quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sonhos premonitórios

Relatei aqui alguns sonhos premonitórios.

Será mesmo que nossos sonhos podem penetrar no futuro, ou tudo não passa de uma ilusão da qual não conseguimos nos desenredar, nem explicar satisfatória e definitivamente?

Eu tentei criar um blog que tratava deste e de outros assuntos parecidos, mas não fui adiante.

Estudar a possibilidade de se conhecer o futuro antecipadamente por meio dos sonhos é uma tarefa científica ou é uma tarefa religiosa, mística ou espiritual?

Acho que um acontecimento como um sonho premonitório, ou aparentemente premonitório, é algo perturbador, e, dependendo de quem tem uma experiência dessas, ele, o sonho, pode levar quem sonha a ver o mundo como um lugar sombrio, tenebroso, perigoso.

O misticismo que envolve um relato deste tipo é assustador. Você pode estar com o mais moderno dispositivo eletrônico em meio a pessoas bastante instruídas em algum lugar claro, iluminado, moderno e sofisticado, mas se ouvir alguém falando sobre um sonho esquisito que teve na última noite, você provavelmente sentirá alguma sensação que lembra medo, pavor, confusão e insegurança. Há algo neste tipo de relato que puxa de sob nossos pés toda a segurança que supostamente desfrutamos no nosso moderno mundo cientificamente avançado e próspero.

Hollywood explora bem essas experiências. Uma série de filmes sobre premonição sempre consegue um bom público e uma boa bilheteria.

Acontece que este tipo de experiência não é uma invenção de Hollywood, nem são apenas coisas criadas por cabeças atrasadas e caipiras.

Essas experiências são antigas, muito antigas, e elas já estavam em relatos bíblicos de mais de três mil anos atrás.

Parece que a espécie humana carrega consigo esta capacidade, a de sonhar e supor que determinados sonhos penetram em fatos futuros.

Por milênios esses sonhos tem sido tratados como uma espécie de poder do qual não sabemos as causas, nem temos controle, e ao qual atribuímos uma influência não humana. Algo, ou alguém, tem algum controle sobre esses sonhos, e este alguém não somos nós, meros sonhadores. 

A incerteza, a insegurança que esses sonhos trazem, assim como qualquer tipo de experiência tida como mística, espiritual ou sobrenatural, é irritantemente antiquada, pobre e alienadora.

Um dia, eu me irritei com a sensação de impotência que este misticismo trás, e busquei livrar-me dela.

Existe o sobrenatural?

Se existe, o que é?

Eu não admiti minha ignorância e o meu medo diante do assunto. Não mesmo.

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