sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Facilidades que não usamos

O mundo não é um lugar fácil de se viver, mas a sociedade já criou milhões de facilidades para tornar essa tarefa menos cansativa e dolorosa. O telefone é uma delas.

Como uma facilidade, o telefone é fantástico. Mas o curioso é que, por mais que pareça uma coisa ultrapassada, ele não o é.

Espere. Eu estou falando do telefone tradicional, o fixo, e não o celular. Também nem estou pensando em nada de telefonia via Internet, que mal começou a existir. Falo daquilo que já existe a mais de cem anos, uma tecnologia consolidada e segura, ainda que não definitivamente petrificada e condenada à morte. Aliás, quem dera pudéssemos ter a mesma facilidade de uso em tempo real por parte da Internet de hoje como temos com o tradicional telefone fixo. Isso ainda vai demorar anos, décadas, talvez.

É curioso como coisas na Internet que achamos modernas já existiam antes com os telefones fixos. E eu sou um cara suficientemente velho para me lembrar de coisas a muito ultrapassadas, como uma central telefônica onde uma senhora operadora de cabos, a telefonista, fazia a conexão manualmente em um painel cheio de cabos, pinos e plugs. Parece mentira, mas eu me lembro disso, ainda por volta de 1975 ou próximo disso.

Os telefones fixos podem fazer desvios de chamada, bina, secretária eletrônica, siga-me, dupla chamada, ou chamada em espera, conferência entre três ligações e algumas coisinhas mais. Parece bobagem, mas são facilidades que podem resolver problemas.

Mas ninguém usa. Ninguém.

E o multiprocessador de alimentos que comprei pensando em sucos e saladas maravilhosos?

Está lá, escondido no alto do armário da cozinha, intacto.

Nunca fez mais que dois ou três suquinhos de laranja.

Precisamos usar mais das facilidades que temos em mãos.

Isso é um conselho importante, mas não meu.

Ah! Os conselhos!

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