segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eu amo a Política!

Pronto! Está feito!

Eis minha declaração de amor à Política - com P maiúsculo, porque merece respeito - e que me redime aos meus próprios olhos, aos olhos de todos que vierem a ler esta declaração, e principalmente aos olhos dos milhões de postadores do famoso poema de Bertold Brecht.

Vamos lá, ao incômodo poema:


"O Analfabeto político"

"O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais."


Bertold Brecht

Mas, ingenuidade das ingenuidades, como posso eu ignorar que com um simples brado de amor à Política nada irá mudar, e a despeito do meu brado, prostitutas nascerão, menores serão abandonados, e políticos vigaristas continuarão a ser eleitos? Não, eu sei que com um simples brado de amor à Política nada mudará.

Eu sei que é preciso mais.

Mas, o que fazer? Por onde começa o abecedário do analfabeto político que se dispõe a politizar-se?

Com o perdão novamente pela ingenuidade, mas, que tal começar por aqui?

Mas, um aviso:

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. "
Mateus 10:16

Ah! Que bela sensação!

Agora, me sinto bem melhor!

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