muito de rock, mas gosto também de um monte de outros estilos. Eu gosto de música, gosto de boa música, sem distinções e rótulos.

Gostar de Amy significa antes gostar de toda uma vasta herança musical deixada por incontáveis mestres.

Eu sempre ouvi falar das divas do jazz. Quem nunca ouviu falar? Mas, a música, tais quais os esportes e os conselhos, é para ser experimentada. Um esporte é para ser praticado, um conselho é para ser vivido e uma música é para se ouvida.

Eu ouvi muito das divas do jazz. Eu digo que não é fácil, porque não estamos acostumados a nos esforçar para apurar nossos ouvidos e aprender a gostar de algo que é excelente, mas requer perícia e esforço.

Tente ouvir, por exemplo, Aretha Franklin. Não é fácil. É ríspido, é suave, é amargo. Mas é perfeito.

Assim, vamos nos esforçando e aprendendo a gostar daquilo que o mundo tem de melhor. Então, quando estamos acostumados com o canto das divas, sabemos instintivamente quando ouvimos uma.

Com Amy foi assim.

Esqueça o visual, esqueça a badalação, esqueça as drogas e esqueça os prêmios e video clips. Concentre-se somente no som.

Eu e minha esposa passamos longas horas viajando por esse país afora ouvindo de tudo, mas aprendemos a sentir um carinho especial por Amy Winehouse. Suas músicas ajudaram a tornar menos ásperas as nossas longas e cansativas horas de estrada. Eu, particularmente, quando sozinho, preferia colocar a música "Love is a losing game" para repetir incessantemente. Sua voz fazia as horas duras mais suaves e o calor mais suportável. Eu não me cansava de ouvi-la, e quanto  a Amy, eu sabia que ela ainda estava viva, mas abusando da sorte perigosamente.

Eu sei, nós sabemos, todos nós sabemos que esperávamos mais dela. Esperávamos, otimistas, que tudo acabaria bem e que a teríamos por muitos e muitos anos. Mas nós subestimamos a fragilidade da vida, a fragilidade humana. Vimos em tempo real a submersão de uma jovem como se assistíssemos um reallity show, crentes de que tudo não passasse de mais uma jogada de marketing, de mais uma sacada midiática, mais um factóide para mantê-la em evidência sob os holofotes. Mas nos enganamos.

Perdemos Amy e agora é tarde para quaisquer considerações. Não acabaremos com as drogas, não salvaremos o mundo e sempre nos lembraremos sua morte prematura como mais um motivo de decepção por esse modo de viver imbecil no qual as pessoas vivem hoje em dia, baseado em uma cultura consumista, superficial e destrutiva. Decepção, sem maiores considerações, porque, claro, nada irá mudar.

Então resta saudá-la, reconhecendo que viveu como uma verdadeira diva e certos de que suas canções estarão conosco por muito e muito tempo, porque brilham como obras de excelência. Certamente estarão comigo por muito tempo, eu não tenho dúvidas.

Amy, eu a saudo.

Agora, és eterna.

sábado, 23 de julho de 2011

Rock anos setenta

Ontem tive a oportunidade de comprar um DVD nas lojas Americanas aqui de Ribeirão Preto, no Shopping Santa Úrsula. Falo isso porque escrevo esse blog não só para o mundo, mas para mim também, para que depois de alguns anos eu me lembre que eu tive uma vida como outra qualquer, e não só de trabalho e sofrimento. Ontem, só para confirmar, eu não sofri nem um pouco. Foi um dia normal.

Comprei um DVD com rock dos anos 70. Estavam lá nomes de peso dos quais eu já ouvira falar e até já conhecia algumas músicas, mas nunca tinha visto em vídeo.

Black Sabbath, que já tinha ouvido alguma coisa.

Kiss, que adoro, com a clássica "Rock and roll all night".

Deep Purple, que eu já vi ao vivo em Goiânia.

Slade, com "Cum on feel the noize", que eu já tinha ouvido a bastante tempo.

Grand Funk Railroad, que nunca tinha ouvido nada, nem visto.

Lynyrd Skynyrd, com o clássico "Sweet Home Alabama", que eu adoro, já tinha visto o vídeo e conhecia a letra com perfeição.

T. Rex, que já tinha ouvido falar, mas nunca vi nem ouvi.

MC5, idem.

David Bowie, que sabia lendário nos anos 70, mas só ouvi e vi nos anos 80, bem chatinho, por sinal.

Suzi Quatro, não conhecia nada.

Alice Cooper, tal qual Bowie, mas bem mais legal.

Peter Frampton, que adoro, com "Show me the way".

Talking Heads, com suas bobagens típicas mais dos anos 80 que 70.

E finalmente Ramones, que conhecia dos anos 80.

Quer saber? Achei o visual de todo mundo a coisa mais brega do mundo, ao mesmo tempo a coisa mais autêntica do mundo,  e ao mesmo tempo a coisa mais chique do mundo.

E o som?

Kiss é um show, é fantástico e são eternos.

Adorei rever Lynyrd, e como são lindas as Backing vocals!

Black Sabbath é mesmo um clássico, assim como Deep Purple com suas guitarras básicas.

Adorei a breguice de Slade. O vocalista parece um lobisomem. Mas é um cara legal, canta muito e a música é ótima. É chocante ver o descasamento entre som poderoso e visual ingênuo e inocente. Que coisa! Adorei Slade!

E amei ouvir Frampton novamente. Desde meus sete, oito anos tenho ouvido suas músicas. Elas estão por toda parte. Ele vendeu milhões, bateu todos os recordes de vendas na época e era "o cara". Depois sumiu do cenário. Ficou a lenda.

Vejo Rick Sambora do Bon Jovi e lembro daquele tubo estranho, o talk box, e não tem como negar: rock inspirado em Frampton, e dos melhores. Nada de radicalismos, de puritanismo, de satanismo. Somente um som bom para se pegar uma estrada, para se curtir a energia e levantar o astral. Rock é isso.

Vida longa a Peter Frampton.