"Mas nem tudo foram sonhos nesses últimos dias. No sábado à noite, a vida real mostrou um pouco do seu lado pesadelo. Enquanto eu passeava por entre a multidão de mulheres na famosa Feira da Lua de Goiânia, alguém muito esperto enfiou a mão na minha mochila e roubou minha carteira, com tudo. Documentos, todos, dinheiro, etc. Fui registrar ocorrência na delegacia de polícia de plantão, e, pensando no que significa tudo isso a longo prazo, perdi a esperança no Brasil."
E eu tinha razão: façam as contas. Morre-se e mata-se mais aqui, no Brasil nestes últimos meses, do que em campos de guerra como Síria, Afeganistão, Iraque, Palestina e outros lugares ruins mundo afora. Superamos os mexicanos como povo que mais sofre com o crime organizado e desorganizado. Sofremos a nossa guerra civil silenciosa.
Mas esta é a nossa ferida mais lambida.
Um bandido, para uns, é um ser deturpado. Merece o isolamento, porque é uma espécie de aberração humana, que não sabe, e portanto não pode, viver em sociedade, porque é um perigo para todos.
Para outros, ele é apenas um negociante. Ele só quer dinheiro, e usa o caminho mais rápido e arriscado. Ele toma à força, e corre o risco de ser pego e preso. Se não for, e quase sempre não é, então, ele dispõe de um negócio tão legítimo como qualquer outro, e prospera.
E para outros ainda, um bandido é um inocente, que rouba porque é oprimido, e tem fome, e luta contra um poder maldito, e portanto, não é um vilão, mas um herói social. Um Robin Wood.
Para mim, ele é uma ameaça, e sei que, não importa o que as diferentes correntes de opiniões acham, um bandido é somente isto: uma ameaça à minha vida. Ele é como aquelas bombas enterradas, lançadas nas guerras, mas que não explodiram. Você vai no jardim de sua casa, faz um buraco na terra e lá está ela, a bomba. Ou uma mina terrestre. Não falemos nas cobras. Elas são apenas animais inocentes que não existem mais.
Um bandido é uma arma apontada para você, sem controle e imprevisível. Ele o mata sem pestanejar. Ele mata sua esposa. Ele mata seu filho. Ele mata seu bebezinho em seu colo. Ele arrasta seu bebê pelas ruas como a um cão morto.
Ele não ama você.
Então, essa ferida social, aberta, fétida e purulenta, dói em todos.
Lamba-a, se quiser. Você será mais um alvo, não importa o quanto a cuide.
Você não é amado pelo crime.
Lamba, mas saiba disto.
Olá, Parabéns pelo Blog (: seguindo seu Blog Lá do ORKUT...segue o meu também http://memorialdaatrizmariapadilha.blogspot.com.br/ OK??
ResponderExcluiratt!
seguindo - segue ae tbm - valeu
ResponderExcluirhttp://maiseducacaocleonicebragafonseca.blogspot.com.br/
http://euachoqueusimplesmentenaosei.blogspot.com.br/
Tb já fui vítima de assalto (à mão armada!) e sei o qto é ruim essa sensação de impotência. Vítimas da sociedade somos nós, cidadãos honestos e trabalhadores, que estamos à mercê dos marginais!
ResponderExcluirBandidos, infelizmente são divididos categoricamente por motivos de necessidade, maldade e prazer.
ResponderExcluirE no final somos todos vítimas, daquilo que construimos através de nossos avós, bisa, tata... durante todo esse tempo.
ResponderExcluirDá um confere. ~^
http://limaounada.blogspot.com.br/
bandidos são a desgraça da sociedade
ResponderExcluirCada ato isolado neste país nos faz diminuir o grau de esperança que temos em relação a ele. MAS, NÃO DEVEMOS PERDÊ-LA! Devemos lutar, das melhores maneiras possíveis para nos reerguer contra todos os tipos de abusos que aqui ocorrem: econômicos (bancos, marketing, status), políticos (corrupção, tráfico de influências), sociais (marginalização, má distribuição de renda) e outros que não sei nem elencar, mas que corrompem a sociedade, como a vadiagem e a violência. A propósito, muito bom seu blog! :)
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