quinta-feira, 10 de abril de 2008

Coisas demais

Passei o dia navegando na internet, pesquisando coisas demais.

A impressão que se tem é a de que tudo já está feito na rede.

Pense em algo original.

Isso só é original na sua mente. Não na internet.

Use o Who.is. Tente criar um domínio qualquer com um nome criativo e verá que já chegaram antes que você a muito tempo atrás, nas mais diversas versões e variações e formas.

Use o Alexa e olhe o ranking mundial de sites.

É desanimador.

Vá ao Google e digite qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo! Ele vai achar.

Depois, tente na Wikipédia. É a mesma coisa.

O que falta aparecer?

Digite a letra A no Google e vai ver que ele encontra alguns bilhões de sites, algo em torno de 9 bilhões. Um pouco mais, talvez.

É mesmo desanimador.

Parece termos chegado a um ponto em que não precisamos mais fazer nada. Basta consumirmos as bilhões de coisas à nossa disposição, de graça, que o mundo todo se esforça para nos disponibilizar, em troca de alguns cliques.

Os buscadores resolvem nosso problema com os bilhões de páginas. As enciclopédias resolvem nosso problema com o conhecimento infinito. Os sites de relacionamento resolvem nosso problema com as pessoas.

Por fim, os blogs resolvem nosso problema com o anonimato. Agora, podemos tentar ser famosos, ou úteis, ou seja lá o que queiramos ser.

Que outros problemas temos que ainda não resolveram pela internet?

Essa é uma pergunta que vale bilhões...

Eu ando pensando numa resposta para ela, mas não é nada fácil.

Não mesmo! São coisas demais...


Um comentário:

  1. [Marcelo Cressoni]
    Meu nobre amigo! Escrevi meu primeiro livro e tive uma decepção! Não estava mais naquelas aulas da Regina Dalva, onde ela me incentivava tanto. Brasileiro é analfabeto e não gosta de ler. Daí ouvi dizer que brasileiro é o povo que mais usa a internet no planeta. O que eu fiz? Criei um blog e depois um site. Conclusão: Brasileiro impesteia e sobrecarrega a Rede Mundial com bobagens. Orkut, MSN e Counter Strike. Ninguém quer saber de filosofia, religião, cultura, como nós. A sensação que eu tive ao navegar pela internet, foi bem parecida com a sua. Parece exatamente que tudo já está lá. E mais, dá para comparar os sites e blogs com as pessoas: Não podemos conhecer todas!!!!Portanto, não dá para contar com um público visitando nosso trabalho, na intensidade que desejamos, para que seja comercialmente rentável. É como vender livros de porta a porta. Só atingimos um número limitado de pessoas....

    08/09/2008 17:26

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