quinta-feira, 17 de junho de 2004

Geral : Em busca de uma nova alma...

Mensagem do dia:


“As pessoas não mudam, elas se tornam cada vez mais elas mesmas”

Lei de Murphy aplicada à Psicologia

Essa é uma lei de Murphy que me faz pensar profundamente, porque ela faz sentido. Ao menos para mim, faz. Eu não mudo. Eu me torno cada vez mais eu mesmo. E se eu mudasse todos os dias, eu me tornaria cada vez mais eu mesmo, um constante inconstante. Mesmo uma metamorfose ambulante é cada vez mais uma metamorfose, e uma rocha só é uma rocha porque não muda. Essa lei é terrivelmente intrigante.

Tenho visto nos meus últimos dias como é difícil abandonar certos hábitos, e como é muito difícil adquirir outros. Eu tenho uma leve queda para a depressão sempre que me vejo num beco sem saída, e um comportamento indesejável, mas imutável, é um beco sem saída desanimador.

Exemplifiquemos: suponha que eu odeie meu serviço. Se eu não fizer nada, nunca abandonarei meu serviço, e ele por si só nunca mudará de modo a que eu passe a gostar dele. Então, eu imagino, por exemplo, que eu prefira abandonar meu emprego e ir morar no exterior. Para que isso funcione, eu tenho que começar a me mexer. Aprender uma nova língua, juntar dinheiro, etc., mas na hora de pôr em prática qualquer um desses pequenos passos, a coisa não funciona. Os dias passam, eu continuo reclamando da vida e não consigo mudar uma vírgula na minha rotina diária, no meu modo de agir, no meu comportamento, no meu modo de pensar.

Estou decidido a ficar bom no inglês. Mas não é nada fácil. Não que o inglês seja difícil. O problema sou eu e meus hábitos arraigados. Eu não consigo ter duas almas.


Vou ficando com raiva da situação, mas sei que raiva não resolve nada. Mas é desesperador. Sinto sono o dia todo, não importa o quanto eu durma. Tenho uma depressão leve, mas crônica. Não tenho energia. É isso. Nada desperta verdadeiro entusiasmo como despertaria a dez anos atrás. Eu devo ter um trauma muito grande não resolvido. Ah, isso tenho!

Enquanto isso, vou vivendo pegajosamente, sonolentamente, com um peso no fundo dos olhos.

Um dia, a alguns anos atrás, resolvi fazer uma tomografia do meu cérebro e de fato, há uma região atrás de meus olhos que funciona um pouco mais devagar que o resto. Essa região mais lenta significa depressão. É um círculo vicioso: a química cerebral gera a depressão psicológica, que realimenta a depressão química cerebral e assim por anos a fio. Acho que um eletrochoque poderia ser uma opção ainda não tentada. Ou será tudo uma questão de simplesmente eu começar a praticar esportes? Quem sabe seja isso: tudo uma questão de novos hábitos. Simples, exceto pelo fato de que odeio praticar esportes. Mais um círculo vicioso.

Vou tentando mudar aos poucos minha vida. Aos poucos, vou ouvindo todos os vinte e cinco CDs do Zappa que comprei numa promoção a uns anos atrás e que até hoje não ouvi tudo. Incrível minha falta de motivação: adoro Zappa!!!

Preciso de um eletrochoque!!!!Urgente!!!!


Minha mensagem do dia:

“Eu não mudo. Eu me torno cada vez mais eu mesmo. ”

Rosenvaldo Simões de Souza


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