quarta-feira, 14 de março de 2012

Maktub

Eu sei que você já viu esta palavra. É o nome de um livro de Paulo Coelho. Significa "está escrito", em árabe.

Essa palavra, no entanto, foi usada como uma espécie de filosofia pela cultura árabe, de certa forma fatalista, mas ao mesmo tempo esperançosa.

Quando alguém diz "está escrito", pode estar dizendo que as coisas acontecem porque Deus quer assim, e não há nada que se possa fazer a respeito. Essa abordagem dos problemas pode dar a impressão de que não se pode fazer nada diante eles. É fatalista e nos imobiliza.

Mas não isso o que ensina Dale Carnegie, em seu livro "Como evitar preocupações e começar a viver", em um dos textos extras que ele nos proporciona sobre o assunto.

Eu resumi assim esse texto em minha agenda:

“Maktub! Está escrito!”

"Quando tormentas escaldantes, violentas soprarem sobre as nossas vidas – e nós não pudermos evitá-las – aceitemos, também nós o inevitável. Depois, ponhamo-nos em ação e reunamos os destroços."

Essa forma de abordar os problemas é diferente, não fatalista.

Há mesmo coisas que não podemos evitar. Estão além do nosso poder de previsão ou controle. É neste caso que devemos parar de procurar causas e simplesmente dizer "maktub": não há o que fazer, não há nem mesmo tempo a perder pensando no porquê do problema ter surgido. É um aviso para que nos ponhamos em marcha e enfrentemos o trabalho de rescaldo com esperança e força.

Não podemos tudo, mas esperançosamente, podemos ainda assim, muito.

2 comentários:

  1. Muito interessante, nunca tinha olhado por esse lado o sentido da palavra...
    Gostei muito do seu blog, está de parabéns.

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  2. Interessante, o seu ponto de vista é diferente!

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