sábado, 10 de novembro de 2012

A história no presente

Eu especulei aqui sobre se nossas histórias de hoje terão algum interesse em algum futuro distante. Mas foi somente uma especulação. Eu disse aqui que ser esquecido no futuro me desagrava, mas me retratei aqui.

Então, deixando de lado especulações futuristas e desejos fúteis de fama póstuma, concluí aqui:

"Mas não é esta a questão principal. A questão é outra. A questão é: para quê serve uma história pessoal? Minha história pessoal serve mais a mim do que a meus eventuais leitores. Afinal, que interesse as pessoas teriam em minha vida tão sonolentamente comum?

E ela serve mais a mim na medida em que responde ou tenta responder a seguinte pergunta: por que sou quem sou?"

E esta conclusão vem de encontro a esta necessidade de saber de onde venho para poder tentar controlar aonde irei.

O que importa é a utilidade da minha história para mim, agora, aqui, no presente.

E se quero tirar algum proveito de minha história aqui, agora, é preciso que eu antes a conte, e logo.

Mas então, por que tanto rodeio e tão pouca história neste blog?

A culpa é do tempo, que não sobra, porque é consumido em sua maioria no trabalho, e no sono que me livra do cansaço do trabalho, em um ciclo no qual quase não há folgas.

Já li em algum lugar que não devemos ficar perdendo tempo com nosso passado, mas esta é uma outra história.

O fato é que se preciso contar minha história pessoal a mim mesmo, então que eu o faça logo, sob o risco de ter tarde demais uma história inútil, ainda que venha a render alguma fama póstuma.

Mais vale um pássaro na mão hoje que dois no além.

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