Relatei aqui alguns sonhos premonitórios.
Será mesmo que nossos sonhos podem penetrar no futuro, ou tudo não passa de uma ilusão da qual não conseguimos nos desenredar, nem explicar satisfatória e definitivamente?
Eu tentei criar um blog que tratava deste e de outros assuntos parecidos, mas não fui adiante.
Estudar a possibilidade de se conhecer o futuro antecipadamente por meio dos sonhos é uma tarefa científica ou é uma tarefa religiosa, mística ou espiritual?
Acho que um acontecimento como um sonho premonitório, ou aparentemente premonitório, é algo perturbador, e, dependendo de quem tem uma experiência dessas, ele, o sonho, pode levar quem sonha a ver o mundo como um lugar sombrio, tenebroso, perigoso.
O misticismo que envolve um relato deste tipo é assustador. Você pode estar com o mais moderno dispositivo eletrônico em meio a pessoas bastante instruídas em algum lugar claro, iluminado, moderno e sofisticado, mas se ouvir alguém falando sobre um sonho esquisito que teve na última noite, você provavelmente sentirá alguma sensação que lembra medo, pavor, confusão e insegurança. Há algo neste tipo de relato que puxa de sob nossos pés toda a segurança que supostamente desfrutamos no nosso moderno mundo cientificamente avançado e próspero.
Hollywood explora bem essas experiências. Uma série de filmes sobre premonição sempre consegue um bom público e uma boa bilheteria.
Acontece que este tipo de experiência não é uma invenção de Hollywood, nem são apenas coisas criadas por cabeças atrasadas e caipiras.
Essas experiências são antigas, muito antigas, e elas já estavam em relatos bíblicos de mais de três mil anos atrás.
Parece que a espécie humana carrega consigo esta capacidade, a de sonhar e supor que determinados sonhos penetram em fatos futuros.
Por milênios esses sonhos tem sido tratados como uma espécie de poder do qual não sabemos as causas, nem temos controle, e ao qual atribuímos uma influência não humana. Algo, ou alguém, tem algum controle sobre esses sonhos, e este alguém não somos nós, meros sonhadores.
A incerteza, a insegurança que esses sonhos trazem, assim como qualquer tipo de experiência tida como mística, espiritual ou sobrenatural, é irritantemente antiquada, pobre e alienadora.
Um dia, eu me irritei com a sensação de impotência que este misticismo trás, e busquei livrar-me dela.
Existe o sobrenatural?
Se existe, o que é?
Eu não admiti minha ignorância e o meu medo diante do assunto. Não mesmo.
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