sexta-feira, 28 de março de 2014

As minhas motivações

Dando continuidade às anotações em minha Agenda 99, sigo agora com o resultado de meu exercício, proposto por Donald H. Weiss em seu livro "Como tomar decisões difíceis".

Nas minhas últimas postagens, eu disse sobre minha tentativa de colocar alguma ordem em minha vida. Dado que o livro de Weiss pedia que eu ordenasse vinte e cinco motivações pelas quais fazemos as coisas nas nossas vidas, fiz uma primeira tentativa, com cinco motivações, mas não achei o resultado adequado.

Então, pensei melhor, e acabei listando em minha agenda, tal como manda Weiss, minhas dez principais motivações, as dez razões mais importantes, pelas quais eu fazia as coisas que fazia em minha vida. É bom lembrar que a lista é de 2001, e reflete as minhas motivações naquele momento, e não as de agora, de hoje, de 2014.

Eu anotei assim a lista em minha agenda:

Razões para o crescimento pessoal:

1-Conhecimento.

2-Sabedoria.

3-Padrões éticos.

4-Independência.

5-Realização.

6-Responsabilidade.

7-Crescimento.

8-Autoestima.

9-Desafio.

10-Reconhecimento.

Essa lista foi uma tentativa de seguir as recomendações de Weiss de maneira disciplinada e metódica, e posso tecer algumas considerações tanto a respeito daquilo que foi incluído nela e excluído dela, quanto dos resultados práticos dessa ação disciplinada e metódica.

Quanto ao conteúdo incluído, é fácil perceber que eu inclui conhecimento, sabedoria, crescimento e desafio, numa clara demonstração de minha disposição mental de não me acomodar com meu modo de vida, não estagnar, não parar no tempo. Eu, por outro lado, deixei claro que essa disposição de lutar se devia a uma busca de satisfação pessoal, ou seja, ao incluir independência, realização, reconhecimento e autoestima, essa busca fica bastante evidente. Por fim, eu sempre pensei que seja lá o que fosse que eu estivesse buscando, eu deveria buscar medindo ponderadamente os meios, isto é, eu não me permitiria tudo em busca de meus objetivos. Daí que não poderia violar meus padrões éticos de honestidade, justiça, fidelidade, nem poderia abrir mão de minha responsabilidade.

Essas eram as minhas motivações, conforme pedira Weiss.

Agora, o que eu aprendi com a realização desse exercício? Quais as consequências práticas de ter sido disciplinado e metódico com a execução de um exercício sugerido por uma autoridade em tomada de decisões e motivação?

Para falar francamente, nada aconteceu depois deste exercício. Minha vida não mudou para melhor, nem me senti iluminado internamente por ter descoberto minhas dez motivações principais.

O que posso concluir?

Agora, que já se passaram tantos anos deste exercício, posso dizer com alguma segurança que se ele não mudou minha vida, isso não se deu porque, fundamentalmente, não acredito que tenha sido essa a intenção de Weiss quando o planejou. Um exercício desses não é senão uma ferramenta de autoconhecimento, e tem um valor, mas muito relativo, dependendo do quão bem uma pessoa se conhece ou não. Em nenhum momento foi prometida uma mudança radical de vida em função da mera execução de um simples exercício com esse. Segundo, um livro como o de Weiss, destinado à tomada de decisões, não pode ser lido como um manual de um liquidificador. Claro, pede-se disciplina, pede-se que se faça os exercícios que são inseridos no livro, mas de forma alguma se pede uma disciplina cega, absoluta.

Mas eu só posso tecer esses comentários hoje, depois de tantos anos passados daquela anotação. Na época, eu não tinha a maturidade para perceber o que poderia estar errado comigo ou com o livro. O que sei é que as anotações que se seguiram a esta lista dão mostra clara de que eu, decididamente, estava frustrado.

É o que veremos nos próximos posts.

Por hora, basta saber que eu fiz a minha lista, e ela ainda é interessante de se olhar.

Eu sempre fui movido pela busca de conhecimento.

Sempre.

Essa busca merece ser melhor compreendida.

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