A trigésima primeira questão da série que analiso neste blog relaciona-se com o momento e a razão para se questionar.
Questionar o quê?
Caso o leitor se dê ao trabalho de dar uma olhada nas postagens anteriores, verá que tenho tratado de uma série de perguntas sobre a insatisfação com a vida em geral. Então, a trigésima primeira questão, esta que abordo agora, relaciona-se com o momento e a razão para se questionar a vida, a minha vida, ou qualquer outra vida. Eu reconheço aqui a insatisfação com a vida como uma das causas importantes para alguém começar a questioná-la.
O que sei sobre o ato de questionar?
No momento em que elaborei essas perguntas todas, em 2001, eu não sabia sequer por onde começar a questionar sobre o próprio ato de questionar. Era correto, ou sensato, ou produtivo sair disparando uma rajada de dúvidas para as quais eu não tinha respostas? Não seria melhor ser sistemático e racional ao questionar a vida? Como questionar? Eu não sabia a resposta de como questionar a vida.
Pensei em fazer as seis perguntas de Kipling para o ato de questionar. Quando, onde, como, quem, por quê e o quê. Esse conjunto de perguntas (ah! Como eu era ingênuo!) parecia-me sofisticado e abrangente o suficiente para solver qualquer tipo de questão que pudesse surgir em minha mente sobre qualquer assunto que fosse. E então, tratei de usá-las sobre o tema "questionar". Quando questionar, onde questionar, como questionar, quem questionar, porque questionar e o quê questionar.
Comecei com duas delas. Minha pergunta, tal qual a registrei em minha Agenda 99, foi a seguinte:
"Por que e quando questionar?"
Agora, passados tantos anos da elaboração desta pergunta, tento respondê-la. Na verdade, são duas perguntas em uma única frase. Tentarei responder, então, por partes.
Por que questionar?
Questionamos por uma série de motivos. Em geral por mera curiosidade, mas também muitas vezes questionamos algo diante de um caso de erro, fracasso, falha, quebra de expectativa ou diante da frustração por um evento qualquer que não se realizou como desejávamos ou após sentirmos insatisfação por algo que estamos vivendo.
Eu questionava em 2001 por uma série de motivos, os quais não cabe relatar agora, mas é certo que um amplo e profundo questionamento de vida não deve ser empreendido diante de qualquer curiosidade, qualquer frustração ou diante de um fracasso menor. A vida é complexa e precisa ter alguma estabilidade. Não se pode mudar de vida a cada questionamento fruto de um problema menor.
Por outro lado, uma fase de nossas vidas pode se mostrar frustrante não por um, mas por uma cadeia sucessiva de pequenos problemas. Às vezes, pequenos problemas e frustrações podem se comportar como gotas d'água em um balde, e um dia esse balde enche e extravasa. Creio ter sido este o meu caso.
A vida é algo difícil de ser controlado. É preciso alguma maturidade para se entender que não temos controle sobre tudo o que ocorre ao nosso redor, sobre como conduzimos nosso dia-a-dia e sobre se realizaremos aquilo que planejamos realizar ao longo dos anos. As coisas mudam e nem sempre saem da maneira que desejamos. Viver é frustrar-se regularmente. Lidar com a frustração de maneira produtiva é algo que é fruto da maturidade também. Não controlamos completamente nossas vidas e precisamos lidar com frustrações de maneira produtiva. Afora isso, devemos seguir adiante, embora seja sensato vez ou outra dar uma parada para vislumbrar o horizonte e sentir para que lado o vento sopra. Nesta hora, podemos fazer perguntas tais como aquelas que, quando respondidas, nos informam se estamos no rumo certo ou não, ou se ainda queremos aquilo que queríamos a algum tempo atrás. Por que questionar? Porque podemos estar indo para o lado errado, ou podemos estar andando para um destino que não nos interessa mais.
Quando questionar?
Creio que sempre que o balde estiver para extravasar, mas antes que extravase. E sempre que sentirmos que o cansaço da vida parece ser um cansaço inútil, e que o nosso caminhar não está nos levando para onde queremos ir, ou que não queremos ir mais para este ou aquele rumo. Então, esta é a hora de parar, diminuir o ritmo e repensar nossos desejos e planos e afirmá-los, confirmá-los, descartá-los, substituí-los por outros planos e sonhos ou ainda reajustá-los ao novo momento em que vivemos. Não podemos ser escravos de decisões passadas que não significam mais as mesmas coisas que chegaram a significar um dia.
Mas essas perguntas e essas respostas não esgotam as possibilidades de se questionar que Kipling nos sugere.
Assim, continuei fazendo perguntas sobre o questionar. Seis W poderiam me ensinar aquilo que eu não sabia?
