domingo, 11 de novembro de 2012

Sobre o querer

Eu disse que o sucesso é difícil depois de tentar ser disciplinado e não obtê-lo da maneira fácil como imaginei que o obteria.

Mas eu disse aqui que a busca do sucesso implica em se definir antes o que é sucesso.

Eu disse que, genericamente falando, sucesso:

"É ter objetivos, lutar por eles, atingi-los e sentir-se satisfeito com isso."

Ora, se o sucesso é tão difícil, qual a razão disto?

Será que nunca tive objetivos?

Será que nunca lutei por eles?

Será que nunca atingi nenhum dos meus objetivos?

Ou será que, apesar de tudo, sou apenas uma pessoa que nunca se satisfaz com nada?

Ter objetivo, simplifico, não precisa ser entendido aqui necessariamente como um conceito técnico, tal como a Administração define. Eu não preciso ter um plano formal no Microsoft Project 2010 perfeitamente controlado para dizer que tenho um objetivo.

Basta perceber que tenho um simples desejo para dizer que, em princípio, tenho um objetivo.

Então, se assumirmos que desejar algo é ter objetivos, refaço a primeira pergunta:

Será que nunca tive desejos?

Mas obviamente que sim, desde o momento em que nasci.

Desejar é parte da condição humana.

Viver é desejar.

Sobre o querer humano, há muito o que dizer. Mas, e quanto ao meu querer, o que dizer?

Começou somente depois de ter lido Og Mandino? Obviamente que não.

Desejei muitas coisas antes.

Mas, quando um querer pode ser levando seriamente em conta? Porque as crianças querem tudo, e eu certamente quis coisas quando era criança. 

A partir de que momento em minha vida comecei a querer coisas de modo que posso identificar claramente não somente uma birra infantil, mas uma semente de desejo que já tinha em si um embrião de uma vontade pessoal forte o suficiente e realista o suficiente para não ser encarado por mim mesmo como uma fantasia irreal ou um mero capricho de bebê?

O nosso querer é algo incontrolável?

O nosso querer é influenciável?

Queremos de fato ou achamos que queremos o que queremos quando na verdade outras pessoas querem por nós?

Qual foi meu primeiro querer?

Olhe eu novamente revirando as cinzas frias do passado...

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