quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por que se preocupar com autoajuda?

Esta foi a primeira das 47 questões que fiz em minha agenda, e que não é uma pergunta fácil, e que por isso mesmo eu não a respondi como deveria ter feito.

Por que se preocupar com autoajuda?

Mas, primeiro, por que eu fiz essa pergunta, e não outra qualquer?

Antes de mais nada, é preciso que eu seja claro com relação a alguns aspectos que envolvem livros de autoajuda.

Mas, então, o que são mesmo livros de autoajuda?

Eu já escrevi neste blog sobre a minha primeira experiência com um livro de autoajuda. Também já escrevi aqui sobre outras experiências com livros de autoajuda depois desta primeira experiência. Finalmente, já escrevi também sobre as críticas feitas aos livros de autoajuda. Eu destaquei que uma condição fundamental para que livros de autoajuda funcionem é que as pessoas que decidem lê-los precisam aplicar com muita disciplina aquilo que lhes é recomendado.

Também teci alguns comentários acerca da disciplina, embora que muito superficiais.

Não cabe aqui, neste post, responder às perguntas sobre as causas ou as origens da disciplina, embora sejas questões interessantes. O que cabe aqui é dizer que eu sou uma pessoa relativamente disciplinada. Já fui menos disciplinado, e tenho me esforçado para sê-lo mais, com algum êxito. De qualquer forma, na época em que eu fiz a pergunta acima, por volta do segundo semestre de 2001, eu estava fortemente motivado a seguir dois livros que eu considerava importantes para aquele momento de minha vida. O primeiro deles era "Como evitar preocupações e começar a viver", de Dale Carnegie, em primeiro lugar, e depois "A Universidade do Sucesso", de Og Mandino.

Eu segui todas as recomendações de ambos os livros, e criei minha caderneta de anotações. Após algum tempo vivendo a vida e pensando no assunto, percebi que algo estava errado, e que seguir as instruções não estavam me levando a lugar nenhum. Eu escrevi sobre esse sentimento de frustração aqui.

Percebi que os livros eram apenas um apoio, não uma reposta definitiva para os problemas que eles se propunham a resolver. E escrevi sobre a dificuldade que é obter sucesso seja lá no que for que nos metamos a fazer.

Por fim, comecei a desconfiar dos livros de autoajuda. E já falei sobre desconfiança aqui também.

Agora, por que eu fiz esta pergunta?

Eu fiz esta pergunta porque eu tinha, e tenho, elementos seguros para afirmar que evitar preocupações e obter o sucesso, ou seja lá o que fosse que eu me propusesse a fazer, com ou sem o apoio de livros, de autoajuda ou não, iria exigir de mim um esforço tremendo.

Sim, seguir qualquer tipo de rotina positiva requer esforço, requer sofrimento. E eu não estava muito disposto a sofrer.

Quem me dizia que seguir livros de autoajuda seria um processo lento e doloroso?

Eram os próprios livros de autoajuda.

Vejamos o que dizia Dale Carnegie, só como um exemplo:

"Conheço uma mulher que, durante quinze anos, foi gerente de escritório, de importante companhia de seguros. Lia, no fim do mês, todos os contratos de seguros de sua firma. Sim, lia os mesmos contratos mês após mês, ano após ano. Por que? Porque a experiência lhe ensinara que aquela era a única maneira de guardar claramente no espírito todas as suas cláusulas.

Certa ocasião, levei quase dois anos escrevendo um livro sobre como se falar em público. Não obstante, de quando em quando, tenho de passar os olhos por ele, para me lembrar do que escrevi no livro. É espantosa a rapidez com que nos esquecemos.

De modo que, se você quiser tirar benefícios reais e duradouros deste livro, não julgue que lhe bastará lê-lo apressadamente uma vez. Depois de o ler do princípio ao fim, você terá de passar algumas horas examinando-o, todos os meses. Conserve-o à sua frente, em sua mesa, todos os dias. Corra, com frequência, os olhos pela suas páginas. Mantenha constantemente no espírito as ricas possibilidades de melhoria que ainda se encontram à distância. Lembre-se de que o uso destes princípios só se pode tornar habitual e automático por meio de constante e decidido empenho, de sua parte, em analisá-los e pô-los em prática. Não há outra maneira."

Isso soa desanimador e trabalhoso?

Então veja o que nos propõe Og Mandino, sobre a maneira como devemos agir para tirar o máximo proveito de seu livro:

"Não tenha pressa. Será conduzido pacientemente por oito semestres como em um curso normal de faculdade, mais dois semestres adicionais de estágio, de forma que possa lidar com o sucesso quando for obtido"

Um livro para ser lido em seis anos! Parece animador?

E por fim, um aviso de Howard Whitman, em um dos capítulos iniciais do livro de Mandino, que nos alerta para um ingrediente essencial, sem o qual o sucesso nunca será sucesso:

"Um terceiro ingrediente constante do sucesso é o preço dele. Não existe sucesso de graça."

Então, alertado pelos próprios autores dos livros de autoajuda, e ciente de que poderia estar perdendo meu tempo com algo que poderia não dar resultado algum, eu fiz a pergunta inicial:

Por que se preocupar com auto-ajuda?

Agora, as possíveis respostas.

Sim, eu estava flertando com o fracasso...

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