quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Por quê? Mas... por quê?

A vigésima quarta pergunta da série que fiz em 2001 foi praticamente respondida na pergunta anterior.

A vigésima quarta pergunta é a seguinte:

"Quantos níveis de 'por quê?' devemos e podemos fazer para uma afirmação?"

Faço apenas a ressalva de que, tal qual a pergunta anterior, esta pergunta, e consequentemente a resposta, não refere-se apenas a uma única afirmação, mas a uma cadeia de afirmações logicamente encadeadas ou interconectadas, de modo que uma afirmação é justificada por outra até que se tenha uma afirmação evidente para aquele que questiona.

A resposta é simples. Podemos fazer tantas perguntas "por quê?" quantas quisermos para uma sequência de afirmações, mas na prática, paramos com as perguntas quando aceitamos uma afirmação como evidentemente verdadeira e convincente. Quantas perguntas devo fazer? Depende do quão complexa for a primeira afirmação, ou quão pouco eu saiba sobre um determinado ramo de conhecimento, uma vez que o que é uma afirmação óbvia e convincente para quem conhece o assunto pode ser uma afirmação que não faz nenhum sentido para quem pergunta sem conhecer o tema.


Em geral, quando se estuda algum ramo do conhecimento científico tal como a Matemática, ou a Biologia ou a Astronomia, um leigo precisa elaborar um número muito grande de perguntas para que obtenha uma afirmação que seja simples e óbvia para o seu nível de conhecimento. Já um especialista no assunto precisa fazer no máximo meia dúzia de perguntas para dar-se por satisfeito.

Já quando há assuntos menos complexos, e talvez a psicologia aplicada por meio da autoajuda seja um desses, então mesmo um leigo pode sentir-se satisfeito com uma resposta que demande meia dúzia de perguntas do tipo "por quê?".

Evidentemente, este tipo de pergunta não é o único que uma pessoa pode fazer a respeito de uma afirmação, mas este é um problema para outra postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário