Estou fazendo 41 anos. O que dizer sobre isso?
Primeiramente, e mais importante, é que, apesar de tudo, eu estou sobrevivendo. Apesar do que?
Apesar da falta de perspectiva, da falta de opções, da falta de esperança e do pessimismo geral que me acompanha.
Está certo. O importante é sobreviver. Um ano a mais.
Lembro de ter comemorado meus 34 anos neste blog, a sete anos atrás. O que mudou de lá para cá?
Muita coisa superficial mudou, admito, mas no fundo, no fundo, não mudei muito. Se mudei, foi para pior. Sou agora uma pessoa mais velha, mais amarga e mais pessimista do que era a sete anos atrás, e não vejo solução alguma à vista.
Então, viva meus quarenta e um anos, e que eu continue vivendo muito. Que eu viva muito, até os cem anos, até duzentos anos, até mil anos. Que eu viva eternamente, se assim for possível.
Vá lá que a vida seja uma coisa difícil e amarga, mas melhor vivo que morto.
Afinal, sou ainda uma pessoa curiosa, e o mundo sempre me surpreende. Fascina-me a estupidez infinita, a tenacidade, a genialidade e a bizarrice do mundo. Se não sou um ator do mundo, sou pelo menos um bom expectador.
Quero viver muito ainda, vendo esse eterno chafurdar e esse escorrer de lágrimas que não cessa e aprofunda ainda mais esse vale já tão escuro e triste.
Viva meus pequenos 41 anos, e que venha mais um, mais cem, mais mil.
Eu não canso de viver.
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