Eu disse aqui que quase não tenho tempo para nada, a não ser trabalhar. Por isso quase não tenho visto filmes.
Mas este foi uma final de semana prolongado por um feriado de Finados, e eu descansei bastante, e assisti em casa a um DVD. Era o segundo filme de Sherlock Holmes, com Robert Downey Jr. e Jude Law.
Comprei-o pensando ser o primeiro, mas mesmo assim, ambos são bons. Clima cinza, Londres vitoriana movida a carvão. Mistério.
Li Sherlock Holmes quando era criança.
Era algo espantoso. As mesmas características que fascinaram gerações estavam lá, para mim. Fisgado pela curiosidade, li vários livros do herói detetive.
O filme, bem, o filme, ele é divertido, os atores são reconhecidamente bons e a ambientação da época é perfeita, dada a tecnologia digital de criação de cenários virtuais que existe hoje.
Mas há muita luta, muita pouca dedução lógica, e os heróis e vilões são muito poderosos para serem levados em conta. Eles são peças de ficção, eu sei, e o filme é para a garotada, que gosta de bobagens que passam muito abaixo de Holmes em qualidade, mas ainda assim, o Holmes do cinema está muito distante do Holmes dos livros.
É o que resta à indústria para tentar ganhar a atenção de uma juventude que quer algo que não faço ideia.
O que mais deverá fazer o Holmes do cinema nas próximas décadas?
Talvez não exista mais espaço para filmes deste tipo.
Pensar está definitivamente fora de moda, na vida real e na ficção.
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