segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Perdendo o bonde

Sou um cara de origem humilde. Não posso negar. Por causa disso, ou apesar disso, em um determinado momento de minha vida, ainda jovem, eu resolvi que gostaria de ficar rico, ou pelo menos aprender como os ricos ficam ricos.

Estudei bastante e hoje, passados vinte e tantos anos da época dessa decisão, ainda não sou rico, e provavelmente poderei viver mais mil anos e morrer sem sê-lo. Mas, em algum momento, eu poderia ter ficado rico, penso eu. Ao menos em algum momento houve uma pequena chance, ínfima, é verdade, mas parece-me que houve. E eu a perdi.

Por que digo isso?

Eu disse na segunda postagem desse blog que antes de iniciá-lo, eu havia tentado criar outro no site de blogs do IG, o Blig. Eu disse que era um site no qual nunca postei nada, e que se chamava Filosofia Inútil. Era onde eu pretendia tecer minhas considerações sobre filosofia, mas nunca fui adiante, e exclui o blog sem postagem alguma.

Por que no IG? Porque o IG foi o primeiro site a disponibilizar mecanismos gratuitos para salvarmos nossos textos em blog. Eu já era assinante do UOL, mas o UOL demorou um pouco para entrar na onda dos blogs.

Eu já era assinante do UOL desde 1997. A Internet mal havia se iniciado no Brasil. Eu sabia de sua existência, porque neste época ela já estava funcionando no Canadá, em Winnipeg, onde meu irmão Roni a usava em sua casa e dizia maravilhas, mas eu não podia acessá-la daqui ainda.

Quando o UOL começou a oferecer serviços de conexão, agi rápido.

Mas, não vi a oportunidade de ganhar dinheiro a curto prazo.

Cheguei a aprender a fazer sites, páginas, etc., mas nada foi adiante.

Apliquei dinheiro em empresas de tecnologia, mas perdi grana com o fim da bolha das ponto.com na virada de 1999 para 2000. Desanimei de tentar ganhar dinheiro na Internet.

Agora, vejo que tudo é quase impossível. Mal consigo manter um mero blog no ar com alguma novidade, quanto mais ganhar grana com algo sério e profissional.

Não gosto de entregar os pontos, mas acho que pelo menos até agora, perdi o bonde da história.

Eu sei que sozinho não tenho base para fazer nada realmente útil, mas ainda resta alguma esperança. A vida digital é definitiva e mal começamos a vivê-la. Como viverão as pessoas em 2050?

Ainda dá tempo. Ainda dá tempo!

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