Eu disse no post anterior a respeito da vida departamentalizada. A vida é complexa demais para ser tratada como um único bloco. Precisamos dividi-la em áreas para melhor poder pensá-la, entendê-la, administrá-la.
Essa ideia não é uma ideia nova. Não para mim. Não para mim hoje, nem era para mim quando resolvi pensar no assunto e relatei meus pensamentos em minha agenda, por volta do ano de 2001, 2002.
Não sei a data exata, mas não importa.
Eu já conhecia o conceito de departamentalização. Afinal, eu sou formado em administração de empresas, e esse tema, departamentalização, era já conhecido meu desde 1993, quando de meu primeiro ano no curso de administração. Esse conceito é aprendido logo nos primeiros meses do curso. Vi isso em Teoria da Administração. As empresas têm sido estudadas e departamentalizadas a mais de um século. Não via nesse conceito nada de novo.
No entanto, departamentalizar a vida é uma ideia que é diferente da ideia de departamentalizar uma empresa. Nossa vida não se parece muito com uma empresa, ao menos em um primeiro momento.
Mas, eu já havia visto alguém sugerir que departamentalizássemos nossa vida bem antes de 2001 ou 2002.
Eu já citei aqui o livro "Organize-se!", de Sunny Schlenger e Roberta Roesch. Este livro faz menção desta ideia em um determinado momento.
Já citei também o livro "Como tomar decisões difíceis", de Donald Weiss. Esse livro também toca no assunto da segmentação de nossas vidas em áreas de especialidade.
Claro, também já falei aqui sobre o confronto dessas duas ideias, vindas desses dois livros.
O que não falei foi sobre uma parte importante do livro de Donald Weiss que trata de nossas motivações. Sem falar sobre esse assunto, fica difícil compreender quais foram as áreas nas quais decidi tentar dividir minha vida.
Noto que minhas ideias são um emaranhado de sugestões de diversos livros que andei lendo em uma determinada época.
Leio um livro e tiro ideias interessantes dele. Depois, leio um segundo livro e faço o mesmo. Depois, junto duas ou mais ideias e tento algo que em um primeiro momento, não sei que é uma fusão de ideias tiradas de livros, mas agora, passado tanto tempo, percebo claramente de onde as ideias vieram.
Mas há mais: há um texto tirado do livro "A universidade do sucesso", de Og Mandino, que é de Benjamim Franklin. As ideias de Franklin também aparecem nitidamente em minhas anotações.
Vejam: são três livros distintos contribuindo para a composição de uma ideia que tento organizar no papel, e que está registrada em minha agenda em apenas cinco modestas linhas.
Não consigo falar dessa cinco modestas linhas sem ter antes de explicar a mim mesmo de onde a ideia veio, quais foram suas fontes, sua inspiração, suas origens.
Departamentalizar a vida parece fácil, mas não é.
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