Era o que eu queria saber também.
Questionar o quê?
Caso o leitor se dê ao trabalho de dar uma olhada nas postagens anteriores, verá que tenho tratado de uma série de perguntas sobre a insatisfação com a vida em geral. Então, a trigésima primeira questão, esta que abordo agora, relaciona-se com o momento e a razão para se questionar a vida, a minha vida, ou qualquer outra vida. Eu reconheço aqui a insatisfação com a vida como uma das causas importantes para alguém começar a questioná-la.
O que sei sobre o ato de questionar?
No momento em que elaborei essas perguntas todas, em 2001, eu não sabia sequer por onde começar a questionar sobre o próprio ato de questionar. Era correto, ou sensato, ou produtivo sair disparando uma rajada de dúvidas para as quais eu não tinha respostas? Não seria melhor ser sistemático e racional ao questionar a vida? Como questionar? Eu não sabia a resposta de como questionar a vida.
Pensei em fazer as seis perguntas de Kipling para o ato de questionar. Quando, onde, como, quem, por quê e o quê. Esse conjunto de perguntas (ah! Como eu era ingênuo!) parecia-me sofisticado e abrangente o suficiente para solver qualquer tipo de questão que pudesse surgir em minha mente sobre qualquer assunto que fosse. E então, tratei de usá-las sobre o tema "questionar". Quando questionar, onde questionar, como questionar, quem questionar, porque questionar e o quê questionar.
Comecei com duas delas. Minha pergunta, tal qual a registrei em minha Agenda 99, foi a seguinte:
"Por que e quando questionar?"
Agora, passados tantos anos da elaboração desta pergunta, tento respondê-la. Na verdade, são duas perguntas em uma única frase. Tentarei responder, então, por partes.
Por que questionar?
Questionamos por uma série de motivos. Em geral por mera curiosidade, mas também muitas vezes questionamos algo diante de um caso de erro, fracasso, falha, quebra de expectativa ou diante da frustração por um evento qualquer que não se realizou como desejávamos ou após sentirmos insatisfação por algo que estamos vivendo.
Eu questionava em 2001 por uma série de motivos, os quais não cabe relatar agora, mas é certo que um amplo e profundo questionamento de vida não deve ser empreendido diante de qualquer curiosidade, qualquer frustração ou diante de um fracasso menor. A vida é complexa e precisa ter alguma estabilidade. Não se pode mudar de vida a cada questionamento fruto de um problema menor.
Por outro lado, uma fase de nossas vidas pode se mostrar frustrante não por um, mas por uma cadeia sucessiva de pequenos problemas. Às vezes, pequenos problemas e frustrações podem se comportar como gotas d'água em um balde, e um dia esse balde enche e extravasa. Creio ter sido este o meu caso.
A vida é algo difícil de ser controlado. É preciso alguma maturidade para se entender que não temos controle sobre tudo o que ocorre ao nosso redor, sobre como conduzimos nosso dia-a-dia e sobre se realizaremos aquilo que planejamos realizar ao longo dos anos. As coisas mudam e nem sempre saem da maneira que desejamos. Viver é frustrar-se regularmente. Lidar com a frustração de maneira produtiva é algo que é fruto da maturidade também. Não controlamos completamente nossas vidas e precisamos lidar com frustrações de maneira produtiva. Afora isso, devemos seguir adiante, embora seja sensato vez ou outra dar uma parada para vislumbrar o horizonte e sentir para que lado o vento sopra. Nesta hora, podemos fazer perguntas tais como aquelas que, quando respondidas, nos informam se estamos no rumo certo ou não, ou se ainda queremos aquilo que queríamos a algum tempo atrás. Por que questionar? Porque podemos estar indo para o lado errado, ou podemos estar andando para um destino que não nos interessa mais.
Quando questionar?
Creio que sempre que o balde estiver para extravasar, mas antes que extravase. E sempre que sentirmos que o cansaço da vida parece ser um cansaço inútil, e que o nosso caminhar não está nos levando para onde queremos ir, ou que não queremos ir mais para este ou aquele rumo. Então, esta é a hora de parar, diminuir o ritmo e repensar nossos desejos e planos e afirmá-los, confirmá-los, descartá-los, substituí-los por outros planos e sonhos ou ainda reajustá-los ao novo momento em que vivemos. Não podemos ser escravos de decisões passadas que não significam mais as mesmas coisas que chegaram a significar um dia.
Mas essas perguntas e essas respostas não esgotam as possibilidades de se questionar que Kipling nos sugere.
Assim, continuei fazendo perguntas sobre o questionar. Seis W poderiam me ensinar aquilo que eu não sabia?
Era o que eu queria saber também.
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