Tenho quebrado a cabeça com esse blog, porque, por mais que eu tente entender o que seja exatamente um blog e para que ele serve, não consigo chegar a nenhuma conclusão sólida.
E tem mais: eu tenho feito um esforço intelectual sincero para entender essa nova ferramenta, já não tão nova assim.
Esse meu esforço inclui a leitura de uma série de livros específicos sobre o assunto, escritos recentemente por grandes especialistas, mas ainda assim, me parece algo muito pouco claro.
Depois, eu tenho tido uma série de dificuldades no sentido de organizar aquilo que singelamente chamo de “minhas ideias”, “minhas memorias”, “minha Agenda 99”, etc. Não é tão simples assim quanto parece, porque minhas ideias são muitas, minhas memorias ainda mais e minha Agenda é extremamente confusa. Eu tenho tido uma dificuldade enorme em organizar meu pensamento de uma maneira clara de forma que eu possa colocar qualquer tipo de texto útil neste meu blog.
É verdade que muito do que me leva a escrever um blog é o prazer de simplesmente escrever e depois postar o que escrevo ao mundo, exceto que ninguém lê, a não ser eu mesmo. Nem mesmo minha esposa se dá ao trabalho de ler minhas postagens, porque não faço propaganda alguma a ninguém de maneira ativa. No máximo, vez ou outra posto algum tipo de link em algum grupo de divulgação de blogs no Orkut e fica por isto mesmo. Ninguém lê, nem comenta, nem nada. Somente eu é que leio meus próprios textos.
Então, ainda que o mundo disponha de acesso a meu blog, ele, o mundo, não está muito interessado em saber o que há nele, nem eu tenho muito interesse em divulgá-lo ao mundo. A coisa somente dará certo por mero acaso, e não conheço nenhum caso de sucesso on-line movido pelo acaso. Não sou tão bom assim que leve meia dúzia de gatos pingados a disseminar ao mundo aquilo que escrevo somente porque é isso ou aquilo. Na verdade, a web está cheia de gente boa escrevendo, e gente bem mais perseverante e ambiciosa também.
Resumindo: não posso contar com a sorte se quiser que alguém leia meu blog, inclusive pessoas muito próximas a mim. Simplesmente as pessoas têm mais o que fazer.
Mas meu blog poderia ser ao menos útil a mim, seu mais fiel e interessado leitor. Mas ele não tem sido, necessariamente.
Meu blog não tem sido útil porque ele reflete a desorganização e falta de objetivos que impera em meus próprios pensamentos e ideias. Como posso organizar um blog se nem minha cabeça é organizada?
E depois: nem tudo que penso deve ser publicado. Nem tudo que faço deve vir a público.
Então, eis outro problema: o que publicar e o que não publicar. Eu não tenho ainda nenhum domínio desse filtro que, tenho certeza, preciso aplicar a tudo aquilo que penso.
Então, vamos lá. Tudo é uma questão de socialização.
O que isso significa?
O que é socializar-se?
Tenho lido e pensado muito nisso ultimamente também. Assim como o assunto blog tem sido um problema para mim, o assunto socialização também tem me intrigado.
O que socializar-se tem a ver com aquilo que posto ou deixo de postar no meu blog?
O que socializar-se tem a ver com o filtro que uso para decidir sobre aquilo que publico ou deixo de publicar? Em outras palavras, que pergunta um filtro deve fazer a um texto ou assunto ou ideia de modo que chegue a uma resposta definitiva do tipo: esse assunto, texto ou ideia pode ou deve vir a público, ser divulgado, socializado, promovido, propagandeado, ou não deve?
Essa é uma boa questão e precisa ser rapidamente respondida.
Que pergunta é esta?
Mas a resposta a essa pergunta não esgota o assunto.
Resta organizar meus pensamentos, objetivos, minha grande quantidade de insumos intelectuais que entulham caixas de e-mails, rascunhos em arquivos digitais, agendas e cadernetas, sites e agendas digitais, livros e revistas, documentos e caixotes de arquivos, objetos e memórias. É muita coisa a ser organizada.
Como organizar isso tudo?
Esses simples questionamentos já ajudam a organizar as ideias, e já há algo relativamente organizado, apesar da aparente confusão. Então, esse blog não é tão inútil assim, ao menos para mim.
Resta tornar-se útil socialmente.
Então, o que há nele que possa ser tanto útil a mim quanto a outras pessoas?
Não sei, posso pensar melhor nessa questão, mas não agora.
Fica para uma próxima postagem, que virá não sei quando.
Esperem, esperem, esperem...
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