domingo, 29 de agosto de 2010

Para se chegar ao amanhã

Esta foi a quarta postagem do blog Defenda-se!:

07/04/2008

Para se chegar ao amanhã

Para se chegar ao amanhã, é preciso sobreviver ao hoje. Essa afirmação pode parecer banal, trivial e inocente, mas não é.

Você concorda com ela com toda a força de sua razão?

Se você tem crianças pequenas, deve sonhar em vê-las um dia grandes, saudáveis e felizes. Faz o que pode para que tudo corra bem com seu emprego, para que não falte a renda para a poupança da faculdade das crianças, mas deixa um vidro de inseticida aberto, um fio qualquer desencapado, uma vidraça trincada. Qual criança nunca teve um acidente doméstico na vida?

As estatísticas são assustadoras. Crianças precisam de segurança. Nós, adultos, muitas vezes pensamos mais no futuro que no presente. Negligenciamos pequenas coisas. Colocamos em risco o futuro nosso e de nossa família quando nos concentramos excessivamente em segurança material, financeira e social e esquecemos da segurança física.

Acidentes em casa são coisas muitíssimo comuns.

Não deveriam ser.

Deveríamos ter um mínimo de segurança em nossas casas no dia-a-dia.

É claro que cuidamos da saúde das crianças. Mas acidentes acontecem.

O excesso de acidentes de todos os tipos, com crianças inocentes, adultos saudáveis e idosos frágeis demonstra que as pessoas não estão preparadas para se protegerem uns aos outros, mesmo quando não há ameaça alguma vinda de fora de nossas casas.

Não fomos educados para sermos precavidos. A nossa cultura não nos ensina a nos mantermos alertas para possíveis riscos à nossa integridade física.

E, se pensarmos bem, veremos que diante de uma situação de insegurança física, não vale muito toda a segurança social, econômica, financeira e material disponível. Quebre um braço e todo o recurso do mundo poderá apenas remediar as conseqüências do ferimento. É verdade que você poderia evitar ter o braço quebrado, e sem investir um único centavo de sua segurança financeira. A prevenção quase sempre não custa nada, porque, como veremos, ela depende muito mais de nossa maneira de pensar do que do uso de mecanismos físicos para nos proteger.

Um plano de saúde nada pode fazer para impedir que uma criança, um vidro de álcool e um fósforo acabe mal.

Então, é preciso que você assimile essa verdade: seus planos futuros, sejam eles quais forem, dependem de seu esforço em se manter íntegro fisicamente hoje. Você pode dar um jeito naquela janela quebrada que ameaça cair sobre a cama de alguém uma hora dessas? Imagine um ente querido com um corte profundo provocado por um caco de vidro de uma janela trincada.

Você não poderá chegar ao amanhã se não se proteger fisicamente hoje. Para chegar ao amanhã, você e seus entes queridos devem estar fisicamente intactos.

Pense em seu corpo físico como algo valioso que deve estar constantemente protegido por uma redoma, um campo de força. Tudo que o rodeia pode atingi-lo, exceto se este campo de força estiver ligado.

Esse campo de força é a sua própria mente alerta, que vasculha constante e incansavelmente, todos os dias, em todos os lugares, as possíveis ameaças à sua integridade física, sejam elas reais ou potenciais. Esse estado mental alerta está treinado para ver riscos futuros onde agora há apenas uma possibilidade remota de problemas, mas você sabe que ele, o campo de força, o seu escudo defensivo, pisca uma luz vermelha sempre que pressente algo errado.

Essa é a hora de agir.

Essa é a hora de tomar providências. Quando a luz vermelha se acende, é a hora de se precaver quanto a danos que não nos interessa.

Uma luz piscando deve sempre ter esse significado: uma ameaça que pode colocar em risco todo um futuro maravilhoso pela frente. Não vale a pena colocar planos e sonhos de décadas futuras em risco apenas porque você não tem tempo ou ânimo para agir agora.

Mas, se quiser, relaxe. Coisas ruins não acontecem com você. Só com os outros.

Escrito por Rosenvaldo Simões de Souza às 12h32

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