quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cérebro gordo, misterioso e canibal

Depois de estudar um pouco sobre o cérebro humano, parece que ele é algo muito, muito misterioso. Então, de repente, ele nos surpreende com essa notícia, de que ele pode comer a si mesmo se resolvermos emagrecer. Isso é surpreendente, embora desanimador.

Surpreendente, porque nunca imaginei que um órgão pudesse se auto-consumir para salvar o organismo como um todo. Tudo bem, queimamos gordura, músculos e tudo o mais em caso de necessidade, mas comer o próprio cérebro? Isso é muito bizarro.

Depois, até faz sentido que ele se sacrifique, se o objetivo é salvar o todo. Há casos mesmo de pessoas com cérebros quase ausentes. É igualmente bizarro que possamos sobreviver com uma quantidade mínima de neurônios, quais frangos decepados, ou baratas acéfalas, ou quais humanos com cérebros minúsculos de lagartos.

Por outro lado, não faz sentido acumular recursos a ponto de ficarmos obesos, com veias entupidas e morrermos de ataques cardíacos. Qual a lógica de se acumular tanto?

Mas o mais interessante é a consciência. De onde vem, como adquire identidade e personalidade?

Falando mais pessoalmente: por que sou quem sou e não outra pessoa? Melhor: por que sou uma pessoa e não uma vaca ou um peixe?

Falando mais ainda: por que ser quem sou hoje e não ontem ou amanhã? Como se desvendar o mistério da consciência?

Tentei "O Mistério da Consciência" de Antônio Damasio, mas a entropia não deixa. Tenho que fazer backups e concertar rangidos e fazer tranferências e pagamentos financeiros. Manter a vida moderna funcionando tem um custo tremendo em tempo.

Eu preciso ler Damasio. Eu preciso!

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