sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Escrevendo livros de autoajuda

Minha última postagem trás um texto curto meio sem sentido. Este texto foi escrito por mim em 2001 em minha agenda, depois de ter eu feito uma série de perguntas a respeito da conveniência ou não de se ler e seguir conselhos de livros de autoajuda.

Eu escrevi este pequeno texto mais como um exercício de argumentação, usando o estilo típico dos escritores de autoajuda. Pensei em Dale Carnegie e em Og Mandino quando o escrevi. Meu objetivo era tentar provar a mim mesmo que o melhor proveito que a literatura de autoajuda poderia me dar seria por meio de um livro escrito por mim mesmo. Afinal, livros de autoajuda são famosos por vender bastante, e com isso, eu poderia ganhar um bom dinheiro.

Não é de se espantar que Og Mandino tenha sido tão entusiasmado com livros de autoajuda. Ele ganhou bastante dinheiro e ficou famoso escrevendo e publicando suas histórias. Por que não haveria de apostar nos livros de autoajuda?

A mim pareceu que escrever livros de autoajuda não seria nenhum problema. Afinal, em 2001 eu tinha já alguma experiência a respeito de escrever e publicar livros. Não achava que fosse muito difícil copiar os diversos estilos dos autores mais famosos e assim também ganhar o meu quinhão neste farto mercado.

Mas, como podem ver, o texto não é lá muito bom.

Ele não é um texto bom porque eu não sabia muita coisa sobre o que dizer. Eu devo confessar que escrever livros não é muito fácil, porque demanda muito tempo, planejamento e conhecimento. Eu não era muito perseverante com trabalhos tão longos, não tenha paciência para planejar a estrutura de um livro deste tipo, e não tinha conhecimento nem ânimo para iniciar um longo processo de pesquisa sobre este assunto. Mas, pior que isto tudo, eu não tinha autoridade para falar de uma coisa que me era estranha. Como falar de autoajuda e sucesso se eu não era um exemplo de nada? Nunca ganhara muito dinheiro, nunca fizera nada digno de nota, nunca me destacara em nada que servisse de inspiração para meus possíveis leitores.

Mas, eu sabia disto tudo logo no momento em que comecei o texto. Eu não estava falando sério sobre escrever livros de autoajuda quando comecei aquele pequeno texto.

Era somente uma espécie de vício de escrever. Somente isto.

Eu sabia que não resolveria minha vida escrevendo textos de autoajuda para quem quer que fosse. A solução que eu imaginava era de outro tipo.

Que tipo? Eu não sabia, mas sabia que não era por meio de textos de autoajuda. Eu era já uma pessoa calejada com este tipo de ilusão. Escrevi apenas porque deu vontade.

Depois, escrevi um pouco mais.

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