Terminei de ler "A História da Riqueza do Homem", de Leo Huberman.
É um livro clássico, e foi escrito em 1936. Faz tempo. O mundo não havia ainda saído da crise de 1929 e não havia entrado na Segunda Guerra Mundial. Huberman escreveu o livro então num momento crucial do Século XX. Fez impressionantes previsões certeiras sobre vários assuntos.
Uma coisa curiosa: a Rússia ainda era um país-bebê comunista, e Stalin era apenas Stalin.
Curioso ainda que o comunismo não é visto pelo autor como uma aberração econômica da maneira como é visto hoje. Embora não trate aprofundadamente do socialismo, no final lembra um pouco "Rumo à Estação Finlândia", de Edmund Wilson, outro americano que trata do tema.
Fiz a mim mesmo a pergunta: esses livros realmente são historicamente relevantes fora do Brasil ou simplesmente fazem sucesso apenas no Brasil e apenas porque foram escritos por alguns dos poucos escritores americanos que não falam abertamente mal do comunismo?
Dá a impressão de que há na mente do povo brasileiro, e mais ainda na mente da intelectualidade brasileira um desejo apaixonado de que sejamos um país comunista.
Como podem alimentar essa paixão genuinamente inocente?
Como pode uma pessoa com um PhD e bem informada acreditar que o socialismo e o comunismo a la Fidel e Che Guevara podem ser viáveis por aqui?
Sei lá... isso tem um cheiro de teologia disfarçada...
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