domingo, 9 de dezembro de 2012

O culto do amador

Em 24 de junho de 2004, eu escrevia neste blog:

"Mais dia, menos dia, haverá 100 bilhões de páginas no mundo e cada cidadão do planeta tentará se destacar nessa gigantesca vitrine usando de seus vários giga de fotos, textos e links quebrados. Todos farão parte dessa imensa loteria global, na busca de seus 15 minutos de fama virtual, uma fama caracterizada por pages views, acessos por dia, número de associados, número de usuários ou, quem sabe, número de dólares em vendas. Essa batalha é desanimadora e não possuímos a menor base para qualquer ação útil, a não ser escrever mais e mais coisas a nosso respeito, colocar mais e mais fotos digitais em nossos blogs. Cada blog é uma pequena palha no grande palheiro global. Mais um produto num mundo só de produtos. A web democratizou a livre iniciativa, mas não há quem possa consumir tudo aquilo que é produzido. O site de buscas Google vale bilhões de dólares apenas por ser capaz de dizer que se você quer algo na web, esse algo existe. Mas o que vale o simples existir? Sites da web são extensões de nós mesmos. Os medíocres serão também virtualmente medíocres."

Em 2007, um escritor americano chamado Andrew Keen publicou o livro "O culto do amador".

Não li o livro, mas eu provavelmente acabarei concordando com o autor, depois de ler, porque é óbvia a quantidade de bobagens que se posta a todo segundo no mundo, sem maiores considerações.

Ah, eu sou um profissional?

Depende.

Mas, calma, quem me questiona?

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