sábado, 16 de fevereiro de 2013

Aos sonhadores do mundo

Todo mundo conhece aquela frase da música de John Lennon: "você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único".

Pois bem, eu afirmo categoricamente que sou um sonhador.

Mas, sou o único? Será que John Lennon estava errado?

Não, claro que não. Há certamente muitíssimos sonhadores neste vasto mundo de Deus. Eu não sou o único.

Mas o que sonham os sonhadores?

Imaginam um mundo sem fronteiras?

Imaginam um mundo sem dinheiro?

Imaginam um mundo sem posses?

Imaginam um mundo sem religião, ou sem Deus?

Com o que sonham os sonhadores?

Meu grande temor é que os sonhadores sejam muitos, mas os sonhos não sejam os mesmos. E este temor é real, porque sonhos são sempre únicos. Uns sonham com um mundo sem fronteiras; outros sonham que criam muros e cercas, marcos e mapas, mais países e mais isolamento. Uns sonham com um mundo sem dinheiro; outros sonham com um mundo com um dinheiro único, e outros ainda sonham em criar mais um novo tipo de dinheiro, que venha incrementar ainda mais a complexidade dos valores do mundo. Enfim, sonhadores são fiéis apenas aos seus próprios sonhos, e quão mais aferrados são a eles, mais o mundo se divide. Defenda um sonho, e enfrentará infinitos inimigos.

Mas então, poderíamos sonhar que os sonhos fossem todos como massa de modelar.

Você tem um sonho; eu tenho um sonho. Você luta pelo seu sonho; eu luto pelo meu. Então, em um determinado dia, nossos sonhos colidem. Mas nossos sonhos, que não são de vidro, não se despedaçam com esta colisão, e nós não nos tornamos inimigos por isso. Nossos sonhos são cheirosas massas de modelar, e se fundem. Nosso sonho agora é um só, bem maior que nossos pequenos sonhos anteriores. E mais cheiroso!

Seus sonhos são de vidro ou de massa de modelar?

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