sábado, 8 de dezembro de 2012

Talheres publicitários

Eu escrevi assim aqui:

"E, por fim, sonhei com meus talheres publicitários. O que é isso? É a fusão de duas ideias reais no mundo dos sonhos. A ideia de talheres publicitários é uma estratégia de marketing que, segundo minha teoria, pode ser uma coisa bacana. Mas, no sonho, a coisa se sofisticou, e virou algo bastante curioso e louco. Pratos publicitários!"

Isto é coisa que se sonhe?

Acontece que não controlamos nossos sonhos, e eles são sempre reflexo daquilo que pensamos em nossas horas de vigília. 

Quer dizer então que eu andava pensando em talheres publicitários?

Não. Na realidade, é um sintoma de frustração.

É curioso como abortamos sonhos na vida e esses sonhos ficam ali, em nosso subconsciente, fermentando. Eu sou formado em Administração de Empresas. Um administrador deve estudar e conhecer bem marketing. E eu estudei bastante o assunto.

Acontece que eu nunca pude colocar nada do que aprendi em prática. Nunca trabalhei na iniciativa privada. Sempre trabalhei no Estado. Nunca, nem nas mais improváveis situações, eu cheguei sequer próximo de fazer algo que se relacionasse com marketing nas várias situações em que tive de trabalhar ao longo desses muitos anos como funcionário público. Então, o marketing é para mim um brinquedo de adulto com o qual não posso brincar.

Isto é frustrante, e esta frustração fermenta interiormente. Claro, naturalmente o marketing não é a única coisa em minha vida de que gosto, mas não posso praticar. Há muitas outras coisas mais.

Essas coisas circulam insatisfeitas pelos nossos neurônios e em silêncio, aguardam a chegada da noite. Então, quando dormimos, elas espreitam pelas frestas de nossa escura inconsciência e abrem as portas que a vida real lhes fechou. Então, sonhamos com aquilo que nunca faremos.

Os sonhos são nossos parques de diversão para nossos planos impossíveis.

Eu sei que você, leitor, não precisa gostar do que escrevo, e pode sentir-se livre para nunca mais voltar a este blog, se lhe parecer que estas deprimentes constatações lhe cheiram a lixo particular. Lamento por seu engano em ter caído aqui, mas quero que entenda que blogs permitem tudo, e que você tem a liberdade de escolha para voltar ou não a ler minhas postagens.

Se você se sentiu enganado de alguma forma, perdoe-me: estou apenas brincando com o marketing, e isto não é nenhum pecado.

Volte sempre.

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