segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Escravidão química

Você fuma?

Você bebe?

Você usa cocaína? Maconha? Crack?

Você se considera livre das centenas de possíveis vícios por produtos químicos e livre de vícios psicológicos induzidos por produtos químicos?

Açúcar, gordura, sal, álcool: você está livre deles?

Escravidão química: pense nesse conceito, e em como ele é ao mesmo tempo tão presente e, no entanto, tão dissimulado, incompreendido, silencioso.

Pense na felicidade de ver-se livre definitivamente deles, para sempre!

Difícil?

Você não nasceu fumando. Seu pulmão nasceu livre.

Você nasceu puro.

Quem o corrompeu?

Quem o intoxicou?

Por que você aceita esse grilhão tão mansamente?

Você aceitaria que alguém o obrigasse a fumar um maço de cigarros todos os dias de sua vida?

Com o que se pareceria alguém que lhe exigisse tragar à força um cachimbo de crack? O quão aguerridamente resistiria a um ataque sórdido desses?

Quem nos envenena?

Você aceitaria trabalhar na Souza Cruz, Phillip Morris ou na, digamos, Ambev?

Você disse alguma coisa parecida com "drogas socialmente aceitáveis"?

Existe escravidão aceitável, do tipo psicológica ou química?

Existe meia droga?

Existe quase vício?

Existem "prejuízos físicos menores"?

Por que uma Souza Cruz ainda existe legalmente?

A liberdade legal pode permitir a liberdade de oferecer drogas a quem quer que seja?

As pessoas têm o direito de se autodestruírem?

Podemos proteger as pessoas delas mesmas?

Se não houvesse cordas, as pessoas se enforcariam?

Essas questões me intrigam.

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